quarta-feira, março 15, 2006

O hospital

Vejo as atenções centradas na iminência do fecho da maternidade do Hospital São Miguel. Há muitos anos que se fala nesta possibilidade, agora mais perto de se concretizar - como tudo em Azeméis demora, até o encerramento não pode fugir à regra!
Mas, o que me parece importante nesta história, é se nós queremos ter uma maternidade apenas por ter, ou se há necessidade de a manter por razões devidamente fundamentadas. Não temos ortopedia, nem psiquiatia, nem uma infinidade de especialidades médicas que poderíamos ter, mas, como é sabido, não se justifica. O que deve estar em cima da mesa é uma imperiosa e obrigatória reflexão dobre o Sistema Nacional de Saúde, as suas estruturas, recursos humanos e funcionalidade. A saúde é encarada como uma despesa pelos governos, quando deveria ser o maior investimento a ter em conta, pois uma população saudável produz mais. Bom, mas para não me esquecer do nosso velhinho hospital, o que considero indispensável resolver no imediato é a área das urgências. Essa sim, é obrigatória e fundamental existir no nosso hospital, com condições condignas para médicos, enfermeiros, auxiliares e, sobretudo, doentes. Como bombeiro voluntário, e conhecendo bem as dificuldades que muitas vezes existem para deixar um doente, sugeria que se debruçassem mais sobre esta "enfermidade" crónica e persistente no nosso hospital. O espaço é minúsculo, a sala de espera não tem condições, os doentes estão demasiado expostos sem qualquer privacidade... Mais do que discutir uma inevitabilidade que se adivinhava há anos, e que agora é que mobilizou as pessoas, há que continuar é a insistir para que o serviço de urgência seja outro.

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