quinta-feira, outubro 26, 2006

Adivinhem quem escreveu este texto

Agora que já passou um ano das ultimas autárquicas, dou um rebuçado a quem adivinhar quem escreveu o texto abaixo transcrito e que foi publicado num jornal local.
Que dirá o autor do mesmo, talvez um anónimo qualquer que por aqui anda de vez em quando, acerca do que se passa presentemente na política concelhia. Ainda assinaria por baixo este seu texto?
Aceitam-se palpites…

“Estamos em Dezembro. Faz segunda-feira um ano que se realizaram as eleições autárquicas que elegeram os executivos que gerem a Câmara Municipal e Juntas de Freguesia. Passou-se um ano e gostaria de dizer que muita coisa mudou em Oliveira de Azeméis. Acontece que tenho muita dificuldade em o afirmar. O mandato é de quatro anos e um já se passou. Um ano que, julgo, devia ser suficiente para as autarquias mostrarem o que valem.
Salvo uma ou outra excepção nas 19 freguesia, salvo um ou outro arrojo da Câmara, parece-me que está tudo na mesma.
As eleições, pelas promessas que motivam, criam nos leitores expectativas de mudança que, regra geral, se goram com o passar do tempo. Há quem diga que um trimestre chega para os novos executivos se ambientarem e entrarem na “engrenagem”. Outros alargam para um semestre esse período de tirocínio e há quem, mais generoso, alargue para um ano o “estado de graça”.
Seja qual for o timing correcto, a partir de agora não há lugar para lamentações. Quem tinha a aprender já aprendeu, quem tinha de se impor já o devia ter feito. Agora é a altura de “pagar” aos eleitores a confiança depositada. Faltam três anos e se não se começa agora já não há tempo.
Mas não se pense que só tem obrigações quem tem o poder. Porque não é assim. As oposições têm um papel importante em todo o processo. Porque também houve eleitores que neles confiaram, também houve promessas e estratégias programadas. É preciso, pois, acompanhar a governação com responsabilidade e dar conta aos eleitores, pelo menos, do que se faz menos bem nos executivos. Quem cala durante quatro anos não tem legitimidade para, depois, nos períodos quentes, vir fazer acusações que deveriam ter sido feitas nos momentos em que as coisas não estavam, eventualmente, a correr bem.”

quarta-feira, outubro 25, 2006

Feliz Aniversário, U.D.O.

Faz hoje 84 anos a nossa União Desportiva Oliveirense, fundada em 25 de Outubro de 1922, uma das mais importantes colectividades do nosso concelho e uma referência, em diversas áreas, no desporto nacional, regional e local. Parabéns a todos os Oliveirenses e Viva a União!

terça-feira, outubro 24, 2006

Cartão de residente - valerá a pena a revolta?

Cartão de residente - valerá a pena a revolta?

Sou um dos moradores desta cidade que passará a ter aparcamento pago a partir de não sei quando. Como é natural dirigi-me ao gabinete de atendimento da Câmara Municipal afim de requerer o cartão de residente, é assim que se chama? Foi-me facultada uma cópia dos elementos que terei de levar para a referida aquisição. Sou dos muitos Oliveirenses em que ambos os elementos do casal trabalham fora da cidade, como tal necessitamos de dois carros. Alertei para esse facto e a colaboradora camarária informou-me prontamente de que só poderia adquirir para um dos carros mas que poderia dirigir-me ao gabinete de trânsito para mais pormenores. Como não fica longe assim fiz. Uma vez ali e explicada a situação fiquei pálido com a explicação dada. Não terei, nem eu nem ninguém nesta cidade, direito ao referido cartão porque temos um lugar de garagem. Mais, e estas são as palavras da outra colaboradora camarária, "numa primeira fase será assim e depois, conforme a reacção, logo se verá...". É aqui que eu não consigo, ou serei demasiado limitado, entender. Será que se existir revolta pública, cortes de estrada, manifestações a coisa se vai resolver? Se assim é eu serei o primeiro a encabeçar uma coisa dessas porque não acho correcto por se ter um lugar de garagem não se poder ter outro carro. Ainda dei uma sugestão, "O melhor será eu vender, ainda que forma fictícia, o meu lugar de garagem, aí terei o meu problema resolvido". Claro que de seguida, como bom cidadão que sou voltei ao gabinete de atendimento ao munícipe e informei a primeira colaboradora de que ela estava a prestar uma informação errada e que a deveria corrigir. Meus caros comentem isto e digam-me se valerá a pena a revolta...

Ricardo Bastos

sexta-feira, outubro 20, 2006

Afinal sempre há quem não nos envergonhe...

Portugal vale a pena

Eu conheço um país que tem uma das mais baixas taxas de mortalidade de recém-nascidos do mundo, melhor que a média da União Europeia.
Eu conheço um país onde tem sede uma empresa que é líder mundial de tecnologia de transformadores.
Mas onde outra é líder mundial na produção de feltros para chapéus. Eu conheço um país que tem uma empresa que inventa jogos para telemóveis e os vende para mais de meia centena de mercados.
E que tem também outra empresa que concebeu um sistema através do qual você pode escolher, pelo seu telemóvel, a sala de cinema onde quer ir, o filme que quer ver e a cadeira onde se quer sentar.
Eu conheço um país que inventou um sistema biométrico de pagamentos nas bombas de gasolina e uma bilha de gás muito leve que já ganhou vários prémios internacionais.
E que tem um dos melhores sistemas de Multibanco a nível mundial, onde se fazem operações que não é possível fazer na Alemanha, Inglaterra ou Estados Unidos. Que fez mesmo uma revolução no sistema financeiro e tem as melhores agências bancárias da Europa (três bancos nos cinco primeiros).
Eu conheço um país que está avançadíssimo na investigação da produção de energia através das ondas do mar. E que tem uma empresa que analisa o ADN de plantas e animais e envia os resultados para os clientes de toda a Europa por via informática.
Eu conheço um país que tem um conjunto de empresas que desenvolveram sistemas de gestão inovadores de clientes e de stocks, dirigidos a pequenas e médias empresas.
Eu conheço um país que conta com várias empresas a trabalhar para a NASA ou para outros clientes internacionais com o mesmo grau de exigência. Ou que desenvolveu um sistema muito cómodo de passar nas portagensdas auto-estradas. Ou que vai lançar um medicamento anti-epiléptico no mercado mundial. Ou que é líder mundial na produção de rolhas de cortiça. Ou que produz um vinho que "bateu" em duas provas vários dos melhores vinhos espanhóis.
E que conta já com um núcleo de várias empresas a trabalhar para a Agência Espacial Europeia. Ou que inventou e desenvolveu o melhor sistema mundial de pagamentos de cartões pré-pagos para telemóveis. E que está a construir ou já construiu um conjunto de projectos hoteleiros de excelente qualidade um pouco por todo o mundo.

O leitor, possivelmente, não reconhece neste País aquele em que vive - Portugal.

Mas é verdade. Tudo o que leu acima foi feito por empresas fundadas por portugueses, desenvolvidas por portugueses, dirigidas por portugueses, com sede em Portugal, que funcionam com técnicos e trabalhadores portugueses.
Chamam-se, por ordem, Efacec, Fepsa, Ydreams, Mobycomp, GALP, SIBS, BPI, BCP, Totta, BES, CGD, Stab Vida, Altitude Software, Primavera Software, Critical Software, Out Systems, WeDo, Brisa, Bial, Grupo Amorim, Quinta do Monte d'Oiro, Activespace Technologies, Deimos Engenharia, Lusospace, Skysoft, Space Services. E, obviamente, Portugal Telecom Inovação. Mas também dos grupos Pestana, Vila Galé, Porto Bay, BES Turismo e Amorim Turismo.

E depois há ainda grandes empresas multinacionais instaladas no País, mas dirigidas por portugueses, trabalhando com técnicos portugueses, que há anos e anos obtêm grande sucesso junto das casas mãe, como a Siemens Portugal, Bosch, Vulcano, Alcatel, BP Portugal, McDonalds (que desenvolveu em Portugal um sistema em tempo real que permite saber quantas refeições e de que tipo são vendidas em cada estabelecimento da cadeia norte-americana).

É este o País em que também vivemos.

É este o País de sucesso que convive com o País estatisticamente sempre na cauda da Europa, sempre com péssimos índices na educação, e com problemas na saúde, no ambiente, etc.
Mas nós só falamos do País que está mal. Daquele que não acompanhou o progresso. Do que se atrasou em relação à média europeia.

Está na altura de olharmos para o que de muito bom temos feito. De nos orgulharmos disso. De mostrarmos ao mundo os nossos sucessos - e não invariavelmente o que não corre bem, acompanhado por uma fotografia de uma velhinha vestida de preto, puxando pela arreata um burro que, por sua vez, puxa uma carroça cheia de palha. E ao mostrarmos ao mundo os nossos sucessos, não só futebolísticos, colocamo-nos também na situação de levar muitos outros portugueses a tentarem replicar o que de bom se tem feito.
Porque, na verdade, se os maus exemplos são imitados,porque não hão-de os bons serem também seguidos?

Nicolau Santos, Director - Adjunto do Jornal Expresso
In Revista Exportar

Um texto a meditar...

quinta-feira, outubro 19, 2006

Conduzir olhando para trás...

Meus Amigos, ao contrário do que estou habituado, aqui, não defendo nada nem ninguém, apenas as minhas convicções.
Por isso, e considerando que me chamaram simpaticamente à colação, e em apanágio da minha consciência, transmitirei o que penso sobre o caso, e sobre a actuação política de um Colega Militante, no que diz respeito exclusivamente à sua ausência da última AM.
Quer queiram ou não queiram, Hermínio Loureiro é a personalidade Oliveirense mais prestigiada e reconhecida. Pena é não haver 10 Hermínios, já o tinha dito...
O ditado de que "Santos da casa não fazem milagres" aqui funciona em pleno.
Não querer ver isto é autismo ou cegueira. Mas sempre foi verdade que um homem se faz Homem longe da terra que o viu nascer, e que nesta será sempre um menino.
O mal, claro, está nessa madrasta, que é a Política. E o problema está naqueles que a conduzem nunca usarem espelhos retrovisores.
Marcar uma Assembleia Municipal Extraordinária e não comparecer, é faltar ao respeito dos Oliveirenses?? Por amor de Deus...
Ser transmitida uma informação errada, é enganar os Oliveirenses?? Então, alguém com o Currículo e experiência de Hermínio Loureiro iria cometer o desacerto de se sentar logo ao lado do "Papa" numa transmissão televisiva, sabendo que o viam?! Poupem-me!
Primeiro, Hermínio Loureiro estava impedido porque estava a trabalhar... Não porque estava de férias, ou num qualquer encontro social! " Isto não é desrespeitar a AM!
Ah, ele tem é muito cargos!"... "Devia abdicar de alguns!" Desculpem lá, mas nesse prisma todo a gente só fazia uma coisa na vida, de cada vez... só teria um compromisso, um emprego, um filho... sim, que é impossível olhar por dois filhos ao mesmo tempo...??
Enfim, quem não tem o que dizer... diz o que não sabe, mormente de que é incompatível estar na Liga e ser deputado... mas Meus Amigos, Hermínio Loureiro não faz parte do Governo, é da Oposição, logo defender os interesses dos clubes, nomeadamente ser contra o artigo 45º da proposta da nova lei de bases do desporto não é defraudar os contribuintes, nem tão pouco não zelar pelos interesses da nação. Zelar pela continuação das comparticipações do Estado aos Clubes profissionais é um primado básico da função de Presidente da Liga, outrossim, estimular a prossecução do fim público de um Estado Desportista, de acordo com os Princípios Constitucionais.
Uma coisa é um erro político, como seja a transmissão uma informação incorrecta, outra é esbulhar a inteligência do eleitores, como é nomear Adjunta do Gabinete do Senhor Ministro da Presidência, Dr. Pedro Pereira, a Ilustre Advogada Dra. Vera Sampaio, que terminou recentemente o curso de Direito e devido à sua larguíssima experiência profissional, sem precisar da ajuda do Ex. Presidente da República Jorge Sampaio, que por acaso do destino é seu pai, irá pôr ao dispor do País todo o seu saber, infelizmente não a tempo inteiro, já que terá que continuar a dar aulas numa Universidade Privada, pois os seus 10 valores com que terminou o curso são mero erro de cálculo.
De facto, para certos homens, uma cidade é pequena demais… para outros uma rua é grande demais. Haja orgulho nos primeiros.

Orçamento de Estado 2007

Já foi apresentado publicamente o Orçamento de Estado para 2007 que prevê, conforme o Rui Nelson já aqui tinha aventado, um aumento nas transferências para o concelho de Oliveira de Azeméis. Esse acréscimo de 2,32% traduz-se em mais 273.625 €. De realçar que o nosso concelho está no lote dos que mais crescem no distrito de Aveiro que, em média, cresce 1,13%.

Por estes factos, comprovados e não suposições, não se compreende que a nossa autarquia tenha rejeitado, argumentando solidariedade com outras câmaras municipais, a Nova Lei das Finanças Locais. Com estes aumentos, a Câmara Municipal pode agora repor a justiça nas transferências para as Juntas de Freguesia do concelho que no ano passado viram as suas transferências de capital reduzidas em mais de 40%... É de elementar justiça!

 

Tornado em Loureiro

Não há memória de um tornado tão forte como o de hoje (18 de Outubro de 2006), em Loureiro. Telhas levantadas e partidas, estruturas metálicas dobradas, árvores e postes no chão. Alguns animais de vacarias morreram. Todos os esforços concentram-se agora na reconstrução. Veja aqui as fotos dos danos causados.


quarta-feira, outubro 18, 2006

referência nacional em quê?

Só hoje pude ler o semanário 'Correio de Azeméis'. E entre algumas crónicas e notícias (aproveito para destacar a excelente crónica do Prof.António Magalhães sobre a qualidade e importância da água e o saneamento básico) deparo-me com a reportagem de uma conferência de imprensa do PSD local e em que, entre outros 'hinos à glória...e ao chefe', o sr. Presidente da Comissão Política terá, assertivamente (imagino que inflamado de tanta sapiência), dito que Oliveira de Azeméis é uma referência nacional.
Fiquei apreensivo com o estado da minha sanidade mental, voltei à 1ª página do jornal e constatei que não estava a ler o 'Correio de...' . Tinha à minha frente o 'Correio de Azeméis' e um político/autarca declarava para as cinco partes do mundo que a minha terra, a nossa terra, é uma referência nacional !!!
Fiquei orgulhoso, inchado..eu, oliveirense tenho a minha terra como um modelo nacional, hoje no topo nacional, amanhã na Península Ibérica, depois, quiçá, no mundo.
Procurei nas linhas seguintes perceber, então, em que consistia a referência nacional mas ...'népia'.
Confesso que senti uma angústia (ou o repórter não transcreveu tudo o que o sr. Presidente anunciou, mera hipótese) pois não dá para perceber essa da 'referência nacional'.
Por considerar(em) o sr.Presidente um autarca-modelo (que tem uma gestão de fazer inveja ás empresas privadas, julgo ter lido isto no dito jornal) ?
Por termos uma das mais baixas taxas de cobertura de saneamento básico e de abastecimento de água ?
Ou será porque temos um lote de boas empresas no sector dos moldes ? Esta não seria certamente a 'referência' do sr. Presidente.
Então..que raio de referência nacional é Oliveira de Azeméis ?
Vou passar a ter algumas insónias e noites de vigília para decifrar a charada.
A não ser que alguém adiante a resposta..se é que alguém sabe...
(excluindo, oviamente, uns quantos...)

terça-feira, outubro 17, 2006

Assembleia Municipal, Assembleia da República ou Estádio do Dragão???

Não querendo contrariar o Pedro Marques que comentou a recente notoriedade pública de Hermínio Loureiro e o consequente incómodo que isso poderia estar a causar a muitos oliveirenses, creio que essa mesma notoriedade o deve incomodar, isso sim, a ele mesmo.
Digo isto com toda a frontalidade por achar que hoje demonstrou uma clara falta de respeito para com a Assembleia Municipal de Oliveira de Azeméis.

Passo a explicar:

- Na qualidade de Presidente da Assembleia, agendou uma reunião com apenas um ponto na ordem de trabalhos, para as 19h de uma terça feira - situação discutível mas que se aceita!
- Não compareceu na Assembleia Municipal, sendo transmitido pela 1ª Secretária que tal se devia ao facto de estar em trabalho na Assembleia da República - incompreensível tanto mais que foi o próprio a agendar a reunião, mas teria sido devido a trabalho na Assembleia da República;
- Contudo, a essa hora, estava sentado na Tribuna do Estádio do Dragão a ver o jogo entre F.C. Porto - Hamburgo e, devido a essa notoriedade, todos os oliveirenses puderam constatar isso mesmo...

domingo, outubro 15, 2006

apontamento de fim-de-semana (2)

Uma pequena estória do quotidiano oliveirense:
tempos atrás um cidadão oliveirense, cerca das 7 horas da manhã, estranhou que num carro, estacionado em zona central da cidade, dormia uma pessoa..
Dia seguinte e seguintes: o mesmo cenário..na mesma hora...até cobertas já estavam sobre o tejadilho..Obviamente, situação estranha..um problema social, talvez, pensou o cidadão.
Emviou um mail para o enederço geral da CMOA; obteve um outro endereço num outro site relacionado com a Rede Social da CMOA e enviou também um mail. Ambos com pedido de recibo de leitura. Não teve qualquer resposta, nem ao pedido de recibo nem ao mail.
Terceira tentativa: reenvio dos mails anteriores ao Gabinete de Apoio ao Munícipe.
Nisto, a situação do carro estacionado no mesmo sítio com uma pessoa a pernoitar permanecia.
O cidadão, que sai de Azeméis pelas 7h / 7h30m e regressa quase sempre depois das 8 horas da noite lança mão de mais uma iniciativa: envia um fax de alerta à área Social da CMOA.
Algumas horas mais tarde recebe um telefonema de uma Assistente Social da CMOA a agradecer o alerta, pretendia saber se o cidadão podia dar alguma pista, etc. e terminou dizendo que iriam actuar.
(entretanto o GAM da CMOA respondeu ao último mail, comunicando que o assunto fora encaminhado para a área competente)
2 ou 3 dias depois, o carro permanecia no mesmo local, mas sem mantas a encobrir e sem qualquer pessoa a pernoitar...
Sexta-feira passada a mesma Assistente Social, Maria da Luz de seu nome, telefonou de novo ao cidadão para o informar que se tratava efectivamente de um caso delicado de natureza social e que a Segurança Social estava já a intervir.
Ainda há pessoas que fazem a (positiva) diferença no meio de tanto autismo que por aí grassa.

apontamento de fim-de-semana (1)

Li esta tarde nos periódicos cá do burgo e passo a citar "...com muita pompa e circunstância foram inaugurados as últimas obras que permitem, agora e finalmente, dizer que o concelho de Oliveira de Azeméis atingiu uma cobertura total quanto a saneamento básico e a abastecimento de água de rede. Os autarcas revelam satisfação do dever cumprido e apesar de elevado déficite tal ficou a dever-se aquelas obras prioritárias e que a população, naturalmente, dá mostras de regozijo".
Puro engano e erro de paralaxe.
Com o tempo cinzentão, 'estoirado' depois uma intensa semana de trabalho passei os olhos pela imprensa local e adormeci numa valente sesta quando lia, isso sim, que a trampa anda à solta pelos lados de Ul, que em Travanca não existem acessos a água potável...
É o lado bom de uma soneca: põe-nos a sonhar já que a realidade é bem mais escura que o cinzento do dia de hoje, domingo.

quarta-feira, outubro 11, 2006

Solidário

O nosso Presidente da Câmara Minicipal, afirmou estar contra a NOVA Lei das Finanças Locais, por estar solidário com os outros municípios. Fica-lhe bem.
Mas não disse nem sabemos bem o que é que isto significa. Se eu fosse Freud (estejam descansados, que não sou a reencarnação...), poderia tentar imaginar:
1. Tem sentimentos impulsivos solidários com a comunidade, por razões de identidade, sejam elas quais forem;
2. Tem sentimentos piedosos, que o levam a condicionar as suas opiniões em função de considerar as dificuldades dos outros, como situação inelutável de incapacidade, apenas resolúvel através da caridade ao próximo;
3. Afirma a rectidão do tabú da caridade , como valor negativo estruturante da personalidade, com probabilidade condicionado por um qualquer problema na infância, que o faz ter o receio de amanhã poder estar na posição de um deles;
4. Dá-se mal com os mais próximos e por si sente necessidade de ser solidário com os mais distantes;
Nada disto.
Ironias à parte, aquela afirmação de solidariedade serve apenas para explicar o não explicado perante quem o elegeu. A nova Lei das Finanças Locais, contas feitas, adopta novos critérios para distribuição de verbas, que resultam, em termos líquidos, em MAIS DINHEIRO para Oliveira de Azeméis.
Esta é uma verdade difícil de assumir, quando se está contra por razões políticas meramente tácticas. E era melhor assumir que esse dinheiro extra será bem-vindo e é até muito pouco perante aquilo que Oliveira de Azeméis precisa. Mas não foi essa a posição do Presidente da Câmara Municipal.
Ponho agora a pergunta, como o faria Maquiável se o pudesse fazer: se o mandato do nosso Presidente da CM é para defender os nossos interesses, isso inclui ser solidário com os outros municípios, em prejuízo dos nossos interesses? Esta é uma pergunta sem resposta.
Imagine-se outra situação. Seria capaz, algum dos nossos Presidentes de Junta de Freguesia, na distribuição do orçamento municipal, de votar contra uma proposta que lhe desse mais dinheiro, só porque estava solidário com os outros Presidentes de JF que iriam receber menos?
Mas a maior dúvida para perceber se a posição do Presidente da CM é de puro cinismo ou tem valor político autónomo (e neste caso, sendo sustentável e de apoiar), só se compreenderia se ele se pronuniciasse sobre a ACTUAL lei, modelo pelo qual ficamos a saber, no confronto com esta NOVA lei, que o nosso concelho podia ser beneficiário de fundos maiores - por justiça.
E é aqui que tudo desconhecemos, pelo que nos permite, sem dúvida, realizar todas as análises freudianas sobre tal posição.
(já agora, o deputado Hermínio Loureiro votará contra a nova Lei, que beneficia Oliveira de Azeméis?)

Site Núcleo Museológico do Moinho e do Pão

Já aqui foi escrito pelo Carlos Cunha acerca da recuperação dos Moínhos. Para quem ainda não teve oportunidade de os visitar, deverá estar para breve a conclusão do site acerca do Núcleo Museológico. O endereço será www.moinhosdeazemeis.com

Azeméis na TSF (parte 2)

No dia 16 de Janeiro, era publicado pelo Rui Nelson Dinis um comentário que pode ser lido novamente aqui.
Nele, falava da relevância do programa ser emitido a partir de Oliveira de Azeméis, o que poderia ser entendido como uma atividade de serviço público prestada pela Rádio TSF.
Mal saberia ele certamente que esse programa custou dinheiro ao erário municipal... uma pesquisa atenta levou-me à conclusão que a CMOA gastou 3146€ com este programa.
Não coloco em causa que o tenha feito, mas é mais uma prova de que, hoje em dia, não há almoços grátis...

Editais e anúncios públicos nos jornais. Porquê?

Em todas as edições dos jornais locais, regionais e nacionais, somos confrontados com uma infindável quantidade de anúncios, editais e publicidade da actividade das Câmaras Municipais, Tribunais, Poder Central, etc… Tais publicações, por norma, obedecem a imposições legais pelo que apenas ficam de fora desta obrigatoriedade, a publicidade a eventos por norma das Câmaras Municipais.

Contudo, estas imposições legais saem muito caro aos bolsos dos contribuintes pelo que urge encontrar soluções alternativas, nomeadamente, com a sua publicação apenas na Internet, conforme foi efectuado com o Diário da República Electrónico.

Para uma melhor compreensão dos valores de que estamos a falar, aqui ficam alguns exemplos dos valores gastos pela CMOA:

 

Edital da Assembleia Municipal de 14/07/2006 – 300,68 €

Edital “Reuniões da CMOA no Mês de Agosto” – 160,32 €

Editais Toponímia de Ul e Travanca – 250,71 €

Edital Regulamento Resíduos Sólidos – 136,73 €

Edital Regulamento Cemitério Municipal – 136,73 €

 

Estes são alguns exemplos de custos que podem e devem ser evitados com a massificação da Internet.

Com base nestes dados, podemos também constatar o peso que qualquer Câmara Municipal exerce nas finanças dos pequenos jornais locais que não ousam investigar nem criticar a actuação das Câmaras Municipais sob pena de verem estas verbas por um canudo! E são muitos os jornais regionais por este país fora que vivem uma relação de clara dependência destas verbas.

terça-feira, outubro 10, 2006

Pés de barro

O Presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, acompanhado de diversos outros autarcas, comemorou a República, em visita fulgurante a obras nas freguesias de Ossela, Loureiro, Palmaz e Cesar. Obras essas que representam (!) 72.600 €uros do orçamento municipal.
Antevendo a vergonha, lá foi o Presidente antecipando a desfaçatez dos que dizem mal, de que as pequenas obras são também muito importantes, de que isto e de que aquilo...
Poupem-nos a isto. É rídiculo. É um ultraje para qualquer cidadão e eleitor, permanecer sujeito a este registo miserabilista.
A verdade é que a CM tem um orçamento superior a 30 milhões, mas tem dívidas não se sabe ao certo de quanto. O município está impedido de ter acesso ao crédito e a situação financeira é uma catástrofe. O pouco que fez nos últimos anos não foi mais do que a sua obrigação, cotejada ao nível dos "serviços mínimos" de qualquer câmara municipal.
Como é que se chegou aqui? É simples: foi à custa da má gestão, mau planeamento e maus investimentos, grandes e pequenos, feitos ao longo de anos, que empurraram o concelho para a frente no passivo, mas não chegaram para o manter ao nível do desenvolvimento e avanços dos concelhos vizinhos.
Basta do discurso pobre da obra feita! Já não chegou a lição? Será que a vida nada ensinou? E agora, tontamente, como não há obras grandes e gordas para mostrar, mostram-se as "obrinhas", pequeninas, bonitinhas e jeitosinhas, como a sardinha e a mulher portuguesa.
Já não há pachorra para isto. Mudem a cassete e passemos a uma nova fase. Já que se foram os aneis, que se preserve a dignidade e os dedos. Por favor.

sábado, outubro 07, 2006

A nova leia das finanças locais

Andam para aí muitos aflitos. Os presidentes de Câmara, de Junta, os partidos da oposição e o Sr. Alberto João Jardim. A Associação Nacional de Municípios Portugueses até já ameaçou o Governo, dizendo que alguns serviços poderiam sofrer com isso, nomeadamente os relacionados com forças de segurança e serviços escolares. É espantoso não se terem lembrado de algumas empresas municipais criadas para abrir vagas para meia-dúzia de gestores “amigos” ou dos assessores e vice-assessores dos Srs. Presidentes, dos Srs. Vereadores e por aí adiante. E os carros com motoristas em muitos serviços completamente desproporcionados ou as festas e festinhas onde são gastos milhares de euros, assim como os custos da publicidade para propagandearem as obras feitas e as que estão a ser realizadas. Nada disto foi lembrado. Também não se lembraram da aberração de alguns subsídios a clubes de futebol e a associações que nada ou pouco fazem. Não se lembraram das ligações ruinosas que muitos municípios mantêm com os “barões” da construção civil.
Quanto a Oliveira de Azeméis, espero não ouvir uma palavra de desconforto por esta nova lei, por duas razões. Uma é que ao que tudo indica ela até nos favorece, a outra é que quem corta em 42,50 % nas transferências para as Juntas de Freguesia em 2005 não tem autoridade moral para reclamar junto do Governo. E esta mensagem é válida tanto para o nosso executivo camarário como para os seus mais fiéis seguidores, que ainda os há.

quinta-feira, outubro 05, 2006

Festa da Formação do Basquetebol Oliveirense

Hoje há uma festa do basquetebol oliveirense. Saúde-se.
É a festa-apresentação dos mais jovens, da formação.
Pode ser, digamos, o início de um novo ciclo.
Sentir-se-á a falta da equipa profissional. Não constituiu qualquer surpresa , para mim, este radical corte. De há muito que era um fim anunciado.
Advoguei, em su sítio, outros caminhos como a redução gradual de custos nem que se tivesse equipa sénior na Proliga, com forte presença de jogadores oriundos da formação. Era a minha opinião e visão.
Saber que o projecto de formação continua é muito e muito reconfortante.
Saibamos reconehcer e valorizar o esforço e dedicação dos muitos 'carolas' que darão continuidade.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Confraria das Papas S. Miguel

Enquanto decorria mais uma Assembleia Municipal, na passada sexta-feira, ali ao lado no auditório da Junta de Freguesia de Oliveira de Azeméis, dava-se o pontapé de saída da Confraria das Papas de S. Miguel que tem na sua génese personalidades oliveirenses como Manuel Lima, Isabel Maria Calejo, Benjamim Pereira, Lindolfo Ribeiro, Amadeu Carvalho e Abílio Guimarães.

Infelizmente, os membros da Assembleia Municipal, da Câmara Municipal e Presidentes de Junta de Freguesia, não puderam associar-se ao evento e degustar as famosas papas…

domingo, outubro 01, 2006

Após ler o 'Mais Alerta'...

Só hoje tive a oportunidade de ler a última edição do jornal 'Mais Alerta' e dois temas em destaque suscitam-me este 'post' ou comentário.
Sobre o processo em curso quanto a taxas de publicidade, utilização de espaço de domínio público, etc.:
  • que muitos e muitos comerciantes se viram confrontados com novas exigências para as quais não estariam devidamente elucidados ou alertados
  • que o processo burocrático é muito complexo (será por isso que alguns 'técnicos' serão, supostamente, recomendados de dentro da autarquia ?)
  • que apesar do sr. Vereador ver ou despachar 300 ou 400 processos por semana (!!!) muitos são os que ficam a 'marinar' por falta disto,daquilo...(e os 'técnicos', com tantos processos entre mãos dirão aos seus clientes que entregaram, isto e aquilo e depois os serviços camarários vêm desmentir..)
  • que os valores cobrados ou a cobrar são 'comparados' e semelhantes com os praticados em grandes urbes. NIsso, parece, somos um concelho em bicos de pés (já que no resto é a diferença entre o 1º e o 3º mundo...)
  • que é passada a ideia (pelo sr. Vereador) que no passado esta matéria teria sido uma "balda'' pois agora é que querem por tudo em ordem ..A que preço(s)?Mas que (grande) ajuda para o orçamento...

Sobre a falta de iluminação na Casa Mortuária do Cemitério de O.de Azeméis:

  • é mau de mais para ser verdade
  • mas acreditando que há mais de 90 dias não consigam solucionar uma anomalia logo se vê que nível de sensibilidade (patente em mais que um testemunho) é que os responsáveis camarários têm
  • Só quem já teve a necessidade e experiência (como eu próprio) de utilizar a Casa Mortuária para velar entes queridos pode avaliar o quão chocante é pressentir que, para aqueles responsáveis, mais luz ou menos luz na Casa Mortuária, é uma 'chatice', que dá despesa...e... não dá notoriedade ou ..ia a dizer...e digo mesmo... votos.

Simplex ou complicadex?

Numa altura em que já está a ser aplicado no país o simplex, programa de simplificação de procedimentos, de todos mais ou menos conhecido, fico perplexa ao constactar que o nosso município continua a perferir o complicadex.

Constactam-se coisas tão inexplicaveis quão preocupantes no funcionamento dos serviços administrativos da nossa Câmara. Não fáz qualquer sentido, que a Câmara obrigue a que um municipe, para instruir, por exemplo um processo de concessão de licença de publicidade, tenha que fornecer à câmara a licença de ocupação do prédio onde tem instalado o estabelecimento objecto da requerida licença!
- Essa mesma licença, se existir foi a Câmara que a deferiu; se não existir, a Câmara também tem que saber, porque para além dela mais ninguém as pode deferir!
- Ou será que a Câmara não tem registo das licenças que ela própria emitiu?

Afinal, esta nossa Câmara até foi distinguida com a certificação de qualidade dos serviços!