terça-feira, setembro 29, 2009

Porque vou votar no PS

Quero fazer aqui a minha honesta declaração de interesses para o próximo acto eleitoral autárquico. Para a Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, vou votar no PS.
Sei que a minha escolha não é nada de surpreendente, mas é exigível que o esclareça. Sou preocupado com o meu concelho e com a minha terra. Sou e sempre fui um cidadão comprometido e empenhado com a minha comunidade. Tenho esse dever e o concomitante direito de manifestar, com clareza, a minha preferência.E tenho particulares responsabilidades como fundador deste blogue.
Estou convicto de que a escolha que se aproxima, que não é a escolha das escolhas, mas merece de todos nós a maior clareza e a total exigência sobre aquilo que queremos e esperamos do nosso futuro comum. Por isso, fique claro que o meu voto será no PS e na Helena Terra.
Sei que as razões pelas quais a apoio, não são consensuais e serão, aqui e ali, merecedoras de crítica e divergência. Mas isso pouco me interessa. Digo o que penso porque penso o que digo.
1. Conheço muito bem, como é sabido, a Helena Terra. Para quem não sabe, a Lena é natural da Freguesia de Loureiro. Cresceu e viveu toda a sua vida neste Concelho, sendo uma profunda conhecedora do Concelho, das suas 19 freguesias e, sobretudo, do valor e das capacidades das suas gentes.
2. A Helena não é uma carreirista da política. Não nasceu politicamente à sombra de senhor feudal, nem fez o seu percurso à custa da insistência e assiduidade nas campanhas do Partido, de barriga na mesa das disputas internas e externas. Nasceu para a política, quando percebeu que não podia mais ficar de fora, a criticar o que não estava bem, porque mais lhe era exigido. Que fosse em frente e que assumisse as responsabilidades das suas posições.
3.A Helena Terra tem uma formação académica sólida, sendo licenciada em Direito na Universidade de Coimbra. Fez estágio profissional na cidade com o Dr António Neta, a quem se associou profissionalmente durante algum tempo. Iniciou então uma carreira que se revelaria sólida, sendo uma advogada de reconhecido mérito e seguramente das mais credíveis da sua geração.
4. Ao longo de quase 20 anos, desenvolveu actividade profissional intensa como advogada, exercida no Concelho de Oliveira de Azeméis, onde representou também os advogados como sua Delegada, na Ordem dos Advogados. Nesta extensa actividade profissional, trabalhou e conheceu muitas das pessoas, das empresas e dos principais problemas que ainda existem e que carecem de resolução, firme e determinada.
5. Foi autarca, em todas as funções autárquicas no Concelho, sendo hoje uma das poucas pessoas que as exerceu todas: integrou a Assembleia de Freguesia de Loureiro, foi Vereadora da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, e foi deputada da Assembleia Municipal de Oliveira de Azeméis, onde se distinguiu pelas suas capacidades de afirmação, crítica mas também a disponibilidade para apresentar propostas construtivas e inovadoras, mobilizadoras de novas vontades e ideias.
5. É uma cidadã participativa e exigente na sua relação com a comunidade: colaborou, participou e apoiou, ao longo da sua vida, diversas iniciativas e entidades do Concelho de Oliveira de Azeméis, desde as mais humildes às mais nobres, como a de executante musical na Banda de Música de Loureiro, até às mais profissionais e complexas, como a frequente assessoria e apoio jurídico e de advocacia, sob forma gratuita e discreta, - como deve ser a genuína solidariedade -, junto de diversas instituições de carácter cultural e social, utilidade pública, beneficiência, música, desporto e recreio de todo o município, cuja enumeração seria exaustiva e aqui dispensável realizar.
6. Assumiu a liderança do PS de Oliveira de Azeméis, em condições difíceis. Deu a volta ao Partido, sem pôr ninguém "de fraldas". Na sua carreira política e partidária, em apenas 6 anos, pelo seu esforço e mérito próprio, adquiriu a experiência do poder, o conhecimento do Estado, do Governo e da Administração Pública – absolutamente necessárias às funções como futura Presidente da Câmara. O seu trabalho político no Concelho e a reconhecida eficácia e qualidade da sua participação como deputada na Assembleia da República, ao contrário do absentismo e desleixo de outros, são a confirmação das suas qualidades políticas.
7. Experiência essa que não a tornaram dependente dos outros, mas sobretudo de si própria. A candidatura com o apoio unânime e total do Partido Socialista, não pode fazer esquecer o mais importante apoio que recebe dos seus concidadãos, oliveirenses anónimos, de todas faixas etárias e grupos sociais, eleitores de vários partidos e, sobretudo, de gente sem passado nem presente político, mas que quer o melhor para o futuro da sua terra. E é por estes e pelo futuro destes, que vive e existe a candidatura da Helena Terra.
8. A Helena Terra não se candidata contra ninguém. A sua escolha por esta candidatura, levou-a a abdicar da renovação do seu mandato como deputada na AR. Apenas porque acredita plenamente nas suas capacidades para fazer, com coragem e determinação, o que tem de ser feito – Por Oliveira de Azeméis e pelas suas gentes. Não está contra ninguém, mas pela mudança, por uma nova energia transformadora, para uma terra que merece melhor do que tem tido.
9. A facilidade da Helena Terra, por um lado, constituirá, caso mereça a confiança dos Oliveirenses, a sua maior dificuldade: o reconhecido mau mandato do actual executivo e da maioria que governa o Concelho, há 30 anos, facilitam o seu resultado eleitoral. Mas o estado e as consequências desse desgoverno, caso venha a ganhar as eleições, serão para ela e para a sua equipa, uma enorme dificuldade.
10. Durante muitos anos diziam alguns oliveirenses que a actual maioria era fraca, mas que também não se mudava, porque a oposição não mostrava alternativas. Ora, estes 4 anos de liderança da Helena Terra mostraram o espírito, a vontade e as capacidades em que se assumiram alternativas novas. Hoje, mais ninguém se queixará de que não existem outros caminhos. O caminho está aqui: o caminho é o da mudança.

domingo, setembro 13, 2009

Jovens candidatos e a utopia

Percorrendo as diferentes listas de candidatos às autárquicas oliveirenses e, dentro do que eu conheço, constato, julgo não estar enganado, uma grande e saudável preponderância de jovens. Positivo sem margens para dúvida tendo sobretudo em conta que se não forem os jovens a tomarem o futuro em suas mãos dificilmente serão outros a fazê-lo pelo menos na medida dos seus justos anseios e aspirações.

Porém, reflicto e interrogo-me: valerá a pena a empreitada, o serem escutados, fazerem obra, contribuírem com novas ideias se, ou quando, ‘por detrás da cortina’ subsistirem as menos (ou nada) escrupulosas individualidades do poder executivo ou mesmo da sua envolvente que através de inconfessáveis desígnios tratam do seu ‘eu’ ?

Claro que vale a pena...Mas não bastará ter alma. Será necessária coragem, perseverança.

Tomemos como exemplo uma das situações que podem ocorrer aqui e ali, em qualquer lugar, e que não são tão absurdas nem tão irreais como possam parecer.

Uma senhora quer prendar ou ajudar uma sua neta cedendo-lhe um terreno ‘pra uma casita’.

Técnicos camarários respondem : “não, para ‘uma casita’ não dá pois é terreno agrícola!”. Tempos depois, a avozinha é procurada por alguém. Alguém interessado na compra do terreno. Matutou a boa senhora: “se o terreno não dá pra casita talvez com o dinheiro da venda possa ajudar a minha netinha a comprar outro terreno’. Se bem o pensou melhor o fez: vendeu ao preço de ‘agrícola’. Tempos depois, incrédula, a anciã vê, no que terreno que já fora seu, a chegada e o aprontar das escavadoras, das gruas, dos andaimes. Hoje, naquele terreno que era para fins agrícolas, assim lhe disseram, está um conjunto de moradias, prontas e vendidas. Em nenhuma mora a sua neta. O dinheiro da venda do terreno ‘agrícola’ não chegara sequer para uns escassos metros quadrados de lote para construção.

O combate ao que se não vê mas sente é uma necessidade.

Eu acredito na juventude para esse difícil combate, por muito utópico que pareça. Com a sua natural irreverência, com forte sentido critico, estudando de forma reflectida quanto aos ‘modelos’ a seguir, referências, valores éticos. Sim, é possível.

quinta-feira, setembro 10, 2009

Sócrates em Loureiro

segunda-feira, setembro 07, 2009

Medidas vs Resultados

O Norte registou, em 2008, a taxa de mortalidade infantil mais baixa de Portugal continental. Por cada mil crianças até um ano de idade, morreram 2,5. Foi também a região que conseguiu a melhor evolução nos últimos anos. […]

Por enquanto, os indicadores "são muito satisfatórios" e devem ser analisados como um resultado da política materno-infantil implementada. Entre as medidas tomadas está o polémico encerramento de sete blocos de parto (Santo Tirso, Amarante, Barcelos, Mirandela, Oliveira de Azeméis e Lamego, durante o ano de 2006, e Chaves, no final de 2007).

In Jornal de Notícias, 07.09.2009

 

Por vezes, as medidas que a população contesta de forma emotiva, acabam por ser contrariadas racionalmente pelos resultados obtidos e, neste caso, a redução das taxas de mortalidade infantil são um excelente sinal disso mesmo.