segunda-feira, março 28, 2005

Pedido

Sendo certo que de todas as reuniões do executivo camarário, bem como da Assembleia Municipal são elaboradas actas, gostaria de saber o porquê da sua não publicação no sitio oficial da Câmara Municipal para que sejam do conhecimento de todos os munícipes os assuntos tratados, bem como as posições de cada Partido...

Por mim, farei um esforço para exprimir no blog o porquê de cada votação no órgão para o qual fui eleito pelos oliveirenses - Assembleia Municipal.

quinta-feira, março 24, 2005

Desemprego - A dura realidade???

Uma notícia publicada ontem no Jornal Público dá conta de que o concelho de Oliveira de Azeméis, que outrora vivia no situação de pleno emprego, atravessa hoje uma situação bem distinta, com níveis de desemprego superiores a média nacional...

Sendo certo que o cenário macroeconómico não é favorável ao desenvolvimento económico e que estes períodos são propícios a correcções estruturais, constatamos que em Oliveira de Azeméis nada foi feito nos últimos tempos com vista a minimizar os efeitos desta crise, uma vez que o Grupo Simoldes sempre se foi encarregando de absorver grande parte da mão obra disponível!!

Nos últimos anos, o investimento da autarquia na melhoria do parque industrial existente e na criação de novas zonas, devidamente infraestruturadas, capazes de potenciar e captar investimento exterior no nosso concelho, foi escasso, senão mesmo inexistente, como podemos constatar pela Zona Industrial de Loureiro (note-se que é um atentado denominar por Zona Industrial aqueles hectares de mato onde pontificam umas empresas sem o mínimo de acessibilidades).

Em tempos, na minha qualidade de membro da Assembleia Municipal e da Comissão Política Concelhia do PS, sugeri a criação de uma empresa municipal com capitais mistos que, dada a inércia da edilidade nesta matéria, ficasse incumbida de gerir os espaços industriais existentes e dinamizar os que ainda não sairam do papel... É apenas uma ideia, como tantas outras, que deve ser ponderada pois urge agir!

terça-feira, março 08, 2005

O estaleiro municipal

Até Outubro deste ano vamos assistir a um autêntico estaleiro municipal espalhado pelos mais de 160 km2 do nosso concelho na ânsia de mostrar ao eleitorado que se está a fazer obra, a dotar o município de infra-estruturas condizentes com a dinâmica empresarial e associativa...

Nada de mais errado, pois iremos assistir a uma tentativa desenfreada de escamotear a realidade do que não foi feito, não foi pensado e que inevitavelmente acarretará mais custos para o futuro!

Até outubro iremos ter a 5ª inauguração da Via do Nordeste que ao fim de 8 anos liga Bustelo a Cesar sem contudo ter uma saída digna para o IC2 por forma a escoar o trânsito de forma conveniente; vamos ter a inauguração doArranjo Urbanístico do Largo do Gemini; a putativa inauguração da Biblioteca Municipal e do Arquivo Municipal e, se tudo correr como planeado, teremos a requalificação das avenidas pedonais...

Será isto o suficiente para um executivo camaráio ao fim de 4 anos???

Em meu entender, não!

- Não temos Zonas Industriais dignas do nosso tecido empresarial, nem se antevê que venhamos a ter num futuro próximo;
- Não possuímos uma rede viária inter freguesias capaz de dinamizar o concelho;
- Não podemos usufruir de umas piscinas municipais;
- Um pavilhão gimnodesportivo ainda é uma "maquete";
- O Centro Coordenador de Transportes Municipal aliado à requalificação do espaço da actual central da Caima/Transdev não passam de sonhos!!!
- A edificação de uns Paços do Concelho capazes de potenciar a qualidade e produtividade dos funcionários (mais de 500) camarários;
- Ainda não estamos na média nacional de taxas de cobertura de água e saneamento;
- Manifesta incapacidade para resolver a questão da degradação da Estalagem São Miguel;

Enfim, um sem número de pontos cruciais para o desenvolvimento sustentado do concelho que não foram objecto de uma atenção especial durante estes últimos anos de executivo camarário liderado por Ápio Assunção.

Os derrotados (Parte II)


Apostou forte nestas eleições legislativas, misturando o seu papel de Presidente da Câmara Municipal com o de indefectível apoiante do PSD... Contudo, ultrapassou os limites do bom senso ao escrever um info mail aos oliveirenses pedindo um VOTO DE CONFIANÇA... O acto eleitoral reservou-lhe um VOTO DE CENSURA!

segunda-feira, março 07, 2005

7 de Março de 1935/2005

O Grupo Musical Macinhatense completa hoje, 7 de Março, o seu septuagésimo aniversário, celebrado no próximo sábado, na sede da agremiação. Passam também dois anos sobre a morte de um dos seus mais activos e ilustres membros, o Professor Rafael Godinho.

sábado, março 05, 2005

A Mudança da Vontade

Tenho acompanhado a mudança de discurso da maioria concelhia do PSD, perante os últimos resultados eleitorais. Desde a noite das eleições, são só palavras mansas e apelos à união e à defesa dos interesses comuns, em benefício do concelho e dos seus anseios.
O discurso pacificador tem um único destinatário: a nova maioria do Partido Socialista e seus representantes.
Já foi assim durante os Governos Guterres. O PSD e a Câmara Municipal não enjeitaram a proximidade ao poder e, sempre que necessário, para ajudar em situações pontuais mas, sobretudo, para impedir a ocupação do espaço de iniciativa política por parte do PS, fizeram sempre questão em apelar e mobilizar o PS para algumas ambições importantes para o concelho.
Foi assim com projectos fundamentais, como nos casos do novo acesso à auto-estrada, da instalação do pólo de ensino superior ou do centro de saúde e hospital. Mesmo tendo maioria absoluta no concelho, o PSD não se preocupou em encostar o ombro político ao PS e à oposição (na altura reforçada com Paulo Portas, membro da Assembleia Municipal pelo PP). E bem!
Mudado o Governo e a maioria nacional, a história já não foi a mesma. O PSD e a Câmara nunca mais recorreram ao PS ou à oposição para o que quer que fosse. A união já não foi precisa para nada.
Hoje, mudada a situação política, voltaram os apelos à união dos oliveirenses. De todos, dirão eles; sobretudo do PS, direi eu.
Não discordo, bem pelo contrário, da junção de esforços, sempre que necessário e possível, para bem do nosso concelho e das legítimas aspirações da nossa gente. Eu próprio dei esse exemplo, tendo activamente participado em diversas iniciativas para fazer valer a justeza das nossas populações. Fi-lo sem vaidade, mas com grande orgulho e empenho. Hoje, voltaria a faze-lo. Não está isso em causa.
Só lamento que o PSD apenas sofra dessa vontade frentista, em prol dos interesses da terra, quando isso lhe interessa. E se tenha esquecido ou se esqueça sempre, quando tal não lhe interessa.
Fica aqui a minha pena pelos três últimos anos, pelo muito que se perdeu. Mas não há mais tempo a perder e espero que tenham a humildade para arrepiar caminho.