quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Desabafos...

Nas últimas semanas, o país tem sido, abusivamente, na minha opinião, bombardeado com Propaganda Estadual…
Na semana passada, por ex. foi o Simplex2, escamoteando a gelatinosa fuga do Carrilho, o Ambiente… a emergente preocupação pelo tema da Corrupção, a “ratificação de decretos-leis”, pelo Tribunal Constitucional, a criação das Lei Anti-Discriminação e a futura Lei das Acessibilidades…
Recentemente, as forças encontram-se quase todas canalizadas para a questão do Aborto, ou da interrupção voluntária da gravidez…
Sinceramente, já nem sei o que pensar deste país…!
Neste país continua-se a fazer leis para meter na gaveta, a fazer que se faz, a falar bem e fazer pouco…
Não vou fazer aqui uma lista do que não funciona, ou não funciona bem, na Administração Pública Portuguesa, já que poderia correr o risco de me esquecer de algum “elefante” ou “decano sector”… mas alguma vez o Sr. Eng.º Sócrates teve que recorrer aos tribunais judiciais, ou a alguma urgência hospitalar, ou será que é daqueles em que a “empresa no dia”, quer dizer “empresa em semanas”? É que simplificar o que é simples, é simplex… coisinhas… CONTINUAMOS COM O PAÍS MAIS BUROCRATICO DA EUROPA E O TERCEIRO MAIS DEPENDENTE DE LOBBYS.
Alguma coisa foi feita para mudar os abusos na GALP (Salários e Reformas Astronómicas), alguma coisa se fez para movimentar funcionários públicos para serviços onde estes realmente escasseiem, alguma coisa se fez para terminar com a burocracia interdepartamental estadual (ainda tenho que tirar certidões de um serviço do estado para apresentar noutro serviço do estado) …
Como se compreende que o estado regulamente uma Lei de Bases do Desporto, e deixa por regulamentar assuntos bem mais importantes para a comunidade, como seja o Quadro Regulamentar das Forças de Segurança (a primeira até de costas se fazia), ou mesmo a questão do Aborto, ao qual propôs referendo, sem contudo, apresentar um Projecto Regulamentar onde previsse os princípios basilares da Politica de Saúde e Higiene, expondo-se o que verdadeiramente é levado a votos, ou seja, eu nem sei bem o que estou a votar… porque para mim, a questão não é de sim ou não, é sim ou não, dependendo do que se prevê para a regulamentação da questão.
Se por um lado, se pratica o vício de jurisdicionar tudo e mais alguma coisa, se materializar em leis todos os problemas apresentados a resolver, socorrendo-se da via mais fácil, por outro não se cria antecipadamente condições para que essas mesmas leis tenham eficácia. A Justiça está morta, não criem mais fungos… (mas como era fácil resolver esta questão…!)
É esta teoria e abstracção da Politica, que infelizmente foi trazida há poucos anos, aquando da abertura das portas das universidades, fazendo sair tudo que era teórico e filósofo, que Portugal perdeu credibilidade e influência no seio da comunidade. Temos falta de força de braços…
Tudo foi feito para que Portugal crescesse, implementando-se todo o tipo de infra-estruturas tecnológicas, investimentos de ponta, colocando-nos ao nível dos países mais evoluídos, nesse aspecto, mas continuamos a praticar os mesmos vícios, a não apostar na formação dos recursos humanos, deixando ir os melhores para o estrangeiro, tendo as empresas portuguesas pouco investido em modernização, no conhecimento, levando ao seu encerramento inevitável.
Digo-Vos, para terminar, Portugal esta neste momento no meio da ponte, ou caminha para a margem dos países europeus evoluídos e economicamente estáveis ou nunca, mas digo-Vos, NUNCA MAIS LÁ CHEGA! Gostaria de continuar, mormente com o comparação do País que aposta num TGV ou numa OTA, mas esquece a erosão marítima e pescadores a morrer na praia! Mas ficará para uma próxima oportunidade.

8 comentários:

  1. um desafio? transporte os seus desabafos para o concelho onde vive e chegará à conclusão que o concelho ainda está bem pior que o país e isso é que nos custa muito

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  2. Acha mesma?! Sabe do que está a falar? Tem saído, algumas vezes, para outros concelhos? Eu não digo que Oliveira de Azeméis seja um oásis, não o é certamente... há muitos problemas por resolver... problemas sérios e de difícil resolução, mas não me restam dúvidas nenhumas que É MUITO BOM VIVER EM OLIVEIRA DE AZEMÉIS. Olhe que eu falo do que sei... E lhe garanto que os meus desabafos pela nossa terra são muitos! Faço-o por todas as terras por onde passo...

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  3. O melhor que..., o pior que... levam a valorações com cargas de subjectividade.
    Mas ao 'BOM' de OAz - que também existe, claro - contraponho dois ou três aspectos que são, em minha opinião 'MAU': saneamento, abastecimento de água e acessibilidades/mobilidade intra-concelho. São aspectos básicos e estruturantes.

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  4. Sr. dr. Pedro Marques, o senhor de teorias sabe muito...mas...chegue-se á frente!
    O que é que o senhor faz pelo concelho e pelo país senão mandar para este fórum umas teorias liricas?
    Os homens valem por aquilo que fazem e não por aquilo que dizem! Ou o sr é dos que apregoa "Olha para o que eu digo e não para o que eu faço!"
    Com todo o respeito...:deixe-se de baboseiras e venha mas é pro terreno ver o que é bom para a tosse...!!!

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  5. Como é que alguém pode dizer que isto são baboseiras???!!!???
    Como é que ainda há gente que "escolhe" não ver, qual avestruz de cabeça enterrada??!!??
    Qual tosse??? Nem sequer assina!!!
    Valha-nos Deus!!!

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  6. A Teresa vê-se bem que também é tachista!!! Não!?!?!?!

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  7. Cego é quem não vê, mas mais cego é, quem não quer ver! Já diz o ditado...

    Meus amigos, tenham consciência do que dizem. Como podem gabar ou apregoar o que quer que seja num concelho como o nosso, em que as INFRA-ESTRUTURAS BÁSICAS não existem, todos se têem de movimentar em transporte próprio, ou publico precário, etc, etc... onde se investe mais de 5M num estacionamento para meia dúzia de sortudos que podem ter carro, e ZERO na melhoria das condições para quem infelizmente tem de andar de autocarro???

    Sr. Dr. fala do que sabe? Onde é que mora?
    Decerto não se tem de preocupar com a qualidade da água do seu poço de casa, inquinada pelos esgotos dos vizinhos, pois não?
    Decerto, não coloca os seus filhos numa escola sem água canalizada e tratada... e vai lá levá-los, não é? ou eles vão confortavelmente de autocarro?
    Decerto não passa muito tempo na cidade... ou a passear nela, caso passe diga-me onde, e tomar café ao Gemini não conta!!!
    A que centro comercial costuma ir? Ao Rainha???? Decerto prefere andar a saltar de 'pavilhão' em 'pavilhao' e ver as montras e promoções...ou não, já sei, adora a animação e passear serpenteando-se pelos carros na zona pedonal e no comércio tradicional, depois de estacionar o carrinho no Gemini e fazer 2kms para comprar umas meias!

    Tenha dó e lembre-se que o concelho tem 19 freguesias, não tem apenas um núcleo central a que chamam de cidade!!!

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  8. Começo por agradecer, com sinceridade, as intervenções verificadas até agora, relembrando que o objectivo deste fórum é exactamente a participação cívica dos Oliveirenses.
    Pena que, ao contrário de vocês, eu não saiba a quem me dirijo… mas mesmo assim, tentarei manter um diálogo construtivo.
    Em primeiro lugar, e com o devido respeito, até acho um pouco de graça, há aqui um(a) senhor(a) que, sempre que eu intervenho contra o “sistema oposto”, vem apregoar o lema: “o que é que o senhor fez pelo concelho…?!” Bom, teria muito gosto em responder a essa pergunta, considerando que V. Ex.ª se identificasse para podermos contrabalançar os esforços de cada um… mas, mesmo assim lhe direi, por antecipação, que, mesmo que fosse o mecenas cá da terra, nunca faria publicidade desse facto. Pese embora, o que faço ou farei, nunca será contra ninguém, mas a favor da terra que me acolheu. Contudo, estarei ao seu dispor para eventuais desenvolvimentos.
    Quanto às baboseiras, sem mais delongas, faço minhas as palavras da “Teresa”…

    Por outro lado, são manifestamente evidentes as carências do concelho, algumas graves e intemporais… que a todos (de boa-fé) preocupam. Oliveira de Azeméis tem, objectivamente, dificuldades que passam por circunstancialismos de enquadramento geopolíticos e sócio-culturais que limitam, a meu ver, graus de evolução equiparados a outras regiões. Nesse aspecto, não podemos deixar de considerar prejudiciais as conjunturas nacionais que obrigam as câmaras municipais a deslocarem verbas de investimento para despesas correntes.
    Bom, entendam que, não querendo fugir à questão, este certamente não será o local mais adequado para aprofundar o tema.

    De forma breve, diria ao participante das 11h38 que deve andar um pouco distraído, já que se fizer uma retrospectiva das minhas declarações, quase responderá a todas as suas questões. Contudo, informo-lhe que vivo orgulhosamente há cerca de 5 anos em Oliveira de Azeméis, e disso faço questão de publicitar, principalmente fora do concelho! Infelizmente, ou não, sou daqueles que tenho que percorrer 60 km para o meu local de trabalho, diariamente, sem que isso obste a que não sinta, respire e esteja atento aos problemas da minha (nova) terra. Sou assim, quando gosto, não há nada que me demova.
    Mais, esclareço que não sou contra, mas não frequento nenhum “Gemini”… mas também considero deveras estratégico o estacionamento existente na futura Praça da Cidade… fica numa das extremidades do centro urbano da cidade.
    Quanto à rede de transportes e de águas e saneamento, estou certo que continuaremos a falar sobre o assunto, considerando os temas como de extrema importância para a comunidade oliveirense.

    Por último, e como forma de satisfazer a sua preocupação pelo meu tempo, lhe garanto que passo todo o meu tempo disponível em Oliveira de Azeméis, com prazer, apreensão e muita boa disposição. Se quiser, eu convido-o para me acompanhar… se conseguir… mas vai ter que ir a pé, desde a Praça da Cidade, onde eu estaciono o carro… para quem estava habituado a estacionar na Praça da Batalha, e fazer a Rua Santa Catarina, toda, para cima e para baixo, é fácil…
    Por ultimo, mesmo, concluo que me lembro todos os dias que Oliveira de Azeméis não é só o centro, já que eu vivo nos limites, e saliento limites, do concelho, e gostaria muito de ter um transporte público à porta, mas como acho, considerando os prós e contras, que tal é manifestamente inviável, financeira e politicamente falando, lá vou eu no meu carrito sem reclamar… andar mais uns quilómetros para além dos já muitos percorridos.
    Obrigado, pela atenção prestada.
    Volte sempre!

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