
Contudo, ao demais tudo será diferente. O PSD, cuja máquina partidária dispõe de meios organizacionais estruturantes, militantes activos e participativos, ladeado por fortes mecanismos de comunicabilidade, terá como principal missão ou tarefa, tentar manter, em índices altos, a imagem do actual Líder do Executivo Camarário, junto da opinião pública, a par duma dicotomia de objectivos renovadores dos seus mais novos representantes, alertando para a continuidade e estabilidade do primado social democrata, em ataque directo ao Poder Central, servindo-se, aqui e ali, dos seus erros ou omissões de forma sublimadamente, justificando, com propriedade ou não, a sua própria inércia ou limitações. Terá, também, interesse em manter sem eco, como aliás, tem conseguido até à presente data, os ataques e avanços do principal partido da oposição, retirando-lhes protagonismo de uma forma subtil mas notoriamente eficaz, com a táctica do desvio enérgico de outros interesses e causas profilaticamente escolhidas. Por outro lado, intrinsecamente, visa a manutenção das vias de diálogo e ingerência nos circuitos de poder estabelecido, corrigindo, pontualmente, os métodos e formas de interagir, sem, contudo, desvirtuar o seu núcleo essencial.
Ao invés, o PS terá como principal objectivo alertar para os erros de gestão autárquica que entende existirem, a recolocação dos ideais socialistas no panorâma politico concelhio, elaborando uma estratégia de desqualificação e desclassificação, por um lado, das grandes causas perdidas ou não concretizadas, e por outro, do trato sucessivo de incompetências indubitavelmente aludidas nos seus programas eleitorais e de oposição. Evidenciar a diferença pela negação, tentando meios de proclamação de virtudes e altivez, por encontrar, para que sejam definitivamente compreendidas, sedimentando estratégias massificadoras ou mesmo populistas, na procura incessante de correspondência e reconhecimento. Trabalho árduo na unificação das bases do partido, em prol da evidente e necessária liderança carismática, potenciadora de brilhantismo politicamente exigido. Recuperação de folgos, tentando novos patamares de organização e gestão partidários, escavacando novas vias de acesso a facções adormecidas ou desinteressadas.
Rumos diferentes, objectivos diferentes. Agora, começa uma nova era, um novo desafio é colocado a cada uma das novas comissões. Se, e podendo-se começar do 0 (zero), considerando uma renovação real, ficaremos, todos, ansiosos e expectantes, pelo trabalho que cada um irá realizar. Há argumentos, armas e posições definidas em ambos os lados, cumpre sabe-las usar, e cumpre saber preparar a táctica de defesa e ataque. Não basta atacar, mais importante é saber como se ataca e quem se ataca. Não é por jogar 100% balanceado ao ataque, que se marca golos. Por outro lado, defender por defender, menosprezando o adversário, levará, mais cedo do que se pensa, a que ele ganhe forças e potencialidades, desinibindo-se e auto-superiorizando-se, cujo consequências serão perigosamente aleatórias. A meu ver, nunca a oposição, ex vi, o PS, teve tantos dados na sua mão para poder jogar forte. Contudo, nunca o PSD teve tantas razões para se unir e da união… pois, da união nasce a força.
Pensem nisto!
Caro Pedro,é um facto que registas, e bem, o da chegada ao poder, quase em simultâneo, de dois dirigentes partidários no PS e no PSD(Helena Terra e Ricardo Tavares), tão próximos mas em situações tão diferentes.
ResponderEliminarAmbos têm em comum a circunstância de serem advogados, colegas, amigos, vizinhos e o mesmo amor à sua terra. Partilham outra característica: ambos chegaram à primeira linha, sem terem subido no Partido à custa da "bifana" e dos jantares manhosos da "carne à jardineira". Chegam limpos e livres, enfim!
Ainda os une, ambos estarem sujeitos a fortes enquadramentos de liderança. HT, no PS, pelo peso, diversidade e quantidade de rostos e de vozes que o PS tem; RT, porque será um líder formal, embora de longo prazo, pois o trapézio do poder manter-se-á no jogo da dupla Hermínio Loureiro/Ápio Assunção. RT terá de ter a paciência de ser uma espécie de secretário executivo desse equilíbrio e aprender a gerir o tempo a seu favor.
Em tudo o resto, são muito diferentes as circunstâncias que um e outro vão ter pela frente.
HT tem de gerir um problema de escassez da base eleitoral própria, o peso da governação e a qualidade global dos seus correlegionários;
RT tem de gerir uma larga base eleitoral, um Partido nacional sem poder para dar e a esterilidade criativa e qualitativa das suas estruturas locais.
Vamos ver como cada um conduz o seu navio até ao respectivo porto...
ouvi dizer que o sr herminio loureiro se estra a preparar para assaltar a liga de clubes! sabem quanto vai ganhar? .... quase 3 mil contos!!!!.....é mesmo preciso renovar a nossa politica. Como é possivel????
ResponderEliminarEstas duas lideranças que agora se iniciaram em OAZ, no PS e no PSD, além de tudo o que já foi dito pelo Pedro e pelo Rui Nelson (e bem) são para mim um sinal muito positivo. Um sinal de que a política atrai jovens à sua causa. Isso é muito bom, embora muitas vezes a politica possa parecer politiquice. A luta partidária, o esgrimir de causas e opiniões é sempre muito salutar. Que sejam os Oliveirenses a ganhar com isso.
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