Sou um defensor das medidas de promoção da natalidade responsável e sobretudo de protecção à maternidade e paternidade.
Não me alongarei muito mais, dizendo que tenho muitas dúvidas sobre o fecho dos serviços de maternidade em diversos pontos do país, designadamente da Maternidade do nosso Hospital. Já manifestei a minha posição sobre este assunto e acredito que, face à situação a que se deixou cair a Maternidade, a diminuição da procura e a falta de investimento na capacidade instalada, tenham acabado por ditar este cenário. Acredito até que, no limite, esta é uma medida inteligente e racionalizadora por parte do Governo.
Mas não me conformo com ela. Aceito-a (quem sou eu para não aceitar), mas não me conformo. Há, nesta história toda, uma parte que falta explicar. E, por faltar esta parte (alguém que explique), não me conformo porque não entendo que se tome esta medida tão drástica e simbólicamente doentia para a nossa comunidade.
Quanto é que custa, afinal, ter e manter uma maternidade em funcionamento com os padrões de qualidade adequados para um bom funcionamento, para as mães e bébés?
Quanto falta, na nossa Maternidade, para ter tais níveis de sustentação?
Quanto custa manter e quais são essas condições?
Quanto custa encerrar a Maternidade que, melhor ou pior, tem funcionado no nosso Hospital?
Quanto é que o Estado poupa com o encerramento?
E, se o Estado poupa, quem ganha com isso?
O que é que ganham as mães e os bébés com esta medida?
Em suma, quanto GANHA o país em TOMAR esta medida e quanto CUSTA para o país NÃO TOMAR a medida do encerramento?
Ainda ninguém me esclareceu sobre estas questões. E enquanto não souber, não me conformo. Já me basta o resto...
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