quinta-feira, maio 10, 2007

O “saudoso pai” Oliveirense


“Certa vez a polícia política do governo fez-lhe notar a protecção que dispensava a indivíduos declarados comunistas. O Dr. Albino quis saber que espécie de pessoas eram essas, sendo-lhe declarado tratar-se de indivíduos que viviam mal. Perante essa situação declarou-lhes que sempre lhe competia auxiliar os necessitados sem olhar a qualquer outra posição. Se eram comunistas esse assunto não lhe dizia respeito, mas somente à polícia.” Excerto de artigo de opinião de Dulcídio Alegria no Jornal “Correio de Azeméis” de 8 de Maio de 2007. Artigo completo aqui.

Brevemente escreverei sobre a figura que foi o Dr. Albino dos Reis. Entretanto deixo aos vossos comentários este pequeno excerto, em particular a frase a negrito. O Dr. Albino dos Reis pelos vistos gostava de dar “esmolas” ao pessoal. Era o “pai” dos Oliveirenses na sua época e pelos vistos até gostava dos “pobres” comunistas. De certo que com esta atitude pretendia demonstrar que era um homem bom e tinha por isso “compaixão” e respeito pelos comunistas. Não percebo é que como tão “auxiliador” que era, nunca tenha pensado em servir a pátria lutando contra um regime autoritário e pouco amigo da democracia, dos valores da liberdade e da tolerância. Entre outras coisas, “Auxiliar os necessitados” e fechar os olhos quando a polícia os prendia pelo simples facto de serem comunistas fez dele segundo Dulcídio Alegria um grande homem. Está tudo dito…

13 comentários:

  1. "fechar os olhos quando a polícia os prendia pelo simples facto de serem comunistas"

    Comunistas: apátridas traidores que renegam a essência do ser humano livre e responsável e do legado dos seus antepassados.
    Uma patologia social não é um "simples facto"!

    O facto da PIDE não os ter apanhado, drogado e atirá-los dum avião no meio do Atlântico mostra bem a bonomia do regime de então, para não falar da sua incompetência. E por causa disso muitos pagaram com as suas vidas e a maioria de nós tem ainda que aguentar com as consequências dos dislates dessa esquerda-caviar.

    E desde já aviso: eles andam aí!

    Respeitosamente,

    Tono

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  2. Era tão bom homem que a maior parte dos bens que possuia, eram "herdados" à custa de empréstimos que fazia aos tais ditos e verdadeiros pobres (pelo menos em Loureiro) e depois, como tinha pressa em reaver o dinheiro emprestado, sabendo de ante mão que era impossível a sua restituição, apoderava-se de terrenos dos desgraçados, como forma de pagamento da dívida.
    E acreditem, era uma "troca" carregada de justiça, para o lado do "pai dos pobres".

    Quem não os conhecer que os compre.

    António Sal Azar

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  3. Olha Rui Luzes, nasci na década de 60, meu pai era da Legião Portuguesa e lembro-me de histórias que ele me contava,tinhamos medo de falar em casa porque as chaminés das mesmas eram os altifalantes da via pública. Era uma pessoa respeitada e com muitos amigos prova essa foi dada no dia do seu funeral a quantidade de pessoas que se deslocaram de Oliveira de Azeméis até à sua última morada que foi o cemitério de Rôge Vale de Cambra.
    Nessa época as coisas eram dificeis, e aqui é que entra as ajudas destes senhores, as pessoas das aldeias tentavam nova vida nas grandes cidades contava o meu pai que o Dr. Dulcidio Alegria ajudou alguns dos seus 9 irmãos a ir para Lisboa procurar outra vida, ajudou-os sem contrapartidas e fazendo deles pessoas com outra prosperidade, que nunca consegueriam ter na aldeia. Ajudou-os a formar-se para que pudessem dar uma vida melhor aos filhos.
    Hoje orgulho-me dos meus tios e primos por aquilo que eles são nesta sociedade.
    Esta pequena história é só para lhe dizer que nem toda a gente era má na altura tinham os seus ideais eram pessoas inteligentes, e que o próprio estado também as procurava para as suas fileiras.
    Os tais "comunistas" que fala, eram todos aqueles que eram contra o regime eram considerados Comunistas, porque à época não sei se era preferivél o regeíme salazarista às do regime da Ex.URSS.
    Acho que não devemos espoliar a nossa história, devemos falar dela para que os nossos politicos atuais não repitam os mesmos erros.
    Quantas injustisas se pratica nesta democracia?
    A liberdade é boa, quando as pessoas sabem quando ela começa e termina, por isso é preciso respeitá-la.
    O Dr. Albino dos Reis, Dr. Dulcidio Alegria e outros eram pessoas com algm poder financeiro mas cultivavam a boa educação e respeito,hoje vejo o novo riquismo mal criado e cheio de vicios.

    J.G.

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  4. ................Era tão bom homem que a maior parte dos bens que possuia, eram "herdados" à custa de empréstimos que fazia aos tais ditos e verdadeiros pobres (pelo menos em Loureiro) e depois, como tinha pressa em reaver o dinheiro emprestado, sabendo de ante mão que era impossível a sua restituição, apoderava-se de terrenos dos desgraçados, como forma de pagamento da dívida.
    E acreditem, era uma "troca" carregada de justiça, para o lado do "pai dos pobres"

    Quem não os conhecer que os compre.

    António Sal Azar....

    Quem não os conheceu não podem falar!!!!!!!!!vejam o Neta de quem era sobrinho (diga-se por afinidade)será comunista? (que tanto bem tem feito ao povo de Olivª de Azeméis) ou Fascista? ou será Primo do Pina Moura (o maior traidor existente em Portugal)
    Cesarense

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  5. Só se foi pai de alguns comendadores!!!!!!!!!!!!!meu tenho na certeza que não foi!!!!!!!!

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  6. democracia. Liberdade. Mas cada vez menos.
    É vdd o que se ouve em surdina pela nossa santa terrinha que há mais um processo a um funcionario da cmoa, que por acaso esteve ligado a um jornal. Será do maisalerta?

    P.P.

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  7. Sou de Loureiro e conheço minimamente a história recente do país, em questão, à época do Estado Novo. Percebo que se integrou numa vaga europeia de ditaduras, umas mais duras outras mais macias. Aliás, em Portugal nem é muito correcto falar-se em ditadura, antes em regime autoritário. Considero também que foi preferível Salazar a figuras como Hitler, Mussolini, Mao ou Estaline. Convivo bem com a história embora me possa entristecer com os acontecimentos que foi produzindo.
    Quanto aos comunistas, como é público da minha condição de militante socialista muito pouco me liga ao pensamento que defendem mas isso não invalida que os respeite e que admita algumas coisas boas de politicas que defendem. O mundo não pode ser constituído só por uma cor.
    A questão do Dr. Albino dos Reis é que o artigo que comentei prende-se com a forma como o seu autor evidencia os aspectos positivos da figura, tornando-a quase um deus. Acredito e sei que o Dr. Albino ajudou muita gente. Acredito e sei que era um profissional competente e inteligente. Agora isso não me impede de considerar que um homem assim tenha preferido aliar-se ao regime em questão. Considero isso uma contradição. Se era assim tão bom como é que se deixou apodrecer no poder ao mesmo tempo que sabia que centenas de presos políticos existiam só por discordarem de Salazar? Se era assim tão boa pessoa o seu único caminho perante tais evidências era a ruptura com o regime.

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  8. ..........Comunistas: apátridas traidores que renegam a essência do ser humano livre e responsável e do legado dos seus antepassados.
    Uma patologia social não é um "simples facto"!

    Esta para auele senhor da C.D.U. que faz parte da Assembleia ..para comentar!!!!

    C.C.

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  9. Caro Rui,

    De facto focas o aspecto importante, mas também é verdade que na altura, quem não era pelo regime, era contra ele! Não havia meio termo...
    O Dr. Albino dos Reis era um deles. Bonzinho, competente, amigo dos pobres... Era um deles.
    E escuso-me a dissertar sobre "quem" eram eles. A história fala por si, o país que ainda hoje se levanta de tantos e tantos anos de "orgulhosamente sós", da escolaridade que a maioria da população apresenta, da formação, etc.
    Em cada dia 25 do 4º mês do ano se exaltam todos esses aspectos... Não vale mesmo a pena lembrá-los!...
    O Dr. Albino dos Reis, figura incontornável da história do concelho, em especial em Loureiro, teve um papel importantíssimo na mentalidade e ideologia política da maioria dos seus conterrâneos. A maioria dos votantes em Loureiro sempre foi de direita. Com cada vez menos votos, é certo, mas sempre foi voltado para a Direita. Em Loureiro, mesmo já depois do 25 de Abril, não havia socialistas... os que não eram PSD ou CDS eram, invariavelmente Comunistas. Era esta a mentalidade de então. Há provas!... Há pessoas que foram ameaçadas!...
    O Dr. Albino dos Reis não é alheio a este fenómeno em Loureiro.
    As histórias do Dr. Dulcidio Alegria no Correio de Azeméis já não admiram ninguém quanto ao seu conteúdo. A mim não chateiam porque já não as consigo ler!

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  10. ..............O Dr. Albino dos Reis, Dr. Dulcidio Alegria e outros eram pessoas com algm poder financeiro mas cultivavam a boa educação e respeito,hoje vejo o novo riquismo mal criado e cheio de vicios.

    ..............Por muito que custe ouvir e ler o que articulista escreveu É VERDADE!
    Vejam essa canalhada que nos governa serão mais sérios e integros que estes dois cidadãos???

    Álvaro

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  11. Então você um dos responáveis pelo "blog" não aparece?
    O que será feito de si Helder?
    Foi de Férias?
    Apareça homem!
    Comente as suas intervenções na última Assembleia Municipal!!!
    O Amigo Cabral vai aparecendo e olhe que admiro os seus comentários!
    Apareça!bem como o Carlos Cunha!o Nuno...vamos lá! senão isto torna-se monótono!
    J.D.C.

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  12. o saudoso "Pai Oliveirense":
    PAULO PORTAS
    O homem que regressa a O.Azeméis e ao mercado, S. Sebastião regressou!

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  13. O meu nome é António rodrigues. Fico espantado com tanta ignorãncia! Apenas para que aqui não passem mais mentiras sem que pelo menos uma vez não se faça justiça, ficam os senhores a saber que o Dr. Albino dos reis foi afastado do cargo de ministro do interior, pelo Dr.Salazar por discordar da utilização da PIDE para fins politicos, com tudo o que lhe estava associado. E mais não adianto, visto este blogue ter não só como nota introdutória a censura do seu autor (que grande exemplo para que se arroga defensor da liberdade) aliado á cobardia de quem escreve sem se identificar. António rodrigues

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