Fórum Azeméis

É sobejamente conhecida a realidade financeira da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, sintomática, aliás, de uma crise nacional e mundial, cujas proporções ultrapassam, o âmbito puramente local.
Contudo, esta página começa a ter tendência a ser virada, mormente com a aplicação, pelo executivo, de soluções apriorísticamente limitativas de gastos excessivos e muitas vezes supérfluos.
Nesta matéria, a consciência é comum, todos - poderes instituídos e os não instituídos, população em geral - são unânimes em afirmar a necessidade de reduzir as despesas municipais.
A própria CMOA já o admitiu por diversas ocasiões; não há que escondê-lo!
Por sua vez, a Oposição continua a protagonizar uma corrente de pressão, mais ou menos coerente, alertando para o mau estado das contas públicas da autarquia.
Dois factos notórios: a dívida existe e deve ser reduzida, senão, combatida.
Então, se estamos de acordo nisto, porque continuar com manobras dilatórias, com mecanismos eleitoralistas e propagandísticos num assunto vital para o nosso futuro e o futuro dos nossos filhos.
O que resulta claro, para mim, é a ausência de soluções… carência de lucidez e falta de determinação.
Este é o combate da década. Pior, neste momento, já não é não fazer nada. Agora é fazer mal. Já não se pode errar, não há mais uma segunda oportunidade. Não basta caminhar em frente, importante é por onde se vai e como se vai.
Ao Executivo Municipal é atribuído, frequentemente, a critica de esbanjamento, de má gestão, da despesa sem critério e objectividade.
A Oposição é rotulada como pouco construtiva, limitando-se à crítica pura e simples, não apresentando com sustentabilidade uma verdadeira alternativa.
ESTE NÃO É O CAMINHO.
A era é a do consenso, do diálogo, da convergência, da união de esforços em prol de uma causa fulcral para o futuro da nossa cidade, do nosso concelho. Disso nos prova o passado recente, cujos antagonismos nada nos ofereceram, e em nada contribuíram para o progresso e prosperidade.
Procurar reduzir dia-a-dia a despesa é o primeiro passo. Encontrar despesas desnecessárias, que outrora nem para o gestor mais atento existiam e eliminá-las, de forma razoável e coerente.
Disso é exemplo os chamados Leilões Electrónicos Autárquicos, que consiste, grosso modo, em compras agregadas com outros municípios, com vista a aquisições conjuntas, de determinados produtos.
Sendo vários os municípios a comprar, na mesma operação financeira, o mesmo produto (por ex. tinteiros de impressoras, consumíveis de informática, ou mesmo papel de fotocópia), as margem de negociação serão muito mais elevadas, reduzindo os seus custos com intermediários, podendo o fornecedor praticar preços colectivos impensáveis na aquisição de pequenas quantidades. Esta é uma solução simples, que trará poupança de gastos entre os 25%, basta para isso haver vontade politica e uma dose de bom-senso.