Porquê?

Termionou a fase de consulta pública do Estudo de Impacte Ambiental elaborado tendo por base os dois traçados possiveis da futura A32, os já muito publicitados traçados A e B. Embora a decisão definitiva do traçado caiba às Estradas de Portugal, as autarquias cujo território é envolvido nesta e por esta infra-estrutura vão-se pronunciando - foi o caso da autarquia de Oliveira de Azeméis.

Vou escusar-me de fazer aqui a análise de cada um dos taçados propostos, até porque a última edição do jornal "A Voz de Azeméis" a tornou pública de forma resumida mas com a exactidão necessária (aproveito para felicitar o autor desta peça pelo rigor posto no seu trabalho).

Pronunciaram-se a este propósito, e muito bem, os presidentes da Juntas de freguesia cujo território é envolvido e pronunciou-se a nossa Câmara, sendo certo que a consulta aos presidentes de Junta foi prévia à tomada de decisão da Câmara, procedimento que é, obviamente o correcto, pois afinal são estes que melhor conhecem o seu território e as necessidades e anseios dos seus fregueses; pelo que se calculava que fossem estes (e bem assim o dito estudo) a "influenciar" a decisão da nossa Câmara. Dos sete presidentes de Junta que se pronunciaram sobre o assunto, seis deles pronunciaram-se favoraveis a um dos traçados (o traçado B) e apenas um foi dissonante (preferindo o traçado A). Até aqui, e com este larguíssimo consenso tudo indicaria e o bom senso aconselharia que a Câmara se pronunciasse no mesmo sentido, mas não!
Ao arrepio da opinião de quem está sempre no terreno e mais próximo das populações, a Câmara, sem qualquer fundamentação que abalasse a dos seis presidentes de Junta que se pronunciaram favoraveis ao traçado B, pronunciou-se a favor do traçado A, quando além dos presidentes de Junta o Estudo de Impacte Ambiental indicava, no que toca a Oliveira de Azeméis, opção pelo traçado B.

Alguém sabe porquê?