Alguns moradores da área envolvente à fábrica de queijo da Lactogal, situada na cidade de Oliveira de Azeméis, vieram a público exigir que a empresa tome medidas no sentido de eliminar, ou pelo menos minorar, o ruído que, especialmente à noite, perturba o descanso dos moradores.
Os contestatários, que entregaram um documento ao Executivo municipal oliveirense, no decorrer da reunião pública do mesmo, efectuada ontem, também se queixaram dos maus cheiros que, frequentemente, lhes “assaltam” as habitações.
“O cheiro faz sentir a sua presença desagradável, obrigando a fechar portas e janelas”, refere o documento em causa, que também foi disponibilizado à imprensa presente.
Assinale-se que o complexo da fábrica da Lactogal integra uma “estação de tratamento de efluentes industriais” (ETEI). Porém, Fernando Pinho e João Paulo Almeida, “porta-vozes” dos cidadãos oliveirenses afectados, salientaram que não funcionará a contento e acusaram a Lactogal de também estar a poluir as linhas de água daquela zona.
Registe-se, ainda, que Ápio Assunção, presidente da Câmara, lhes garantiu que faria chegar as respectivas queixas à administração da empresa do sector dos lacticínios.
“Foi-nos prometida e publicamente garantida uma coisa e, agora, a realidade é outra bem diferente”, protestaram, lembrando que, “em meados de 2006”, e em sede de Assembleia Municipal, “foi prometido um processo limpo, com garantia ambiental”.
No cerne da questão está o facto da unidade industrial ter sido instalada bem perto do centro citadino. Nomeadamente, Fernando Pinho sublinhou que não longe da fábrica estão “sediadas” as zonas escolar e desportiva oliveirense, assim como a Biblioteca Municipal Ferreira de Castro. “Foi argumentado que ia ser construída num ermo, quase em Madaíl”, vincaram aqueles munícipes, constatando que acabou por ser edificada “numa área que afecta directamente centenas de pessoas”.
Registe-se que tentámos obter uma reacção ou tomada de posição da administração da Lactogal, mas tal não se verificou possível em tempo útil.
Contactada pelo Diário de Aveiro, fonte da Lactogal informa que está em fase de conclusão o estudo de avaliação já iniciado. “Este estudo esteve condicionado à plena carga de funcionamento de toda a unidade, incluindo as movimentações na plataforma logística”, explica a fonte da empresa. “Em função dos resultados evidenciados, serão estudadas todas as medidas necessárias, tendo em vista a minimização de possíveis impactos no exterior”, garante a mesma fonte.
Relativamente ao tratamento de efluentes, a Lactogal explica que, com a ampliação da unidade fabril, “houve necessidade de se efectuar um ajuste aos sistemas de tratamento existentes na ETAR, de modo a responder às maiores exigências de tratamento”. A fonte explicou ao Diário de Aveiro que se trata de processos biológicos que “necessitam de algum tempo de estabilização”, garantindo estar tudo a decorrer “dentro da normalidade, quer face às ampliações dos órgãos de tratamento da própria ETAR, quer ao arranque dos processos de fabrico”.
In Diário de Aveiro
:(
ResponderEliminarHá-de vir alguém a repetir que é só dizer mal, mas esta terra só é notícia mesmo pelo que está mal. Com mágoa para todos os oliveirenses e para vergonha daqueles que estão à frente dos seus destinos.Envergonhem-se.
ResponderEliminarÉ demais...
Ao anónimo das 7:27 AM, lamentável que só haja más notícias sobre Oliveira, mas naquilo que poderia haver de bom, parece que não se pode falar... Ou se se fala, arranja-se logo forma de dizer mal do que poderia ser bom... Nunca estamos bem com a vida que temos, mas só nos queixamos, à espera que os srs políticos façam algo para salvar a nação...
ResponderEliminarConcretamente, no que à fábrica da lactogal diz respeito, é um situação muito incomodativa de facto, a administração tem que tomar as devidas providências quanto a isso... mas, por outro lado, se temos uma nova fábrica, é porque temos uma nova fábrica... se a fábrica fecha, é porque fecha...
Tem que haver uma concertação de esforços, por forma a ninguém sair prejudicado dessa situação... Assim como na situação dos habitantes das Baralhas... No melhoramento do parque molinológico, que ao que parece também cheira mal...
Não estaremos a ficar cheirinhas de mais?
..."Não estaremos a ficar cheirinhas de mais?"
ResponderEliminarOh meu caro, com o nível de execução em saneamento básico que temos no nosso Município, que nos coloca em lugar cimeiro entre os piores, acha que isto tudo é má língua? Isto é só dizer mal?
Só não vê quem não quer...
Ao SA das
ResponderEliminar11:33 AM
Entendo que todos os intervenientes terão orgulho em ser oliveirenses, simplesmente uns são mais acomodados que outros. O sr, perante a situação descrita ,encolhe os ombros e fala em concertação, diz que os donos da fábrica têm que tomar medidas, que nunca estamos bem com a vida que temos...
Esta administração municipal não encontraria melhor conselheiro...
Quanto ao Parque Molinológico, tendo eu já agendado uma visita com um grupo de amigos e constatado o fedor que por lá se exala, já tratei de cancelar tudo, para que OAZ e eu pessoalmente não sejamos motivo de chacota...
Ao anónimo das 6:20 AM
ResponderEliminarEu não disse que estava tudo bem assim, só acho é que especialmente nesta altura do ano se torna frequente dizer mal.
Para além disso, muitos de nós vêem para este blog dizer que está tudo mal, mas se calhar tiveram oportunidade para apresentar queixas às entidades responsáveis, ou para comunicar essas situações, ou agir sobre elas, e nada fizeram. É muito mais simples chegar e mandar umas bocas, vir para a "praça pública" e dizer "Ai que cidadão empenhado que eu sou".
Mas claro que tem razão, somos dos piores no saneamento. Temos uma dispersão de população bastante grande, são 164 Km2. É preciso fazer mais, mas não se consegue cobrir o municipio todo.
Na realidade, nada está bem, e tudo pode ser de alguma forma melhorado. Mas não chega só dizer bem, ou só dizer mal.
E ao anónimo das 7:20 AM
Claro como água que eu tenho orgulho em ser oliveirense, não que isso seja sempre bom, mas tenho. E devo dizer-lhe que para conselheiros e concordantes já há muitos.
Mas que solução propõe? É que só o vejo a discordar do que digo, e a dizer que os moinhos cheiram mal. O que é que fazia então? É que eu acho que em democracia as coisas se deviam resolver em conversações e acordos. Mas o srº tem outras hipóteses? São bem vindas!
Ao SA das 4:12 PM
ResponderEliminarOh meu caro, não me faça rir, então está a dizer que tivémos oportunidade de apresentar queixa... mas a quem? E o que é que isso adianta? Por favor , se o sr não é conselheiro da Câmara, bem parece...
E lança mais abaixo a pergunta sobre que solução se propõe, já que os moínhos cheiram mal.Não brinque comigo, meu caro, nunca ouviu falar no que significa deitar pérolas a porcos?...
Ao anónimo das 10:50 PM
ResponderEliminarDeve andar distraído, se visse as minhas intervenções ao longo deste blog, percebia que não são defesas da CM.
E o "se calhar" que utilizei no meu comentário anterior, exprime claramente uma hipótese, e não a concretização do facto.
No caso do rio, se há fábricas a descarregar para o mesmo, há instituições políticas e ambientais a quem se poderia reportar o sucedido. Se o caso for de descargas de esgotos privados, que a cm deveria conduzir para a rede de saneamento, deve ser escusado apresentar queixa a essa instituição política, mas as ambientais estariam disponíveis (julgo eu). Mas isso talvez algum dos administradores do fórum possa esclarecer. O que é que um cidadão, ao ver descargas para um rio, independentemente da sua proveniência, deve fazer? A que instituições pode recorrer?
Meu caro, o óbvio é deixar de fazer descargas para o rio. Mas ele não passa só em Oliveira. Já alguém aqui disse que SJM tinha despoluido o rio. Claro que é essa a solução. Mas basta estalarmos os dedos e isso acontece?
Parece-me que o objectivo de todos aqui é claro - antes o rio não cheirasse mal. Mas de que meios dispomos para o fazer? E a isso, acho que continuou sem me responder.
Aquela zona podia ter dado origem a uma nova centralidade da cidade, bem planeada em termos urbanísticos... e ainda por cima representar mais valias para a Proleite - a lactogal é recente - que poderia construir instalações mais modernas, com maior rentabilidade e menor custo de manutenção, em outra zona do concelho.
ResponderEliminarO problema é eterna falta de visão dos responsáveis que não sabem, mais que aproveitar, antever oportunidades. Com a crise no sector imobiliário, custa-me pensar que agora será tarde demais!!!
Se uma incomoda muita gente, outra incomoda muito mais.
ResponderEliminarA proleite continua a poluir visualmente, sonoramente e ambientalmente. A descaracterizar completamente o centro da cidade e a tranformá-lo numa zona industrial.
Essa fábrica já devia ter sido desactivada, mas não, fizeram outra mesmo ao lado.
Parece que vão implodir o Rainha e fazer mais uma fábrica de iogurtes e queijos.
ResponderEliminarMandem ao Nós Por Cá da SIC.
ResponderEliminarTodos os dias se `"berra" com empresas a fechar, que não á trabalho, que o governo nada faz,que á familias na miséria etc.etc.
ResponderEliminarSe calhar as mesmas pessoas que gritam por causa da crise estão a discordar da fábrica,a qual veio para dar emprego a muita gente e quiçá, tirar algumas familias da miséria.
É uma vergonha, tenham vergonha na cara e calem-se.
Peçam é a C.M.O.A. para arranjar é a trazer mais Industrias para cá pois isso é que é preciso, nem que seja em cima do menino da pilinha.
Ao SA das 12:39 PM
ResponderEliminar"Mas de que meios dispomos para o fazer? E a isso, acho que continuou sem me responder."
Mas esta resposta não é um oliveirense sem galões, digamos um soldado raso que lha vai dar .Olhe, pergunte ao Sr Presidente da Câmara, onde estão os meios para fazer as estações de tratamento de efluentes. Mas também agora já não adianta nada, porque está de malas aviadas e até já perdeu a paixão por este município...deixando uma dívida muito pesada e sem obra que a justifique.Armadilhou o caminho para os vindouros e aparece em público a dizer que agora vai tratar da família e põe-se a andar... e não lhe acontece nada...O que é isto? É má lingua? Os oliveirenses têm que se conformar?
Foi mesmo pouca sorte esta gestão ápia em quem os oliveirenses confiaram tanto...acabando por ser tão enganados.
Foi uma gestão ruinosa.
"Mandem ao Nós Por Cá da SIC.
ResponderEliminar7:49 PM "
Boa, podia ser que abrisse os olhos aos oliveirenses e lá mais p'rá frente optassem por outra gente...mas isso até nos causa vergonha...
E de qualquer modo o jogo já está viciado, porque o grande tomoneiro, perdendo repentinamente a paixão, põe-se n'alheta e nunca mais é julgado.
Os candidatos do PSD são escolhidos para serem os fantoches da Comendadoria. Mais nada!
ResponderEliminarNão será errado dizer que Oliveira é o que resulta das escolhas de tão ilustres, sérios, abnegados e interessados Oliveirenses.
E começo a pensar que algumas estruturas do PSD (concelhias ou distritais) também estarão a fazer o jogo de S. João da Madeira em troca de alguma coisa.
A incompetência, a estupidez e o desinteresse não podem justificar tudo.
Por tudo isto, eu que não alinho de todo com o PS, vou votar Helena Terra. Nem que seja para destruir essa máquina cancerígena que tudo corrói.
Esteja à altura do momento, Dr.ª Helena!
"Peçam é a C.M.O.A. para arranjar é a trazer mais Industrias para cá pois isso é que é preciso, nem que seja em cima do menino da pilinha.
ResponderEliminar8:51 AM"
Olhe, meu caso, a sua intervenção suscita-me 2 tipos de comentário:
- que não sabe o que é gestão do território.
- que pensa que a CMOA tenha alguma infuência para que venham para cá mais indústrias, pois pelo que ela tem feito, elas estão a fugir cada vez mais.
Não lhe parece? Olhe que é isso que se tem passado.
Ao anónimo das 8:51 AM
ResponderEliminar"É uma vergonha, tenham vergonha na cara e calem-se."
O sr comentador tem todo o direito de dizer aquilo que quiser, desde que não colida com os direitos dos outros, tal como eu, mas o seu comentário leva-me a que lhe faça uma pergunta:
- Já percebeu bem que assunto se está a comentar?
Não é só dizer tenham vergonha, tenham vergonha...
Tenham vergonha porquê?
Oliveirense de gema e conhecendo desde a sua criação a Proleite, não quero acreditar, como verídica, a reportagem do Correio da manhã de 28/03 “Negócio do leite dá salários milionários aos Administradores”. Como é possível que a Cooperativa Agrícola criada no anterior regime, com a finalidade assaz conseguida, de apoiar e unir o pequeno agricultor, que trabalhava como escravo, unicamente para o sustento do lar, sem qualquer segurança social, esteja em plena democracia a sugar essa classe, já tão sacrificada e cada vez mais em vias de extinção (pois a juventude nada quer com a terra), unicamente para proveito dos seus administradores, amigos e familiares. Dos avultados subsídios recebidos da Comunidade são os primeiros a beneficiar, assim como o grande latifundiário; aos pequenos e já velhos agricultores pouco ou nada chega, para além de os virar contra o Governo. Quem conhece Casimiro de Almeida, agraciado pelo Presidente da República como Comendador e o vê a comungar nas missas dominicais, não pode crer que, para além das reformas auferidas, receba 850 mil euros como Administrador da Lactogal mais 60 mil pelo mesmo cargo na Proleite, não contando com as mordomias, carros, despesas de representação, prémios de gestão, enfim! Sendo proventos imorais, que capacidades tem para acumular tais cargos? Isto é o descrédito total na democracia e, ou os responsáveis políticos tomam medidas urgentes estabelecendo tectos salariais, proibição de acumulação de cargos, inspecção até à exaustão da multiplicação de empresas para encaixe da família, inquirição sobre enriquecimento ilícito e tudo o mais que a justiça necessita para actuar com resultado sobre estes escândalos, ou Portugal em pouco tempo descambará numa guerra civil.
ResponderEliminarQuanto à fábrica de queijos construída junto à Proleite e que tem dado origem a inúmeros comentários (contra e a favor), pergunto para que foram criadas as zonas industriais no Concelho? Com tanto dinheiro para vencimentos a administradores pagos como sendo altamente competentes, não teria sido preferível construir uma empresa de raiz em zona apropriada, em vez destes arranjos no centro da cidade, bem como a Semicentro, pertencente ao Grupo, no centro de Adães, em Área florestal!?
Isto não é ser do contra mas, sim pugnar para que se acabe com a destruição Urbanística.
Mais uma vez iremos lamentar mas, o nosso povo rural, classe mais sacrificada, continuará a eleger estes “sanguessugas” incompetentes, aqui no concelho.
O atento
Deem exemplos das empresas que "fugiram" de OAZ, mas também das que para cá vieram e das que cá existem e investiram muitos €.
ResponderEliminarGostava de saber esses dados.
Há que dizer que está mal.
ResponderEliminarE o Nós Por Cá da SIC já foi lá ver o imbróglio?
ResponderEliminarA cidade continua a cheirar ao mesmo de sempre. À trampa!...
ResponderEliminarSr. Helder Simões, o Sr. que sabe tudo e de tudo, faça um favor aos Oliveirenses, divulgue a lista de empresas que fugiram de OAZ e as que cá investiram.
ResponderEliminarSem esses dados publicados é fácil falar.
Espero que este post seja publicado.