segunda-feira, abril 21, 2008

Uma estratégia de Desenvolvimento

Oliveira de Azeméis é um concelho fortemente industrializado, no qual se encontram situadas algumas das indústrias que densificam o rol das mil maiores dos País. Indústria que tem a sua actividade repartida entre os sectores do calçado, metalurgia e metalomecânica (com especial relevância na industria dos moldes) o plástico, a industria agro-alimentar (com especial destaque para a industria dos lacticínios, descasque e branqueamento de arroz), a industria dos cobres e louças metálicas, os colchões e as confecções. Este é o grande motor de desenvolvimento do nosso concelho, que tem permitido que, do ponto de vista fiscal, este seja, também um dos concelhos mais bem posicionados no que toca à arrecadação de impostos directos.
Este intróito, além de ser uma realidade incontornável, serve para enquadrar o que se segue; ou seja, que nenhuma estratégia de desenvolvimento económico e de futuro para o nosso concelho é possível sem uma estratégia de apoio ao desenvolvimento da indústria e do empreendorismo empresarial. Ao poder público cabe a promoção daquilo que são as condições de aliciamento dos empreendedores a fixarem-se aqui e não noutro sítio qualquer; a promoção e qualificação daquilo que são as mais valias do nosso tecido empresarial no sentido de lhe acrescentar valor; a promoção da visibilidade e reconhecimento daqueles que são os principais produtores e produtos do nosso concelho – e isto será sempre promover e desenvolver Azeméis.
Durante os últimos anos, o poder público no nosso concelho, tem vindo a deixar os nossos empresários entregues a si próprios; entregues á sua enorme capacidade de sacrifício, ao seu amor por este pedacinho de terra e de gente, á sua enorme capacidade de contornar os mais absurdos obstáculos, eu diria mesmo, ao seu heroísmo! Isto é algo que não pode continuar. O poder público no nosso concelho tem que ser o primeiro a incentivar a criação de riqueza e por isso mesmo tem que tomar medidas sérias e enérgicas com vista, por um lado, à promoção do tecido industrial já existente e por outro lado, à atracção de novos investidores industriais para o nosso concelho. Para isto, imprescindível se torna criar verdadeiras zonas industriais, tirando-as do papel e tornando-as uma realidade. Importante se torna, qualificar as que, ao longo dos anos, foram surgindo e que hoje são, simplesmente, espaços de ocupação industrial - sem nunca terem sido verdadeiramente zonas industriais.
As zonas industriais só existem se tiverem infra-estruturas próprias para esse fim, como sejam rede de água e saneamento, sendo que este tem que prever o tratamento de resíduos líquidos específicos de algum tipo de indústrias, recolha e tratamento de resíduos sólidos (que em muitos casos implica resíduos tóxicos altamente poluentes), infra-estruturas de abastecimento de energia que sirvam as necessidades de um consumo tão particular, rede viária e condições de escoamento de tráfego, (maioritariamente de pesados), condições de acessibilidade que privilegiem rápidas e fáceis entradas e saídas de mercadorias num mercado cada vez mais global e, sobretudo, custos dos terrenos que não afugentem os potenciais investidores.
É certo que, para criar verdadeiras zonas industriais, são necessários meios financeiros de algum relevo; tal como é certo que, os meios do município são estrutural e sobretudo, conjunturalmente, escassos; todavia, relembro a este propósito algo de muito importante e que aqui já referi a outros propósitos - o custo da oportunidade política. Isto para dizer que já lá vai o tempo em que, noutros quadros comunitários de apoio que não o actual, existiam fundos próprios para este tipo de estruturas e que o poder autárquico no nosso concelho não soube aproveitar. Estamos hoje confrontados com a adiada necessidade de ter que fazer, com dinheiros próprios, aquilo que não fomos capazes de fazer, com dinheiros europeus!
Durante anos, faltou a este concelho visão política, tal como faltou uma estratégia de desenvolvimento sustentado. Não podemos continuar a resignar-nos e a assistir, impávidos e serenos, ao desenvolvimento que, por nós vai passando, mas ao lado. Temos que enfrentar este problema e envolver, hoje, na solução que há muito tarda, vários parceiros – os empresários, as associações empresariais, os proprietários, os promotores imobiliários e a Câmara Municipal, mas sempre dinamizados por esta que terá que ser o grande “farol” de orientação, tanto mais que a estratégia de desenvolvimento deste concelho tem que ser desenhada por quem preside aos seus destinos.
É tempo, mais que tempo, de retribuir ao nosso tecido empresarial tudo aquilo que ele nos tem permitido alcançar.

19 comentários:

  1. Concordo plenamente, mas o tempo não volta a atrás, e o futuro constrói-se hoje.

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  2. É sempre agradável ver este tipo de intervenções, obrigado por tal.
    Gostava também de ver algumas respostas da sua parte a algumas questões que são colocadas aqui neste Blogge.
    A senhora aqui á umas semanas esteve em Travanca a anunciar uma nova via que liga Oliveira de Azeméis a Coimbra. Ao anunciar tal infraestrutura imagino que tenha informações sobre a mesma e que eu e muitos Oliveirenses também gostariam de saber. Por exemplo, qual o traçado no nosso concelho? Que terrenos irá afectar? Onde podemos consultar o estudo prévio e o de impacto ambiental?
    Agradecia as suas respostas para que não fique a imaginar que a senhora é mais um fantoche na mão de alguns. Obrigado.

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  3. Em cheio!
    Confesso que não estava à espera desta, Dr.ª Terra. No entanto, espero que não se esqueça do que aqui escreveu.

    Já agora, o que nos diz da tentativa da Câmara de "fazer obra" com o dinheiro dos privados, como está a procurar fazer em Cesar?

    Diz bem: há que cobrar pelos custos das oportunidades perdidas quando se podia fazer infraestruturas comparticipadas.

    Mas diga-nos também, e já agora, o que pensa fazer se os proprietários não quiserem vender ou especularem os terrenos que serão - eventualmente - infraestruturados?

    É que este problema também tem que se lhe diga.

    Seja como for avance-se porque já se está parado à muito (!) e corre-se o risco de se ficar definitivamente para trás. Para isso basta visitar as zonas industriais dos concelhos vizinhos para se ficar assustado com a competitividade que demonstram.
    A menos que isto (esta terreola) se esteja a limitar a uma mera coutada de alguns comendadores.
    A perda de competitividade também tem os seus custos de oportunidade.

    Esteja atenta!

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  4. Ganhe vergonha e demita-se!

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  5. Então quando houve ovos não se fizeram as omeletes, vai ser agora sem ovos?
    tamos condenados!
    esta gentalha que nos geriu, com a sua politica de alcatrão cavou-nos um fosso de onde nunca iremos sair! ou então quando sairmos, já os outros estarão a anos luz de nós!
    é uma tristeza, santa terrinha. é mesmo como diz a Dra Helena, é por amor que não vamos embora, mas custa!
    Custa passar noutras terras e ver o que por lá se faz e aqui tamos cada vez pior.

    Falou-se aqui principalmente em industria, mas quem souber, ou quem puder investigar mais, tentem saber o que está a Proleite e a CM a tentar fazer aos produtores de leite do concelho... é uma vergonha, num concelho sem saneamento, exigirem a explorações familiares e economias familiares, exigir-se o que era obrigação da CM fazer em matéria de saneamento! onde já se viu obrigar um mero produtor, a ter de fazer ETARs e a tratar os seus esgotos, se depois não tem para onde despejar???

    É mais uma dos comendadores e do larÁpio!

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  6. Oh Dra. esqueceu-se de um pormenor... quem manda na cidade é o PSD e os Srs. empresários!
    A Sra. anda muito distraída lá por Lisboa, que nem vê os postes de iluminação no meio do passeio que circunda os novos armazens da Proleite, em Adães, Ul, que os municipes vão ter que contornar quando fizerem as suas caminhadas, por aquela zona de reserva, apoderada pela força do vil metal.
    A Sra. Dra. anda mesmo muito distraída... eu até lhe contava mais, mas a senhora não ia ter tempo.

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  7. "Então quando houve ovos não se fizeram as omeletes, vai ser agora sem ovos?"

    Exactamente!
    Só temos razões para sermos pessimistas mas não se pode cruzar os braços.
    Investiguem quanto é que se gastou em comunicação e imagem, "formações", assessorias e estudos externos e tretas similares. Perguntem!
    E perguntem pelos resultados também!
    Quem sabe isso não dá uma condenação a sério.

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  8. Dr. quer um concelho vá ao confissionario do comendador ANTONIO RODRIGUES e voce a partir de ai passa a ser a nova PRESIDNTE da CAMARA «e o burro sou eu«

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  9. Sr Eng. Castanheira mais uma vez e voz corrente que o sr. foi para o tribunal mentir o sr. ja era responsavel pelos estaleiros,o sr. e que manipulou os encaregados para mentir ,o sr e sua esposa tem que ser uns ases para estarem nas posições frente e obra..........

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  10. Depois do que esta SENHORA está a fazer por esta Terra no mínimo é irritante ler o que escreve.
    Por favor "deixe-nos trabalhar", já destruiu muito ou deixou que os seus amigos o fizessem...

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  11. O grande problema de Oliveira de
    Azeméis foi ter sido governada, durante os últimos 30 anos, de fora para dentro e sempre no interesse de alguns senhores. Esta é, para mim, a razão de termos passado de ponto de referência para
    a situação em que nos encontramos, já para não falar da qualidade, quase sempre duvidosa, das equipas que passaram pela camara.
    Porque estamos a festejar mais um aniversário do 25 de Abril, queria deixar uma referência a alguns comentários que por aqui têm passado e que só demonstram a falta de formação e de democracia de quem os escreve, o que é de lamentar.

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  12. Sr Eng. Castanheira mais uma vez e voz corrente que o sr. foi para o tribunal mentir o sr. ja era responsavel pelos estaleiros,o sr. e que manipulou os encaregados para mentir ,o sr e sua esposa tem que ser uns ases para estarem nas posições frente e obra....(sic)

    Esta vou mandar este texto para o bastonário da Ordem dos Advogados e para o Sr. Procurador Geral da República, no Presidente já não acredito, nosso 1º muito menos, na Assembleia da Republica no Ministro da Jutiça (segundo o Dr.José Berreiros) muito menos nenos,menos, no P,S.D.,C.D.S,P.C.P. então não vou falar.
    Meditem neste texto e vejam com isto está!
    Acreditam na Jutiça em Portugal?

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  13. O An´tónio Rodrigues manda pouco. Quem manda a sério é o Sr. Comendador Leiteiro.
    Esse é o Dono da matilha.

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  14. o sr e sua esposa tem que ser uns ases para estarem nas posições frente e obra..........(sic)

    Ai a esposa deste menino tambem trabalha na C.M.?

    Segundo me confidenciaram este tipo é um grande, para não dizer um grandecíssimo Mentiroso, mas dos refinados!

    Já aprendeu com o Ministro da Igreja!(imagine-se Ministro!)

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  15. Dr. quer um concelho vá ao confissionario do comendador ANTONIO RODRIGUES e voce a partir de ai passa a ser a nova PRESIDNTE da CAMARA «e o burro sou eu«(sic)

    Os tempos destes senhores está a chegar ao fim!

    Um dia o povo far-lhes há a folha!

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  16. já nnguém comenta algo desta senhora...
    diz que OAZ tem potencialidades mas em contra partida tem fechado os olhos ao roubo de diversas valências por este governo ao nosso concelho...

    a presidência da camâra não presta mas a senhora não é a alternativa, os oliveirenses vêm como uma tachista rodeada de incompetentes que procuram uma fofoca para derrubar o ápio, não é suficiente....

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  17. Depois desta intervenção e dos comentários simpáticos que teve esta Srª muito provavelmente não irá intervir mais neste forum.
    Já repararam como esta senhora coloca textos, muito raramente, e nunca comenta os comentários que teve?
    Gostava de ver esta senhora a dialogar mais.

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  18. "uma fofoca para derrubar o ápio, não é suficiente..."

    Sem dúvida. Há que fazer o trabalho de casa.
    E mesmo assim, com o trabalho de casa feito, tudo pode sair lavado, como está acontecer com tudo.
    Ver Casa Pia, Melancia, Emaudio, SIRESP.
    Para mim o tempo da converseta acabou.

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