sexta-feira, novembro 11, 2005

O exemplo da Figueira da Foz

Câmara vai dispensar cerca de 200 trabalhadores

A Câmara Municipal da Figueira da Foz (CMFF) deverá, em breve, "dispensar" cerca de duzentos trabalhadores avençados ou contratados a prazo, soube o JN, como forma de diminuir a despesa corrente do município. O número não é confirmado pela autarquia mas, de acordo com o vice-presidente da CMFF e tutor da pasta dos Recursos Humanos, Paulo Pereira Coelho, a Câmara prepara-se para "cortar na despesa e racionalizar o quadro de efectivos". "A autarquia tem vivido acima das suas possibilidades. É preciso fazer um exercício de contenção e racionalização" disse, ao JN, Pereira Coelho.

E como o exemplo tem de vir "de cima", os cortes na despesa corrente do município já se fazem sentir. Os vereadores deixaram de ter viatura e motoristas fixos (apenas para serviços da autarquia), uma medida que reduzirá "drasticamente" o número de horas extras dos motoristas. Também no campo dos assessores será notória uma "forte redução". "Isso é uma parte ínfima do que temos de fazer. Vamos reduzir ao mínimo indispensável", avisou o social-democrata.

O número de avençados e contratados a dispensar será divulgado num estudo elaborado por uma empresa externa ao município, que apresentará soluções para uma eficaz racionalização dos recursos humanos. "As pessoas vão continuar a ter os meios necessários para se deslocarem e executarem com competência os serviços que lhes estão destinados", garantiu Pereira Coelho.

Quanto ao encaixe financeiro que a Câmara obterá com este corte na despesa corrente, o social-democrata não quis adiantar montantes. "Esse valor estará espelhado no próximo Orçamento da Câmara a apresentar em Dezembro", frisou.

Notícia publicada no Jornal de Notícias, de 08.11.2005 e que deveria servir de exemplo a muitas autarquias deste país, pois estou ciente de que uma mais eficiente e racional gestão dos recursos humanos permitiria poupar, fazendo o mesmo, muitos milhares de euros…

1 comentário:

  1. Mas alguma empresa privada teria viabilidade económica se pagasse salários a pessoas que não precisa??? É essa a questão, não estamos a falar de dispensar funcionários necessários ao trabalho da autarquia. Estamos sim a falar, em grande parte dos casos de pessoas com contratos de avença para dar um pulo as câmaras municipais, mas que continuam na sua actividade privada, auferindo por dois lados, sendo que o prejudicado é sempre o lado camarário.
    Em tempos existiu um caso de um cidadão que possuia avenças com várias câmaras deste país para prestar trabalho equivalente a 1 dia por semana em cada autarquia!!! O escandaloso é que o dito cidadão tinha mais do que cinco contratos destes assinados... Haja moral!

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