domingo, abril 30, 2006

Viva os "meninos"

Devo dizer que acho muito interessante este blog, nomeadamente naquilo que pretende ser: "Este Blog pretende ser um espaço onde todos os Oliveirenses que "vivem" o seu concelho, opinem sobre o actual estado do mesmo... Os artigos são da responsabilidade dos assinantes". Cada vez mais observo demasiada preocupação em responder, ou melhor, reagir a comentários que não existem: os anónimos. Só é possível reconhecer aquilo que é identificável. Como ninguém subscreve, para quê perder tempo? Mesmo que seja apetecível, tendo em conta as provocações, há que ignorar.
No entanto, proponho que não se retirem os posts dos "meninos" que não assinam. É bom para o blog porque potencia mais visitantes. É bom para os "meninos" porque desempenhamos um importante papel de promoção ocupacional a quem não tem mais nada que fazer. Por outro lado, aqui não existe censura nem metodologias discricionárias. Além disso, esses comentários servem apenas para nos encher o ego, já que muitos comentários aos posts sugerem um enorme interesse naquilo que opinamos. Portanto, que não se retire nenhum "menino", quanto mais não seja para bem das estatísticas.
Por último, e relembrando uma ideia do Rui Nelson, para quando o encontro dos blogers?

Eu assino
Nuno Araújo

sábado, abril 29, 2006

Só 30%?

Gostaria de ser esclarecido do seguinte. 30% do orçamento da nossa Câmara Municipal é gasto em salários. É um facto. Mas estes 30% contemplam os custos com os salários, isto é, segurança social, e por aí fora, bem como os avençados, ou apenas se reportam a custos com ordenados limpos de trabalhadores do quadro e contratados?

Eu assino
Nuno Araújo

quarta-feira, abril 26, 2006

Onde é que estavamos...

Caros bloguistas, este post é uma provocação. E que tal, cada bloguista, contar aqui onde estava e o que fazia no 25 de Abril de 1974? (a malta nascida depois, ou nesse ano, está dispensada...)
Começo por mim. Já escrevi aqui as minhas impressões de memória, num post de 25 de Abril de 2005 (os curiosos, leiam o post).
Em 25 de Abril de 74, estava algures nos confins do Império, no sul de Angola. Tinha 8 anos de idade. Terá sido um dia muito normal, com escola e muita brincadeira. Como calculam, embora vivesse num ambiente anti-regime (havia conversas em tom baixo, reuniões intimistas e livros escondidos), a ideia de revolução e a mudança de regime não estavam na minha ordem de preocupações.
Recordo-me apenas, conscientemente, do dia 27 de Abril (2 dias depois), altura em que se falava abertamente da Revolução e em que terá sido recreio toda a manhã na escola. Terá sido num dos dias seguintes.
A imagem física mais impressiva da Revolução e dos seus ícones, foi um cartaz enorme pendurado na fachada do prédio, em que se dizia "O Povo Unido Jamais Será Vencido!".
A Revolução de Abril teve um impacto brutal na minha vida pessoal, no meu destino e no meu futuro. A minha família foi vítima do burlesco processo de descolonização. Tenho muito por onde me queixar! Mas tenho plena consciência da enorme importância que teve para o país, para a liberdade e para o desenvolvimento desta nação. Viva o 25 de Abril!

terça-feira, abril 25, 2006

25 de Abril Sempre!!!



Foi este o documento que despoletou a Revolução de Abril.

Comemoremos pois este dia de Liberdade.

25 de Abril sempre!

Um 'Viva!' ao 25 de Abril.
Passados que são 32 anos desde a Revolução dos Cravos, ainda Abril não está cumprido.
O sonho perdura.
O caminho não foi - nem é - linear, não foi - nem é - recto.
Há 32 anos saímos da trevas, do obscurantismo.
E a opinião tornou-se (mais) livre.
Assim não fosse e hoje não poderia, aqui e agora neste local, dizer: 25 de Abril, sempre!

sábado, abril 22, 2006

Novas ruas para a vida.

Vale a pena dar um passeio pelas ruas pedonais da cidade. Finalmente, mais de 7 anos e sabe-se lá quanto dinheiro depois, estão prontas as novas e bonitas ruas do centro da cidade, onde os peões são agora a prioridade.
A hora é de dar vida e animação às velhas mas renovadas ruas, para que voltem a ganhar a dinâmica e a magia das antigas artérias, cheias de gente e de comércio, que fizeram o imaginário de grande parte das nossas vidas e marcaram a memória e a identidade da velha vila, agora cidade.
Vamos esquecer, para já, os dissabores dos anos de atraso, as inquietações sobre os dinheiros dispersos e os sobrecustos, os inconvenientes que quase esmagaram os comerciantes locais. Havemos de fazer o balanço e tirar, com inteligência e sagacidade, as lições dessa experiência, dos que são capazes de aprender, embora com a certeza de que as coisas não correram de forma perfeita nem exemplar.
Apesar de tudo, vamos fazer agora a festa e contribuir, com optimismo, para a recuperação da vida de outros tempos. Com saudade, mas prazer.

A>Z, amanhã.

Caros bloguistas (com pernas para correr e os que as queiram ter), não se esqueçam que amanhã, Domingo, 23 de Abril, vamos juntar a malta da corrida para um primeiro encontro do A>Z Running Club, pelas 10,15 horas, no bar junto ao lago, no nosso Parque de La-Salette.
Vamos conversar sobre o Clube, conhecermo-nos, programar actividades e, no final, faremos um treino livre pelo Parque, cada um no seu ritmo e tempo, para contribuirmos também para a nova vida que se pretende para aquele tão nobre espaço da cidade.
Vamos correr por aí fora.

sexta-feira, abril 21, 2006

O fim de semana promete e o futuro deste blog também

Este pode ser um fim de semana glorioso! Pode dar-nos, a todos, um motivo para comemorar - a nossa UNIÃO e, a alguns outros, nos quais orgulhosamente me incluo, outro - o meu PORTO.
Além disso, fiquei a saber que há um Clube de corridas de oliveirenses que amanhã, vai começar a dar os primeiros passos no parque de La-Sallete.
Será pois um fim de semana desportivo em grande - esperamos todos!
Por outro lado, tenho vindo a reparar que este blog tem vindo a aumentar largamente o seu número de visitas e de comentadores, além disso há contributors (os mais assiduos que eu) que têm vindo a fazer posts de grande qualidade e de reconhecido interesse. Continuem em grande força e que nunca vos doam os dedos no teclado!

União!!! União!!! União!!!
Porto Porto olé, Porto Porto olé, Porto Porto olé!
Força A>Z clube!
Continuem a fazer deste Azeméis um grande Fórum!

Vitórias

Caros Amigos, fiz questão de entrar aqui no Fórum Azeméis para entregar estas duas garrafas de champanhe para que, neste fim-de-semana, possam comemorar duplamente: uma para o Campeão União Desportiva Oliveirense e outra para o Campeão Futebol Clube do Porto. Senão quiseres abrir as duas, sei que, pelo menos, a da UDO será enxertada por todos os Oliveirenses.

quinta-feira, abril 20, 2006

A água que nos faz mover...

Ora aqui está uma boa notícia: o Parque Temático Molinológico de Oliveira de Azeméis estará concluído no segundo semestre deste ano. Onze moinhos, situados na freguesia de Ul, foram parte integrante de um Núcleo Museológico, onde os visitantes poderão aprender um pouco sobre a funcionalidade histórica dos moinhos, bem como outro tipo de interesses relacionados com a actividade de descasque do arroz. É sempre bom relembrar que as indústrias de descasque e embalagem de arroz de Oliveira de Azeméis representam cerca de 60% da produção nacional. Interessante será, também, a componente exterior aos moinhos, nomeadamente Percursos Pedestres e de BTT, que, tudo parece, a autarquia está a tentar viabilizar junto ao Rio Ul. Pois bem, este precioso legado, no nosso concelho, desde o século XVIII, finalmente parece ter a atenção devida.
Este projecto, de cariz turístico, é fundamental para a identidade cultural do concelho, tão mais que se trata de um dos maiores símbolos identificativos da sua gente, a nível nacional.
Apostar no enriquecimento cultural, paisagístico e arquitectónico, não é um objectivo, é antes de mais uma condição essencial de qualidade de vida dos cidadãos.
Neste período de Páscoa, passei por uma pequena aldeia do Alentejo, que à partida tinha apenas e tão só um Castelo do Século XIV. Ai pernoitei, e ao ver o quanto era organizada, asseada e pacata, me interessei por saber um pouco mais sobre a sua história. Dirigi-me ao Posto de Turismo (que se encontrava aberto, numa sexta-feira santa) e surpreendi-me (e olhem que não é fácil). Primeiro, pelo notório conhecimento demonstrado pelo funcionário que ai se encontrava, que descrevia com visível satisfação os vários pontos de interesse a visitar. Depois, surpreendi-me, fundamentalmente, pela organização e gestão desses próprios pontos de interesse turístico, que apesar de não possuírem monumentalidade ou grandeza histórica, eram evidenciadores de uma atenção especial que facilmente contagia os visitantes que por lá passam.
Com a audaz sapiência do funcionário do Posto de Turismo e com a organização dos relevantes pontos de interesse pró-turísticos de uma pequena vila, passarei a referenciar como local a visitar: ALVITO.
Esta pequena história, é sintomática da importância do turismo para uma região, para uma cidade, ou mesmo para uma vila.
Por isso, aplaudo a persistência da autarquia neste projecto, rogando para que este seja um dos muitos possíveis a concretizar no concelho. Oliveira de Azeméis é rico em história, em património, em cultura e gentes. Desenvolver turisticamente uma região é proteger a sua identidade para as gerações vindouras, defendendo a sua unicidade regional e nacional. Fortalecendo as raízes, estaremos a fortalecer os ramos e os frutos, ou seja, os laços que nos ligam a uma terra, principalmente dos mais novos. Contudo, não podemos deixar de ser selectivos, devemos privilegiar o núcleo essencial dessa identificação histórica e cultural, aquilo que é distinguível e indissociavelmente nosso, para assim seremos verdadeiramente bons e atingirmos a excelência de oferta. E os moinhos encaixam nisso mesmo…

quarta-feira, abril 19, 2006

A > Z Running Club

Nasceu o A > Z RUNNING CLUB
Depois dos diversos contactos e incentivos (não se leia, subsídios) recebidos aqui e fora do blog , nasceu o Clube de corrida de Oliveira de Azeméis.
Não é um clube qualquer. Não quer ganhar nada. Só alegria, desporto, qualidade de vida e ajudar os que gostam, e os que não gostam mas querem, correr. Por aí fora.
O A > Z RUNNING CLUB é um clube de corrida, constituído por gente adulta e responsável (é preciso ter 18 anos e a 4ª classe concluída), mas que gosta da vida como ela é: plena, intensa e assumida!
O Clube reúne atletas amadores, que gostam da vida, de desporto (para além da alta estratégia) e de correr, sem pressas!
Correr, porque é preciso, onde é preciso mas também por quem precise. Correr por cada um e por causa de todos, de A a Z.
Correr sempre, pé ante pé… corridas pequenas, médias, grandes, por aí fora. Todas as distâncias e graus de dificuldade, à medida de cada um (por favor, isto não é o clube Forrest Gump).
O Clube recebeu o apoio do nosso António Salvador e de António Sousa, ambos atletas internacionais de Portugal. E já agora também o apoio do blog "Forum-Azeméis"...

terça-feira, abril 18, 2006

Civismo precisa-se!!!

O Parque de La Salette foi vítima, como outros tantos locais por este país fora, de actos de vandalismo cometidos por pseudo cidadãos que não respeitam nada nem ninguém. Foram partidos candeeiros, destruida sinaléctica e as parte das indicações do recém inaugurado circuito de manutenção.
Atitudes lamentáveis mas que têm proliferado um pouco por todo o lado, como grafitis a destruir as pinturas de edifícios, candeeiros públicos danificados, sinais virados ao contrário, etc...
Actos condenáveis de quem não poupa aquilo que é construído e edificado com dinheiros públicos e que deveriam isso sim, pugnar pela sua manutenção em bom estado para bem da comunidade em que estão inseridos.

Um exemplo a seguir...

Segundo o JN, desde 19 de Maio de 2005 que é proibido estacionar veículos para venda na área do concelho de Viseu. Integrada no Regulamento Municipal de Trânsito (RMT), a medida conseguiu, em menos de um ano, reduzir substancialmente o número de veículos que os stands punham à venda, durante semanas consecutivas, em passeios, avenidas, largos e ruas da cidade.
Neste caso, vender um carro na rua, em locais apropriados, custa 60 €.
Por cá, a situação é idêntica e proliferam stands espalhados pela via pública prejudicando ainda mais todos aqueles que precisam de estacionar. Com a futura instalação dos parquímetros a situação tende a melhorar em alguns locais mas muitos outros ficam a "salvo" desta medida pelo que se impõe a criação de outras formas de luta contra estes stands anárquicos.

domingo, abril 16, 2006

Devolver a Vida ao Parque

Na semana passada, foi inaugurado o circuito de manutenção no parque de La Salette. A fundação La-Salette, resolveu devolver ao parque uma estrutura que este teve há já vários anos. É uma medida que se espera que permita trazer mais algumas pessoas ao parque; permitindo que estas possam aproveitar o “Céu aberto” e o verde do parque para “arejar” os pulmões, normalmente invadidos por “ares” de qualidade muito duvidosa. É um primeiro passo, assim se espera!
O nosso parque, necessita de um olhar atento. Deixo aqui algumas propostas daquilo que acho que pode e deve ser feito a curto prazo.
É necessário um esforço de reflorestação que permita “tapar” algumas das muitas clareiras que temos hoje. Ninguém tem dúvidas de que, quando foi criado (há 97 anos atrás), o parque foi pensado para ser o “coração verde” da nossa cidade. Ninguém duvidará que essa deverá manter-se como a sua função primeira.
Aquilo que em tempos foi um lago, com muitos peixes, patos e barcos, hoje é um receptáculo dos lixos mais variados, onde ainda resistem alguns peixes, do qual os barcos “zarparam” e os patos estão ausentes. É urgente proceder à limpeza e despoluição das águas do lago e devolver-lhe o encanto e a “magia” que fizeram com que ele faça parte da memória e do imaginário colectivo.
É urgente, recriar o parque com características de um local aprazível mas também um local seguro. Se o parque apelar à sua frequência, as pessoas vão lá e elas próprias promovem a sua vigilância e auto-segurança.
A animação é imprescindível para fazer do parque um local atractivo. É certo que se vivem tempos de necessária contenção, todavia, com alguma imaginação e algum esforço, consegue-se fazer a animação do parque com a “prata” da casa. O nosso concelho é enriquecido com várias dezenas de associações e colectividades de cariz cultural, artístico, recreativo e desportivo. Todas elas, têm um “organismo” que lhes é comum – A FAMOA – e que as pode organizar, para que, em regime de rotação, elas possam garantir a animação do parque, de forma variada e sem custos que não a contrapartida dos normais e correntes apoios da autarquia. Isto seria, em minha opinião, um importante projecto de interactividade da própria comunidade.
Estas são algumas das minhas propostas, para aproveitar a Primavera, o parque e, sobretudo, a Primavera no parque. Mas quero deixar também um apelo que tem a todos nós como destinatários:
- PRESERVEMOS O QUE RESTA DO PARQUE E AQUILO QUE ESPERO LHE SEJA DEVOLVIDO!

quinta-feira, abril 13, 2006

Par(a)lamentar vs Felicitar

A Assembleia da República viveu ontem um triste episódio… Chegado o momento das votações verificou-se a inexistência de quórum deliberativo o que significa que muitos dos deputados já tinham “metido férias”. Se alguns dos faltosos têm justificação (em virtude de estarem em visitas em representação da própria Assembleia), outros há que não têm desculpa!

Valha-nos ao menos que, do nosso concelho, ao que sei, estavam todos presentes (Helena Terra e Hermínio Loureiro)!

terça-feira, abril 11, 2006

O futuro está nas tuas mãos!

O "processo Lactogal", considerando o seu “eventual” interesse económico para o concelho de Oliveira de Azeméis, merece ou deveria merecer outro cuidado, quer dos Oliveirenses em geral, quer da autarquia. Sendo certo, que esta última terá a responsabilidade de proteger, de uma forma inestimável, os interesses dos munícipes, não defraudando a confiança neles depositada, aquando das últimas eleições autárquicas.
Contudo, esse bem económico, que é de todo relevante, pode chocar com o património ambiental da região. Aliás, se aqui poderão existir duvidas, elas se diluem, na minha modesta opinião, no que ao ordenamento do território diz respeito. Sem mais delongas, é óbvio, e de negável justificação, que a construção de um pólo industrial naquela zona é uma aberração e uma calamidade social, com efeitos extremamente nefastos para o desenvolvimento harmonioso de O.A.
Pois bem, o papel das Associações Ambientais (Regionais e Nacionais), ex vi, a QUERCUS, tem um papel importante, quanto ao estudo de impacto ambiental, mas mais inquestionável é a importância da intervenção dos cidadãos de O.A. E para isso, meus Senhores, e Caros Oliveirenses, não precisamos da Autarquia. Se o projecto afectar ou haja fortes indicios que pode afectar o ambiente, a Lei prevê CONSULTAS PÚBLICAS, onde podem participar todos os Oliveirenses, ou Organizações Representativas.
A Autarquia deve, apenas, disponibilizar toda a documentação, e fazer uso dos jornais para cumprimento do dever de informação e divulgação de todo o processo. Quanto à Avaliação do Impacto Ambiental, a sua divulgação está a cargo do Instituto do Ambiente (
http://www.iambiente.pt/).
Meus Amigos, se não nos dão informações suficientes ou satisfatórias, como era Seu dever, mormente, a Câmara Municipal, por exemplo, através de Audiências Públicas de Esclarecimento, cabe a nós, cidadãos interessados e atentos, em fazer valer os nossos direitos, reclamando e requerendo a quem de direito: INSTITUTO DO AMBIENTE.
Porque, se estamos à espera da Consulta Pública, desencadeada única e exclusivamente pela Autarquia, Vos garanto que, como acontece em todo o País, ela não terá qualquer impacto, não produzindo efeitos relevantes, por motivos que agora não vou desenvolver.
O Cidadão Oliveirense tem, neste como em quase tudo, a faca e o queijo na mão, basta se interessar minimamente. Tem a possibilidade de enviar Pareceres, estudos, reclamações, exposições para o IA (Apartado 7585, 2611-865 Amadora), tem a possibilidade de recorrer aos Tribunais, tem é que se unir (e mais uma vez Vos falo de União), porque só em conjunto, conseguiremos resultados que a cada um de nós beneficiará.
Mas, antes de concluir, gostaria de Vos colocar a seguinte questão. A Unidade Fabril, bem como a Autarquia, são ou não, também elas, directamente interessados na Participação Pública de Avaliação de Impacto? Pois bem, nenhum processo consta, no IA, sobre o assunto.
Se, ao contrário de alguns, penso que o papel da Autarquia é minimamente compreensível, porquanto, todos nós sabemos que uma região sem industria é uma região sem gente, logo sem futuro… se, ao contrário de alguns, sinto que a Autarquia desejaria não ter que aguentar com um processo destes às costas… sou da opinião que uma solução deverá ser encontrada para evitar, o que para mim será, um CATACLISMO SOCIAL. E, por favor, não me venham dizer que esta nova unidade ou pólo fabril estará equipada com melhores tecnologias de controlo de gazes emissores, de catalizadores de cheiros, etc., etc., porque essa é a mais usada táctica para tapar o sol com a peneira.
Como já antes afirmara, já não compreendo, nem aceito, que uma industria forte, próspera e de avultadas capacidades, insista em se desenvolver no nicho de uma cidade, menosprezando todas as condições que uma adequada zona industrial lhe poderia oferecer, por manifesto egoísmo e falta de visão estratégica, à custa do bem-estar e da segurança dos cidadãos. Não é preciso ser-se iluminado, nem especialista em Economia, para visualizar rapidamente soluções bem mais satisfatórias, mesmo num plano de negociação de contrapartidas, com a Autarquia, por eventuais prejuízos que a mudança de estratégia poderá acarretar.
Se no passado, e no presente, algo temos a "agradecer" a esta empresa, o mesmo não se avizinha no futuro, futuro esse que não será só nosso, mas que hoje está nas tuas mãos.
Um abraço.

domingo, abril 09, 2006

Água nas torneiras... um bem escasso!!!

Se mora no concelho de Oliveira de Azeméis e faz parte do leque que possui abastecimento de água ao domicílio sabe que, se se atrasar uns três meses no pagamento da conta da água, o mais provável é que lhe venham cortar o abastecimento. Para não ter esse dissabor há que liquidar as contas a tempo e horas como bom cidadão que é? Mas se lhe disserem que o dinheiro que faz chegar ao Município não é imediatamente encaminhado para o fornecedor da água ao nosso concelho, neste caso, à empresa Águas de Douro e Paiva!!! Pois é, não sei como é que está a situação exacta aos dias de hoje, mas não faz muito tempo que a autarquia recebia dos munícipes e tinham em dívida seis meses de consumos de água ao forncedor!!!

sexta-feira, abril 07, 2006

Corre, é o melhor que fazes!

Neste Dia Mundial da Saúde e Dia Mundial da Actividade Física, conjugado com a Inauguração do Circuito de Manutenção do Parque de La Salette, devemos, todos, reflectir sobre os nossos hábitos de vida. Por isso, e sem mais delongas nem rebuscados formalismos doutrinários, porquanto, não seria nem o momento nem o local certo para o fazer, venho colocar aqui um desafio a todos Vós. Vamos pôr Oliveira de Azeméis a mexer-se, vamos todos incentivar o desporto-lazer da nossa cidade. Mais do que o que a cidade nos pode oferecer, devemos ser nós a patenteá-la com Espírito Desportivo. Cidadão Saudável é o mesmo que uma CIDADE VIVA. Por isso, faz como eu, e vai correr para o Parque, ou para outro local da nossa cidade. Todos podemos fazer com que amanhã sejamos muito mais, e quando já formos muitos, veremos que a cidade já está a nos oferecer mais ainda.
Um abraço. E Saudações Desportivas.

A dívida incontrolada...

Ao ler o editorial desta semana do Jornal A Voz de Azeméis revi-me no mesmo, pois sintetiza muito do que penso sobre a matéria tendo, inclusivamente, ao longo dos últimos anos tenho alertado, em sede de Assembleia Municipal, para o caminho de endividamento excessivo por parte da nossa Câmara Municipal. A resposta invariavelmente era: a dívida está controlada e nós ainda somos dos Municípios que ainda podem recorrer ao crédito. E agora, qual será a justificação para a dívida de 50 milhões de euros. Como se pensa enfrentar o problema a sério?

quarta-feira, abril 05, 2006

A 48 horas de serem completados 180 dias após as Eleições Autárquicas, de 9 de Outubro de 2005, exige-se uma reflexão sobre a participação eleitoral de cada um de nós. Procurar indagar sobre a importância do nosso voto no destino das políticas é um dever intrínseco à nossa cidadania. Mais importante é o nosso voto, quanto mais conclusiva for a nossa reflexão. Por mais ou menos informados que estejamos, começam a emergir sinais distintivos de boas ou más políticas, sendo que alguns desses dados são essenciais para caracterizar da mesma forma a nossa opção eleitoral.
Dos 308 municípios portugueses, há 41 que sempre tiveram presidências do mesmo partido, nomeadamente o município de Oliveira de Azeméis.
Esta realidade insofismável confronta com o aparente inconformismo da sua existência. Ou seja, como é que é possível, em Oliveira de Azeméis, o PSD ter ganho todas as eleições autárquicas, desde o 25 de Abril? Bom, certamente não serei eu a aflorar as razões, tanto mais que não conheço esta cidade desde aquela data, mas atento e preocupado que sou, me questiono sobre as tendências socio-políticas do concelho que me acolheu. Fugindo do âmbito puramente partidário, já que ai a miscelânea de opiniões se entrelaça com exacerbadas paixões, salientaria duas que me parecem cruciais na uniformidade eleitoral. A primeira, certamente mais “questionável”, vinca a natureza humana, o ser apolítico, o Homem enquanto pessoa, descarregada de fluxos e reflexos socializantes ou manipuladores da sua essência. O Segundo, deveras mais mitigado e complexo, outrossim, temporalmente incerto e indeterminável, com cariz enraizado em fracos metabolismos concretizadores. No primeiro caso, falo-vos da repulsa natural pelo desconhecido, o medo do incerto, o conformismo ou o sossego do estável, a opção do certo pelo incerto, quebrável apenas por histéricas ou incontroláveis reacções, também elas tipicamente inatas. A Segunda, a satisfação do meio, a acolhedora sensação de realismo, a visualização de elementos caracterizantes e determinadores de grupo, a identificação de correspondências ideológicas, em suma, o pressuposto convicto de estar no lado mais, desprezando o outro, seja bom ou mau.
Em suma, e para não me alongar, deixo aqui a minha reflexão.
Faça Você a Sua.

Valor arquitectónico da Casa dos Monteiros

Em relação a este assunto que tem estado na berlinda, sobre a eventual demolição para construção de mais apartamentos da denominada Casa dos Monteiros (junto à antiga Garagem de Arrifana), desconheço o seu valor arquitectónico que justifique a sua preservação.
Nestas situações, o melhor é procurar saber o que dizem os técnicos e daí formularmos as nossas convicções.
Assim, aqui deixo cópia de um mapa existente na nossa Câmara Municipal com a respectiva legenda.
O imóvel em causa é o referido como P27.
Formulem as vossas opiniões. Eu formulei a minha.

Volto a relembrar

Volto a insistir para que todos estejamos atentos à eventual apreciação favorável por parte da Câmara do projecto de licenciamento de uma obra que poderá destruir uma casa centenária para ser ocupada com mais um prédio, mesmo em frente ao mercado. Por outro lado, este projecto levanta uma questão muito pertinente. Um propretário de um imóvel não classificado como património municipal, que pretende efectuar obras de melhoria no seu espaço, necessita de dinheiro que não dispõe, sendo que a decisão mais acertada é um negócio de demolição e consequente construção. Sem incentivo à recuperação, e com necessidade financeira, compreende-se...
Na perspectiva do proprietário, é uma decisão perfeitamente legítima e compreensível. Para o interesse público é um atentado ao planeamento e à qualidade de vida. Relembro as palavras do professor Leonel quando confrontou o presidente da Câmara na última Assembleia Municipal a este propósito: "quer ser apenas mais um presidente da Câmara, ou gostaria de ser relembrado como o presidente que mudou Oliveira de Azeméis?".
Azeméis não precisa de mais betão!

Eu assino
Nuno Araújo

"As Farpas" - actuais

"Há muitos anos a política em Portugal apresenta este singular estado:
Doze ou quinze homens sempre os mesmos, alternadamente, possuem o poder, perdem o poder, reconquistam o poder, trocam o poder... O poder não sai duns certos grupos, como uma péla que quatro crianças, aos quatro cantos de uma sala, atiram umas às outras, pelo ar, numa explosão de risadas.
(...)
Os cinco que estão no poder, fazem tudo o que podem - intrigam, trabalham, para continuar a ser os esbanjadores da fazenda e a ruína do país, durante o maior tempo possível! E os que não estão no poder movem-se, conspiram, cansam-se para deixar de o ser - o mais depressa que puderem - os verdadeiros liberais e os interesses do país!
Até que enfim caem os cinco do poder, e os outros - os verdadeiros liberais - entram triunfantemente na designação herdada de esbanjadores da fazenda e ruína do país, e os que caíram do poder, resignam-se cheios de fel e de amargura - a vir a ser os verdadeiros liberais e os interesses do país."

Moral da história: "quanto mais um homem prova a sua incapacidade, tanto mais apto se torna para governar o seu país".


No século XIX, Eça de Queirós e Ramalho Ortigão brindaram o povo com as "Farpas". Este pedaço de texto foi retirado de um dos seus artigos. Curiosamente mantém-se actual.

Eu assino
Nuno Araújo

Todos ao mesmo...

Da leitura da edição desta semana, fico com a sensação de que anda tudo ao mesmo:

Na Universidade Sénior, “o presidente do conselho fiscal lamentou que os subsídios da autarquia não cheguem, ficando-se apenas por promessas”.

Na Casa Museu de Oliveira de Azeméis, “o atraso dos subsídios por parte de entidades”, “Temos protocolos e promessas da autarquia, mas não temos dinheiro”, lamentou o tesoureiro, Manuel Carlos e “estes são subsídios que não vêm ou, então, vêm só de vez em quando”, frisou o tesoureiro, que justificou o porquê desta apresentação pormenorizada: “Há elementos da Câmara que dizem que estamos sempre a ‘pedinchar’ e que não temos direito. Quero que os sócios saibam que os papéis estão assinados e que só pedimos aquilo que nos prometeram”.

Estes são alguns exemplos de colectividades que aguardam pelo prometido, sendo que um dos problemas está no facto de, ainda segundo o mesmo jornal, “a Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis é uma das 57 autarquias do país que, no ano em curso, está impedida de recorrer ao crédito bancário.

terça-feira, abril 04, 2006

Até quando irá durar este sufoco?

Saiu ontem no jornal “Correio da Manhã” mais um artigo a referir sobre o endividamento das Câmaras Municipais. É constatado que “Vinte por cento dos municípios portugueses, num total de 57, estão impedidos de acederem ao rateio para novos empréstimos, previstos no n.º 3 do artigo 22 do OE/2006, por terem atingido o limite máximo previsto na lei.” Oliveira de Azeméis está neste lote em que houve uma maior subida da dívida entre Jun./05 a Jan./06 e portanto encontra-se bastante limitada para gerir desafogadamente a sua tesouraria. Até quando irá durar este sufoco?

Bem, mas não há só más notícias por essas autarquias de Portugal. Num suplemento distribuído a semana passada com o jornal “Público” (30 de Março) pode ler-se (página 9) que “Até 2009, Ribau Esteves (presidente da Câmara de Ílhavo) também pretende expandir a rede de saneamento básico até um nível de cobertura próximo dos 100 por cento. “em termos de saneamento básico e infra-estruturas ambientais, o concelho atrasou-se”, afirma. “Tínhamos 15 por cento de cobertura e uma estação de tratamento a funcionar em 1997, e 75 por cento em finais de 2005, o que representou um investimento de 20 milhões de Euros em oito anos de gestão municipal nesta área” esclarece o presidente da CMI.
Em termos de abastecimento de água, o autarca recorda que Ílhavo tem cobertura total desde meados dos anos 80, três fontes de captação de água, duas das quais na área geográfica do concelho e uma no âmbito da associação de municípios de que faz parte, e uma cobertura na recolha de resíduos sólidos urbanos na ordem dos 100 por cento, “a cargo de um operador privado, com óptimos resultados e diminuição do custo””.

Solarh, Solis, Põe-te a mexer, Vai mais longe, Rede Social, etc...

Se existe área temática que tem funcionado bem no seio da autarquia, na minha opinião, é a vertente social, da autoria a vereadora Gracinda Leal.

São vários os programas destinados à terceira idade e aos mais carenciados que visam promover uma melhor integração dos mesmos na sociedade. Só tenho receio é que com tal panóplia de programas, a articulação dos mesmos possa não ser a melhor e que os critérios que suportam estes apoios deixem de ser os mais claros, mas esperemos que não.

segunda-feira, abril 03, 2006

Por falar em bola...

Na caminhada rumo ao título, o Oliveirense garantiu, já no período de descontos, uma merecida vitória... em Porto de Mós (Distrito de Leiria)
Interessante foi ver que, a largos Km de distância de Oliveira de Azeméis, apenas 1 em cada 5 adeptos era da equipa da casa, do Portomosense.
O "Estádio" encontra-se numa zona bastante bonita, com vista para o elegante Castelo de Porto de Mós, mas com fracas condições para a prática profissional de Futebol.

A exemplo disso é este caricato banco do 4º árbitro...


Apesar de tudo, as gentes da ADP foram bastante acolhedoras e respeitadoras (diga-se até pacientes) da "malta que vai à frente"...

Recipientes do Largo do Gemini

O espaço do Largo do Gemini vai começando a ser ocupado e a voltar a ganhar vida. A natureza (humana) também tem horror ao vazio e como as obras são o que são, algumas das áreas do Largo do Gemini vão sendo começando a ser utilizadas pelos municipes e visitantes. Alerto aqui, para que não se criem já maus hábitos, para o facto de que as pequenas caixas para despejo de resíduos, devidamente selectivas em função de cada tipo de resíduo, estão ainda sem utilização. Umas estão fechadas mas outras já abertas. São já utilizáveis?
A pergunta/alerta é comum a muitos concidadãos que as "tentam" utilizar. As caixas são esteticamente bonitas (fazem lembrar caixas de correio americanas, dos anos 50), mas parecem pouco úteis, designadamente pela aparente inutilidade e pela reduzida capacidade de depósito.

sábado, abril 01, 2006

Hermínio Loureiro vai ser Presidente da Liga de Clubes


Depois de ter sido Secretário de Estado do Desporto, o nosso conterrâneo Hermínio Loureiro voltará às lides do desporto, mais propriamente, do futebol profissional ao assumir a Presidência da Liga de Clubes substituindo o Major Valentim Loureiro. Este dado é assumido por diversos intervenientes do futebol português e comentado insistentemente nos meandros do futebol por conseguir o apoio pleno dos dirigentes do três grandes clubes, facto a que não será alheio o seu desempenho a frente da Secretaria de Estado do Desporto. Recorde-se que inicialmente tinha as funções de Secretário de Estado da Juventude e Desporto sendo que depois apenas ficou com a pasta do Desporto por se ter chegado a conclusão que apenas tinha visão para o futebol descurando a área da juventude.