Buracos e mais buracos

Que a natureza tem muita força e cria situações imprevisíveis ou mesmo indefensáveis é um facto. Mas também existem meios e podem ser feitas acções que possam minimizar ou mitigar as consequências do que as forças da natureza nos infligem.

Vem este arrazoado a propósito das graves e consequências materiais que os 'milhentos' buracos existentes em muitas das ruas da cidade acarretam.

Eu próprio fui vítima directa de um desses buracos (existente no acesso para a variante e Vale de Cambra) e que me custou, materialmente falando, cerca de 300 euros.

E a pergunta que faço é esta: pode alguém ser responsabilizado pela existência do buraco que, uma vez encoberto pela água, não é visível ?

Respondo: Não e Sim.

Não, porque ninguém pode prever os danos e as consequências da intempérie.

Sim, porque em muitas das situações, os buracos só existem por falta de manutenção preventiva adequada (e não mero faz-de-conta) por parte de quem tem obrigação legal de o fazer, porque muitas vias não estão estruturalmente preparadas para a carga de trânsito a que estão sujeitas. O exemplo mais visível é o que se tem passado na Rua 25 de Abril, zona por onde existe um dos mais significativos tráfegos na cidade.

A este propósito, li no JN de domingo, dia 11, que a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira foi condenada, em sede de Tribunal Superior, a indemnizar uma cidadã, em cerca de 6 300 euros, exactamente pela falta de prevenção e de manutenção, após detecção, de um buraco numa rua do concelho.