sábado, janeiro 28, 2006

O fecho da maternidade...

Ao que tudo indica, e apesar das boas notícias trazidas a público sobre obras nas Urgências do Hospital S. Miguel, o nosso hospital verá transferido para S.M. Feira a valência de Maternidade. Pelo menos, é o que se constata da notícia do Expresso – “Nove maternidades vão encerrar durante este ano. A primeira é a do hospital de Santo Tirso. O bloco de partos será transferido para Famalicão, que já se preparou para receber os 400 partos que anualmente se fazem em Santo Tirso. As outras são as que actualmente funcionam nos hospitais de Amarante, Elvas, Oliveira de Azeméis, Lamego, Barcelos e no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes. Neste último, que inclui os hospitais de Mirandela, Bragança e Miranda do Corvo, ficará apenas uma maternidade, provavelmente em Bragança, capital do distrito. Por decidir está, ainda, o que fazer aos blocos de partos dos hospitais de Castelo Branco, Covilhã e Guarda. De acordo com as recomendações que a Comissão Materno-Infantil, presidida pelo antigo secretário de Estado da Saúde, Albino Aroso, fez ao Ministério, estes três hospitais da Beira deverão ficar com um só bloco de partos, que segundo soube o EXPRESSO, ficará sediado em Castelo Branco ou Covilhã.”

Contudo, estes encerramentos estão a ser decididos, não apenas pelo facto de ali se realizarem menos de 1500 partos por ano, mas por questões clínicas: “o grande argumento da Comissão Materno-Infantil para propor o fecho destes blocos é o facto de nenhum dos respectivos hospitais cumprirem os requisitos necessários para assegurar os nascimentos em condições de segurança clínica. As normas internacionais obrigam a que os serviços de obstetrícia tenham, no mínimo, dois obstetras presentes, bem como um pediatra com formação em reanimação de recém-nascidos e um anestesista. A maioria destes hospitais não tem obstetras em número suficiente para ter a urgência aberta. Outros, têm médicos mas nenhum faz banco por terem ultrapassado os 55 anos.”

A ser assim, as grávidas do nosso concelho passarão a ter que se deslocar ao Hospital São Sebastião apenas para o parto, pois está garantido, em Oliveira de Azeméis, todo o acompanhamento médico durante a gravidez e pós-parto.

1 comentário:

  1. Em meu entender estas questões devem ser tratadas com serenidade e normalidade. Aquilo que constato é que se trata de uma decisão baseada em critérios técnicos - que não comento, por não ser conhecedor da matéria. Além do mais, apesar de gostar que a maternidade ficassem sediada em oliveira de azeméis, estes assuntos não devem ser alvo de bairrismos mas sim de um contexto mais vasto. Aliás, conforme foi trazido a público, existe uma comissão municipal que reuniu com a Adm Regional de Saúde - na qual me incluo - e que constatou que existirá um reorganização dos serviços de saúde nesta região por forma a que as valências hospitalares sejam distribuidas por 3/4 hospitais pois é impossível que todos os hospitais possuam todas as valências...
    Mas todos devemos lutar, nos locais próprios, pela manutenção da maternidade desde que cumpra os requisitos mínimos, o que não tem sido o caso...

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