As voltas da política

Não foi aqui (blog) noticiada e comentada, a importância da chegada de Rui Nelson Dinis à administração da Estradas de Portugal. Hermínio Loureiro comentou o facto no seu programa semanal na Azeméis FM para saudar o seu amigo de infância e para referir “que devemos estar muito satisfeitos por vermos um dos nossos a assumir um cargo de grande responsabilidade. Estou certo que vai ter um bom desempenho porque é uma pessoa inteligente e dedicada”.

É obvio que é mais um Oliveirense a ascender a um posto de visibilidade nacional e, neste caso, por mérito próprio. Os meus parabéns ao Rui Nelson.

Quando entrei no Partido Socialista de Oliveira de Azeméis ainda me aqueci nas brasas deixadas pela eleição que na altura o opôs ao Sr. Manuel Amaro. É para verem como é a política, um quadro desta envergadura política foi preterido (para usar uma palavra suave) pela maioria dos militantes locais, talvez por não o considerarem a pessoa indicada para liderar a oposição ao poder instalado que nos tem governado. Não preciso de escrever mais nada pois a história já demonstrou o que o resultado dessa batalha detonou. Um período ainda mais longo do PS na oposição, ao invés da expectativa que na altura existia. Até quando?

O meu amigo Pedro Marques, há uns tempos escreveu aqui que “para alguns a cegueira é tanta que nunca os vi a criticarem os seus, a olhar para o seu umbigo, e aqui refiro-me concretamente ao Partido Socialista de Oliveira de Azeméis.”

Eu por acaso já o fiz no passado e faço-o sempre que considerar oportuno ou necessário. Em artigos escritos para a imprensa local que podem ler aqui (Correio de Azeméis e Loureiron-line) já apontei algumas falhas de percurso. Cito dois, mas já por mais vezes apontei o dedo em jeito de autocrítica interna sobre o partido em que milito. Para mim estar no PS, não é estar numa organização partidária que nunca erra e raramente se engana. Não é muito grave errar, grave é não aprendermos com os erros e o PS é feito por homens e mulheres…