Foi tornado público pela Câmara Municipal, a intenção de proceder à criação de uma Sociedade Anónima, mediante a participação de parceiros investidores a definir, para que essa mesma sociedade se substitua à Câmara Municipal na edificação dos novos Paços do Concelho, requalificação do edifício da antiga biblioteca, recuperação da casa Sequeira Monterroso - na zona pedonal, construção dos Estaleiros Municipais onde actualmente se encontra a Somical - no lugar de Bustelo, freguesia de S. Roque, Piscinas Municipais Cobertas em Cucujães bem como a edificação de dois loteamentos em Lações - terrenos dos antigos pré-fabricados e terrenos anexos ao Lar Pinto de Carvalho.
Ora, dada a relevância da matéria, a mesma deveria merecer uma discussão alargada, mas o procedimento vai ser idêntico ao utilizado para viabilizar o Shopping.
A ideia é apresentada numa semana, para ser votada em reunião de Câmara Municipal logo a seguir e na semana a seguir, aprovar a mesma em Assembleia Municipal, tudo numa época natalícia que em nada abona a favor da discussão séria que deve estar na base de decisões deste calibre.
A justificação dada aos jornalistas em tom de aviso à navegação - Não estamos a privatizar Oliveira de Azeméis - diz muito sobre o que estamos a falar.
Trata-se de uma fuga para a frente, colocando privados a investir em nome do Município, ficando o compromisso de pagamento de rendas pela utilização dos espaços durante pelo menos 25 anos.
Ora, assim sendo estamos perante um empréstimo encapotado, por forma a tentar iludir os oliveirenses a que não será alheio o editorial desta semana do Correio de Azeméis. Vamos lá ver é se mais uma vez a pressa não é má conselheira - no assunto do shopping houve necessidade de repetir a Assembleia Municipal para corrigir a ilegalidade que tinham aprovado e no empréstimo de saneamento financeiro viram o Tribunal de Contas chumbar claramente os argumentos apresentados.