Num passado recente, demonstrei a minha indignação sobre a ampliação da Unidade Industrial da Lactogal no centro da cidade. Algo que reafirmo, ainda hoje, apesar de reconhecer o papel determinante que o tecido industrial tem para um qualquer município. Mas o factor “capital” não é tudo. Pelo menos comigo, essa ampliação não se concretizaria nesse local. E tudo faria para encontrar uma solução satisfatória.
A questão da instalação de um centro comercial no centro da cidade tem a mesma génese e a análise da questão segue o mesmo prisma.
Em primeiro lugar, coloca-se a questão se o concelho, se a cidade precisa de um centro comercial, fechado, congregando novas e modernas sinergias? Um espaço comercial que possa agregar melhores condições de lazer e de comércio, como os novos Shopping’s que conhecemos, como por exemplo restaurantes de fast food, cinemas, “brincolands”, lojas de marca, lojas de conveniência, etc. etc. O mesmo é perguntar se os Oliveirenses reclamam e anseiam esse tipo de infra-estrutura. E se com isso, o comércio e a “dinâmica urbana” de Oliveira de Azeméis saiem beneficiados.
À priori, pode parecer difícil responder a essa questão, mas se analisarmos com atenção, chegaremos facilmente à conclusão que não. Não, Oliveira de Azeméis não precisa de um espaço comercial destes. Não precisa, não quer, nem deve querer.
Critico, desde logo, a mentalidade daqueles que defendem que S. João da Madeira tem, ou vai ter, e nós não. Porque esses, por um lado, são os primeiros a frequentar S. João da Madeira, ao contrário de mim, que não ponho lá os pés, e por outro, porque sou daqueles que defendo que Oliveira de Azeméis se deve (e pode) impor pela diferença. Porque só pela diferença, pela excelência da diferença podemos granjear evoluir.
Em segundo lugar, as questões financeiras. Bom, surge evidente que esta pode ser uma oportunidade para a Autárquica encaixar algum capital extra, que tanto faz falta aos cofres municipais. E surge evidente que o negócio apenas pode ser efectivamente rentável se, em conjunto com o terreno contíguo ao Largo Luis de Camões, se alienar o terreno do parque de estacionamento. Como surge evidente que o terreno do parque dificilmente será (excepcionalmente) rentável, se for alienado isoladamente.
A questão está em saber, se este é o momento. E se a solução preconizada para o local é a que melhor se adequa às necessidades da população.
À segunda, não respondo porque não conheço nenhum projecto aprovado, porque ainda não há. Mas quase que adivinho. Quanto à primeira parte da questão, considero que, independentemente de ser o momento ou não, algo que já refutei, supra, como impensável, penso que não devemos vender património ao desbarato, muito menos para pagar dividas, e se não for ao desbarato, devemos vender apenas o estritamente necessário ao desenvolvimento urbano e social da nossa cidade. A base de licitação é manifestamente baixa, considerando, principalmente, estes terrenos serem o pouco que resta pertença do Município, nem me parece que o “lucro” da venda reverta para obras de cariz urgente!
Sou da opinião que Oliveira de Azeméis tem as melhores infra-estruturas para um centro comercial da Região Entre Douro e Vouga, como seja, todo o seu centro urbano, cujas características naturais são de qualidade superior, propícias ao comércio de rua (apreciem por ex. as fachadas da rua pedonal), bem como considero que os Shopping’s situados em edifícios fechados começam a cair em desuso, mormente em concelhos longe dos grandes aglomerados populacionais.
Realço o exemplo da cidade de Braga, cuja autárquica resistiu sempre à abertura de Shopping’s no centro urbano e tem um dos mais fortes comércios de Portugal ou de quase todas as cidades da Espanha e da Europa Ocidental e Mediterrânea em que a vida é cada vez mais feita na rua e menos em recintos fechados.
Por último, não se pode deixar de considerar que o “futuro” Shopping se situará paredes-meias com o “Rainha”, exemplo vivo do que aqui acabo de afirmar.
Sou da opinião que a Autarquia deverá continuar a lutar por um comércio tradicional forte e moderno, procurando encontrar formas eficazes de cativar as grandes marcas a se instalarem no centro urbano de Oliveira de Azeméis, recuperando o prestigio e a dinâmica doutros tempos, que para muitos se encontram imemoriais nas suas boas recordações.
É nos momentos de crise que se descobrem os valentes e os audazes, em não ceder à decisão fácil e imediata, onerando o futuro irremediavelmente.
Quanto ao resto, Meus Amigos, o resto é politiquice barata.
Um abraço e boas férias!
A questão da instalação de um centro comercial no centro da cidade tem a mesma génese e a análise da questão segue o mesmo prisma.
Em primeiro lugar, coloca-se a questão se o concelho, se a cidade precisa de um centro comercial, fechado, congregando novas e modernas sinergias? Um espaço comercial que possa agregar melhores condições de lazer e de comércio, como os novos Shopping’s que conhecemos, como por exemplo restaurantes de fast food, cinemas, “brincolands”, lojas de marca, lojas de conveniência, etc. etc. O mesmo é perguntar se os Oliveirenses reclamam e anseiam esse tipo de infra-estrutura. E se com isso, o comércio e a “dinâmica urbana” de Oliveira de Azeméis saiem beneficiados.
À priori, pode parecer difícil responder a essa questão, mas se analisarmos com atenção, chegaremos facilmente à conclusão que não. Não, Oliveira de Azeméis não precisa de um espaço comercial destes. Não precisa, não quer, nem deve querer.
Critico, desde logo, a mentalidade daqueles que defendem que S. João da Madeira tem, ou vai ter, e nós não. Porque esses, por um lado, são os primeiros a frequentar S. João da Madeira, ao contrário de mim, que não ponho lá os pés, e por outro, porque sou daqueles que defendo que Oliveira de Azeméis se deve (e pode) impor pela diferença. Porque só pela diferença, pela excelência da diferença podemos granjear evoluir.
Em segundo lugar, as questões financeiras. Bom, surge evidente que esta pode ser uma oportunidade para a Autárquica encaixar algum capital extra, que tanto faz falta aos cofres municipais. E surge evidente que o negócio apenas pode ser efectivamente rentável se, em conjunto com o terreno contíguo ao Largo Luis de Camões, se alienar o terreno do parque de estacionamento. Como surge evidente que o terreno do parque dificilmente será (excepcionalmente) rentável, se for alienado isoladamente.
A questão está em saber, se este é o momento. E se a solução preconizada para o local é a que melhor se adequa às necessidades da população.
À segunda, não respondo porque não conheço nenhum projecto aprovado, porque ainda não há. Mas quase que adivinho. Quanto à primeira parte da questão, considero que, independentemente de ser o momento ou não, algo que já refutei, supra, como impensável, penso que não devemos vender património ao desbarato, muito menos para pagar dividas, e se não for ao desbarato, devemos vender apenas o estritamente necessário ao desenvolvimento urbano e social da nossa cidade. A base de licitação é manifestamente baixa, considerando, principalmente, estes terrenos serem o pouco que resta pertença do Município, nem me parece que o “lucro” da venda reverta para obras de cariz urgente!
Sou da opinião que Oliveira de Azeméis tem as melhores infra-estruturas para um centro comercial da Região Entre Douro e Vouga, como seja, todo o seu centro urbano, cujas características naturais são de qualidade superior, propícias ao comércio de rua (apreciem por ex. as fachadas da rua pedonal), bem como considero que os Shopping’s situados em edifícios fechados começam a cair em desuso, mormente em concelhos longe dos grandes aglomerados populacionais.
Realço o exemplo da cidade de Braga, cuja autárquica resistiu sempre à abertura de Shopping’s no centro urbano e tem um dos mais fortes comércios de Portugal ou de quase todas as cidades da Espanha e da Europa Ocidental e Mediterrânea em que a vida é cada vez mais feita na rua e menos em recintos fechados.
Por último, não se pode deixar de considerar que o “futuro” Shopping se situará paredes-meias com o “Rainha”, exemplo vivo do que aqui acabo de afirmar.
Sou da opinião que a Autarquia deverá continuar a lutar por um comércio tradicional forte e moderno, procurando encontrar formas eficazes de cativar as grandes marcas a se instalarem no centro urbano de Oliveira de Azeméis, recuperando o prestigio e a dinâmica doutros tempos, que para muitos se encontram imemoriais nas suas boas recordações.
É nos momentos de crise que se descobrem os valentes e os audazes, em não ceder à decisão fácil e imediata, onerando o futuro irremediavelmente.
Quanto ao resto, Meus Amigos, o resto é politiquice barata.
Um abraço e boas férias!
1 texto muito bem escrito e com uma moral interessante.
ResponderEliminarEspero ouvir uma reaccao publica da gestora da UAC.
Boas-Férias!
ResponderEliminarUm bom texto!
não alinhe com gente fraca!
extra po ex para o independente de cesar dr de loureiro o de ossela o de carregosa empresarios de arroz etc.e o maos no bolso anda no escondido parabens sr presidente continue a camufular(citação)
ResponderEliminarIndependente de cesar?Leiam e vejam a fotografia da "sagrada familia" na ultima edição do c.a.
Este melro é falso como o judas!
Não é por acaso que aparece na foto.... e logo do lado direito!!!!
Como pertenço político (que julga ser) seria melhor dedicar-se ao... bacalhau do Lindolfo!!!
MENTIROSO!
MENTIROSO!
(mas que grande...me saiu este tipo!
VENDIDO!VENDIDO!VENDIDO!
VENDIDO!VENDIDO!VENDIDO!
VENDIDO!VENDIDO!VENDIDO!
VENDIDO!VENDIDO!VENDIDO!
Obrigado, igualmente.
ResponderEliminarAté que enfim... você escreveu alguma coisa de geito!...
Sr. Pedro Marques já é oficial que os responsáveis pela nossa camara decidiram, por maioria absoluta, que o "POVO" quer o shopping. O melhor é irmos de férias antes que saia outra "DECISÂO" !!!!
ResponderEliminarLamentavelmente só hoje se pode comentar.
ResponderEliminarLi um artigo há tempos e fiquei com uma impressão desfavorável do senhor.
Depois deste artigo... EXCELENTE. É pena as vistas serem curtas - ou propositadas - dos 2 partidos que poderão ganhar a n/ Câmara. Li que era militante do PSD. Não sou partidário. Sou inconformado, mas com uma visão social e política de esquerda. Se é PSD, lamento que não seja "aproveitado".Os meus sinceros parabens , mas como está esta Câmara não é possível " VIVER OLIVEIRA DE AZEMÉIS" .
Finalmente que o Dr. pedro Maruqes abriu este seu texto aos nossos comentários.
ResponderEliminarEm primeiro lugar dou-lhe os parabéns pela qualidade e lucidez demonstradas no texto.
Obviamente que há "gato" neste negócio. Por muito que apregoem do interesse deste equipamento, teremos sempre que questionar sobre a oportunidade, o momento em que se divulga (em período de férias) e a forma também. Se é importante porque não são os investidores a investirem, a procurarem e a instalarem-se?
Por último, não deixa de ser curioso que pouco tempo após a criação da UAC (organismo que têm dito, muito importante para a promoção e dinamização do comérico tradicional) surjam com esta ideia.
Esperam-se comentários.
Lamentavelmente só hoje se pode comentar.
ResponderEliminarLi um artigo há tempos e fiquei com uma impressão desfavorável do senhor.
Depois deste artigo... EXCELENTE. É pena as vistas serem curtas - ou propositadas - dos 2 partidos que poderão ganhar a n/ Câmara. Li que era militante do PSD. Não sou partidário. Sou inconformado, mas com uma visão social e política de esquerda. Se é PSD, lamento que não seja "aproveitado".Os meus sinceros parabens , mas como está esta Câmara não é possível " VIVER OLIVEIRA DE AZEMÉIS" (citação)
Gostei o que li!
Parabens!
Como vêm temos gente de "tino" cá no concelho!
Não precisamos de habilidosos,saca-carteiras,oportunistas,bem falantes,maus profissionais,péssimos candidatos a políticos,mafiosos,etc,etc, para conduzirem a "bom porto" um concelho de boa gente, pacífica, ordeira e fundamentalmente amiga!
Não precisamos dos partidos para elevarmos o nível da "nossa terra" em todas as vertentes.
Leram porventura o Artigo do ultimo correio de Azeméis do seu director, Prof.Magalhães?
É muito interessante!
É pena que o sr. Helder Simões, não o publique neste blogue!
É esta falta de critério (isento) que crítico por vezes severamente o sr. Helder!
Um abraço de felicitações pela lucdez do seu texto!
M.
ao anónimo das 4:48
ResponderEliminarO meu obrigado. Pelo facto de ter as minhas convicções políticas contrárias, não sou cego e reconheço valor seja aonde estiver.
O Prof. Magalhães, por exemplo.
Lamento realmente que este blog, por vezes, incorra em " coisas " sem interesse: a notícia do acidente ( provocatória ) e a sondagem ( sem rigor pois, p.e., eu votei 7 vezes )
o MEUS AMIGUINHOS, MAS O PROF. MAGALHÃES É MAIS UM "YES MAN".
ResponderEliminaro MEUS AMIGUINHOS, MAS O PROF. MAGALHÃES É MAIS UM "YES MAN".
ResponderEliminar12:59 AM (citação)
Infelizmente é verdade e é pena!
Mas é verdade!