Os anos 80, por sua vez, fizeram emergir a industrialização da actividade de produção de leite e dos lacticínios. Exemplo disso foi a Proleite e os cerca de 14.000 agricultores e produtores a ela ligados.
Foram anos de crescimento, com fortes subvenções e apoios à produção, por força da entrada na então CEE. A indústria aproveitou esses tempos, em que os subsídios coincidiram com a protecção do nosso mercado. Foi um período de grande expansão para o nosso concelho e populações. Está por medir o fabuloso impacto deste período.
Os anos 90 vieram a alterar a situação. A criação do mercado comum europeu, a partir de 1992, veio expor Portugal, a nossa indústria e a nossa agricultura, à concorrência europeia. Ficámos à mercê, com uma ilusória preparação de meia dúzia de anos, de uma concorrência que já tinha quase 50 anos de vida concorrencial e de subsídios. Eles estavam prontos e nós tivemos que preparar todo um sector em 7 anos. Um sector cujas pedras-base eram agricultores mal-instruídos, impreparados e que iam compensando com o amor à terra a enorme incapacidade dos seus métodos produtivos e das suas rentabilidades.
Os anos 90 trouxeram o declínio e, no final da década, parte desta indústria, para fugir à decadêcncia, acabou por abandonar parte dessa actividade e reestruturar progressivamente o seu negócio, com a fusão da actividade comercial e de distribuição e, depois, por aí fora.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comente o artigo. Logo que possível o mesmo será validado.