sábado, abril 22, 2006

Novas ruas para a vida.

Vale a pena dar um passeio pelas ruas pedonais da cidade. Finalmente, mais de 7 anos e sabe-se lá quanto dinheiro depois, estão prontas as novas e bonitas ruas do centro da cidade, onde os peões são agora a prioridade.
A hora é de dar vida e animação às velhas mas renovadas ruas, para que voltem a ganhar a dinâmica e a magia das antigas artérias, cheias de gente e de comércio, que fizeram o imaginário de grande parte das nossas vidas e marcaram a memória e a identidade da velha vila, agora cidade.
Vamos esquecer, para já, os dissabores dos anos de atraso, as inquietações sobre os dinheiros dispersos e os sobrecustos, os inconvenientes que quase esmagaram os comerciantes locais. Havemos de fazer o balanço e tirar, com inteligência e sagacidade, as lições dessa experiência, dos que são capazes de aprender, embora com a certeza de que as coisas não correram de forma perfeita nem exemplar.
Apesar de tudo, vamos fazer agora a festa e contribuir, com optimismo, para a recuperação da vida de outros tempos. Com saudade, mas prazer.

7 comentários:

  1. Quais foram os dinheiros dispersos e os sobrecustos?

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  2. Associo-me, no essencial, ao que o Rui diz.
    Há cerca de uma década atrás, em artigos de opinião, na imprensa regional, 'reinvindiquei' a reformulação da zona o que para a época parecia ser um sacrilégio.
    Ém relação ao processo de pedonização, como já antes manifestei, não posso concordar com a instalação e a localização de alguns equipamentos, sobretudo, no caso dos 'cavalinhos' que, para além da dúbia utilidade, 'profanam' recantos que são credores de mais dignidade. Quanto aos custos, imagino que o orçamento terá sido largamente ultrapassado.

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  3. Caro RND, se é verdade que houve "inquietações sobre os dinheiros dispersos e sobrecustos" deve esclarecer-nos melhor.
    Caso contrário, corre o risco de lhe ter de chamar o Octávio II, seguindo o caminho daquele conhecido treinador de futebol com o mesmo nome. Falava, falava... lançava suspeitas atrás de suspeitas, dizia que a culpa era do sistema, mas nunca chegavamos a saber o que queria dizer.
    Não acredito que seja como ele. Não quero acreditar.

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  4. permitam-me a achega...
    a obra em causa, segundo as previsões da CM, inscritas no Plano Plurianual de Investimentos, custariam 438 mil euros, dos quais 40% seriam da responsabilidade da autarquia, o que se traduziria numa verba de 175 mil euros.

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  5. Caro Carqueja, não sei o que é o sistema. E não aprecio grandemente o seu Octávio. E já deve ter percebido que não falo do que não sei. Também escrevi no post que esta não é a hora, mas alguém há-de ter que fazer todas estas contas. Não sou eu quem as vai fazer. Não me pagam para isso.
    Mas, como cidadão, exijo clareza e transparência nos processos. O dinheiro público é de todos nós e a coisa pública é muito séria.
    A realidade, porém, é que está por fazer, ou melhor, está por conhecer a dimensão dos custos envolvidos e de eventuais desvios em relação às estimativas e orçamentos iniciais. Aguardemos que as façam e que não seja tudo depositado no lençol comum da dívida do muncípio.
    Mas há situações que não carecem de mais verificação, quanto à sua ocorrência, embora apenas quanto ao montante das mesmas.
    Refiro-me aos inúmeros atrasos, já aqui referidos no blog, aos atrasos sobre os atrasos e à violação de todas as previsões relativas à duração da obra. Foram 7 anos (!).
    Independentemente do maior ou menor impacto destes custos directos e seus encargos financeiros na economia global da obra (isto é, das diversas empreitadas executadas), há externalidades negativas que daí resultaram, acumuladas durante anos, para todos os utilizadores, comerciantes, etc., que foram privados da utilização e rentabilização dos seus activos e fortemente penalizados na sua actividade, por força de tais atrasos (incómodos, perdas de clientela, demoras, poluição, ruído, etc.)Mas, destes, já nem vale a pena esperar pela quantificação, pois esperam que os prejuízos, em danos e lucros cessantes, sejam dispersos por todos os outros (e não por quem "geria" a obra).
    É claro que são obras difíceis, feitas em centro urbano. É claro que o tempo vai trazer benefícios, também a quem suportou encargos e incómodos.
    Mas será que não era possível fazer tudo de forma mais eficiente? Mais rápido, com menos custos, menos incómodos, à custa de melhor planeamento e gestão? Se calhar era...

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  6. Este blog está muito Madeirense. Já não se assinala o 25 de Abril.

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  7. Helder Simões tu que és um filho de Abril, faz lá o discurso oficial a assinalar a data.

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