domingo, julho 16, 2006

Quem mexe no queijo...

Li hoje as notícias da recente apresentação pública do amigo Arq. Gomes Fernandes, em Fajões, sobre Urbanismo - um dos diversos temas em que este admirável conterrâneo é particularmente qualificado.
Surpreenderam algumas das suas afirmações sobre a nova fábrica de queijo da Lactogal e sobre as suas posições sobre a posição da oposição, designadamente o PS, sobre tal matéria.
É compreensível, no que diz respeito à forma, que não esteja a par dos problemas que se puseram neste processo e a forma atabalhoada como o mesmo foi conduzido pela autarquia. É desculpável e plenamente aceitável. Nem sequer preocupa o desconhecimento das posições da oposição -leia-se, PS- sobre o assunto. Também não foram suficientemente claras, como o podiam e deviam ter sido.
Já me surpreendeu a má informação e o desconhecimento que manifestou em relação a alguns dos problemas de fundo em tal questão e que me fizeram recordar que, talvez, lhe fizesse bem fazer umas incursões, via net, aqui pelo nosso blog, onde o assunto, "às três pancadas", acabou por ser mais profundamente tratado por muitos dos nossos bloguistas, do que pela maioria dos responsáveis com poderes para decidir sobre o mesmo.

14 comentários:

  1. Ó Dr. queira desculpar, mas se o Arq. Gomes Fernandes não sabia do que estava a falar melhor era que estivesse calado e continuasse a romancear sobre a gata Matilde e a sua Barqueira. Os estragos seriam menores!
    A mim, vendo as coisas de fora, parece-me que o Sr. Arq. sofre de uma coisa muito feia (mais para um homem da sua provecta idade) que é a chamada dôr de cotovelo. O homem, vaidoso como visivelmente é, achou que ainda podia vir a ser uma grande qualquer coisa e agora constactou que não faz falta para coisa nenhuma e que até os jornais locais (com todos os seus defeitos) já perceberam isso. Ele agora, devia deliciar-se a escrever mais uns romances e a arquitectar qualquer coisa que não a derrocada do trabalho feito! Uma nota final para dizer que louvo o facto de a Drª Helena Terra, que eu saiba não se ter até agora pronuncido sobre as tiradas infeleizes mas voluntárias e direccionadas do Arq..É sinal de que tem muito mais juizo que ele!
    Não concorda comigo?

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  2. Será que o Arq. leu o "Quem mexeu no meu Queijo?"? Espera-se que sim e que por isso perceba a subtil mas inteligente mensagem deste post (brilhante!)

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  3. A posição tomada, da qual também fui responsável, é tão somente uma discordância de local para a instalação desta unidade fabril e o Arq. Gomes Fernandes, por quem sempre nutri grande admiração, cometeu, neste caso, um erro ao pronunciar-se sobre factos que apenas conhece levianamente. Quem pode falar em ampliação de uma unidade fabril quando estamos perante mais de 100 mil metros quadrados? Quem pode falar em terrenos situados em Zona Industrial quando tiveram que ser desafectados terrenos de área florestal? Quem critica, como criticou o Art. Gomes Fernandes, a questão do pessímo urbanismo que se pratica no concelho pode defender a instalação da Lactogal quase no centro da cidade? Como se pode afirmar que se trata de uma guerra quando apenas se defende, neste caso, aquilo que o Presidente da CMOA defendeu em Dezembro e que era saída de toda a Lactogal do local em que se encontra para dar outro fim aqueles terrenos? Como se pode, noutras circunstâncias, como o fez o Arq. Gomes Fernandes, pedir manifestações da opinião pública sobre diversos assuntos e agora vir desvalorizar o abaixo assinado promovido tão somente pelos moradores das redondezas? Se para outros investimentos, é solicitado um parecer da comissão que está a rever o PDM, para se aferir da sintonia entre o que se está a fazer e o que se quer para o futuro, porque não neste caso concreto?
    Enfim, uma série de questões para as quais o Arq. Gomes Fernandes não tem conhecimento de causa e que condicionam as posições de cada um.

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  4. Sobre esta matéria (fábrica da lactogal) já tive oportunidade de expressar a minha opinião e, relativamente à posição de Gomes Fernandes, concordo genericamente com o que é dito, especialmente no que diz respeito às suas contradições sobre o urnanismo em Oliveira de Azeméis...

    Gostaria, porém, de dar a conhecer algumas notas de um parecer da Eng.ª Ana Paula Martins (Directora do Departamento de Gestão, Planeamento Urbanistico e Ambiente da CMOA)que é muito mais cautelosa pelo que, ao contrário do "optimismo" e "inocência" atribuídos pelo Arquitecto ao projecto, num parecer técnico emitido a 6 de Junho, na sequência de um abaixo assinado relativo à implantação da fábrica de queijo da lactogal, refere:

    "(...)está em apreciação pela CCDR-N o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da Unidade Industrial em causa. O EIA considera diversos descritores que têm, no local, a sua materialização própria, de acordo com as características da envolvente."
    "A preocupação dos requerentes (que reputo como absolutamente legítima) de se estar perante uma actividade que poderá implicar efeitos ambentais indesejáveis, tem que ser devidamente estudada no referido EIA e terá que ser demonstrado pelo promotor que inexiste risco."
    "(...) Sugiro por isso que, para completo esclarecimento dos efeitos estimados com a entrada em laboração da referida unidade, bem como das respectivas medidas que irão ser impostas, a CMOA promova a discussão pública desse EIA, articulando com a CCDR-N a oportunidade e a pertinência (não temos, para já, conhecimento de pareceres ou mesmo decisões)."

    Aguarda-se a discussão pública.

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  5. Discussão pública??? aqui a política é do quero, posso e mando!

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  6. se a cmoaz tivesse uma zi alternativa poderia apresentar uma alternativa...o que é que a dita helena pensa sobre este assunto?
    não dá tacho drª!

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  7. Ja agora gostaria de deixar no ar estas questões, se me permitem:
    -Porque é que falharam as negociações da Lactogal com a C. M. de Santarém?
    -Porque é que a unidade de Modivas - Vila do Conde não foi construida na Zona Industrial Loureiro/UL?
    -Porque será que esta de que se fala não vai para aquela zona industrial?
    -porque é que são poucos os que para lá querem ir?
    -Será que a culpa do nosso mau hurbanismo é só da Câmara? Existem planos de ordenamento de território nacionais, ou regionais?

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  8. O anónimo das 7.49 além de laranjona é ignorante e nem sequer a familia sabe disso. "Ó calhau não sabes que a dita Helena já há muito tomou posição pública sobre esse assunto?" "não sabes qual é?" Então meu,fecha a matraca não deixes sair mais me.............. os ignorantes que querem continuar a sê-lo, o único direito que têm é o de estar calados!

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  9. Anónimo das 3:17, controla o nível. Já que gostas de leite, vê lá se começas a tomar um pouco de chá

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  10. o 3:17 nada diz...defende a comunagem como nunca se viu.
    é um boy ao serviço das lenas e cunhas e outras aves raras...mas a questão mantêm-se a trampa da CMOAZ não se mexe está em falência técnica, não faz evoluir a sede do concelho,que é o espelho do nosso atraso...já deveriamos ter um ZI...para que novas empresas se estabelecessem..nada estão algumas a fugir para albergaria e sj de pau...chega de partidarites olhem para a merda que estão a fazer uns na AR à procura de tachos e outros aqui na câmara a encher a pança e a dos amigos (fundação, zitos...)

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  11. A Voz de Azemeis de hoje da um sinal menos a estas zangas entre ex e actuais PS's

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  12. Há coisas que eu adoraria não ter que comentar…
    Ilustre Arquitecto e Escritor, Gomes Fernandes considera, em suma, que se trata de uma questão mais partidária, tanto mais que ainda ninguém provou o impacto ambiental que resultará com a implantação da nova unidade fabril, duvidando mesmo, a ter fé na notícia, que esta estragasse mais o ambiente do que o que já está.
    Por outro lado, iliba de responsabilidade do Sr. Presidente da Câmara, concluído que o urbanismo em Oliveira de Azeméis tem sido desastroso, apelando à participação pública dos cidadãos na melhoria da qualidade urbanística.
    Mas alguém entende isto…?!
    1º A questão não é puramente partidária… não é, nem pode ser. Muitos são os que defendem ou não o projecto, independentemente do partido político que militam; Eu próprio sou militante social-democrata e não me identifico com este projecto! Como já disse, é a maior vergonha!
    Como já defendi, a hora é de mudança e não de repetir erros do passado! E não me assustam os argumentos laborais ou economicistas.
    Perguntam frequentemente o seguinte: Como é que é possível transferir uma empresa inteirinha para outro local? Isso deve ficar uma fortuna!
    De forma muito simples respondo-vos: Perguntem, por ex. à GM – General Motores.
    2º Impacto Ambiental nunca pode ser visto à óptica contemporânea, mas antes procurar visualizar prospecções de evolução futura. O que pode hoje não ter impacto, amanhã poderá ou terá de certeza.
    “Tudo começou no inicio de Setembro de 1981, numa manifestação em Viana do Castelo contra a construção de uma “Central de Carvão”, na Amorosa…”, assim começa A BARQUEIRA, com preocupações de índole ambiental, manifestadas por um grupo de jovens, que o Escritor decidiu dar conteúdo, e imortalizar em obra.
    Mas alguém acredita que a implantação de uma obra destas não terá impacto ambiental. Não esqueçamos que Ambiente não é o contrário de poluição atmosférica. Ambiente acolhe vertentes sonoras, visuais e urbanísticas, que vão muito para além daquela.
    Mas pior é a mentalidade de que se expressa na posição de que pior não fará. Como é que é?! Parece que mais vale aceitar o prejuízo a procurar novas soluções… não, não sou dessa opinião. Não aceito que por causa de uma empresa se prejudique uma cidade… não aceito que pela ignorância das mentes que deveriam solucionar, se obrigue uma cidade a permanecer na pobreza do passado. Não aceito, mesmo que essa indústria pagasse por esse erro… dentro do mesmo princípio de que uma qualquer indemnização nunca será suficiente para pagar uma vida.
    Basta de hipocrisias… este país precisa de gente empreendedora, de empresários audazes, no fundo, de empresas fortes e concorrenciais, mas precisa principalmente de homens de coragem para encarar o futuro com rectidão, com firmeza de convicções, com capacidade de tomar decisões em prol do progresso harmonioso e sustentado: PORTUGAL PRECISA DE HOMENS POLITICOS! MAS MESMO ESTES PRECISAM DO POVO AO SEU LADO.
    E, meus amigos, por muita coragem que se tenha, não é possível decidir muitas vezes, sem o apoio da população, sem a incondicional predisposição para sustentar uma tomada de posição firme.
    Eu pergunto: Como é que o Sr. Ápio Assunção, Presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis, pode resolver o assunto, a favor do Urbanismo, do Ambiente e Qualidade de Vida, se até hoje não se sente a vontade dos Oliveirenses nesse sentido.
    Ai sim, já estou de acordo com o Exmo. Senhor Arquitecto… é preciso participação cívica… E o que é que se passa concretamente em Oliveira de Azeméis? Cada um colhe o que semeia, o que hoje se está a colher é falta de qualidade de vida, falta de estratégia sociológica urbana… Ah, custa muito dinheiro mudar de local uma empresa?! Amanhã, quero ver quem vai conseguir mudar Oliveira de Azeméis do sítio!!! Porque o sítio, o centro do sítio, já não é Oliveira de Azeméis, é uma grande chaminé de Industria!
    Por isso digo, não exijas dos outros o que tu próprio não fazes!!!
    Por outro lado, prefiro não entrar em mais considerandos sobre os escritos do Sr. Arquitecto, ficando-me por “Precipitados”…
    Por isso, Sr. Presidente da Câmara Municipal, eu, PEDRO MARQUES, sou contra!!
    Escreve aqui também o teu nome!

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  13. Assino por baixo este comentário do Pedro Marques.

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  14. Enfim....quem critica não tem olho nã cara,será que é tão díficil de perceber das vantagens que a Lactogal tem em ter as 2 unidades juntas, a imensidão de recursos que poupa.... se não fosse isso pq escolheria Oliveira....

    Vamos a Apoiar estes projectos, que são as alavancas da evolução dos concelhos...

    Mais Unidades, mais empregos, mais dinheiro, mais investimento, mais evolução....

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