quarta-feira, julho 26, 2006

Museu do Vidro

Enquanto por cá continuamos a aguardar a criação do Museu do Centro Vidreiro, algo que há muito tempo que a autarquia deveria ter promovido, nomeadamente aquando destruição da antiga fábrica do Centro Vidreiro, os interessados poderão sempre efectuar uma visita ao Museu do Vidro Virtual da Marinha Grande.

15 comentários:

  1. Há matéria suficiente para fazer um museu do vidro?

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  2. Se não há matéria suficiente porque se perdeu no tempo. Se não se perdeu e anda por aí, quem a tem, onde estará? A marinha Grande tem apostado nisso, S. joão da Madeira deu visibilidade aos chapéus, Ilhavo ao mar, etc., etc. ...
    E nós vamos ficando na cauda. Será que também é culpa dos Socialistas?

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  3. Se não há matéria que chegue é porque alguém permitiu que o espólio fosse espoliado!

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  4. basta irem à marinha grande e verem que uma grande parte do que é mostrado no Museu é de Oliveira de Azeméis

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  5. A ténue esperança que cheguei a ter sobre a existência de um Museu relacionado com a indústria vidreira em Oliveira de Azeméis já há muito que se desvaneceu.
    Entre outras razões para esse fenecimento, uma houve quando, em entrevista a um jornal local, uma vereadora desvalorizou de todo o tema.
    A (pouca) memória que resta de uma actividade que marcou profundamente Oliveira de Azeméis quer na vertente económica quer social tende a confinar-se a uma referência na obra de Pinho Leal quando atribui a localização da primeira fábrica de vidro em terras do Côvo.
    Embora a memória mais recente sobre o vidro se enfoque no Centro Vidreiro, é de lembrar que, em simultneo, chegaram a laborar mais de uma dezena de fábricas em terras oliveirenses.
    Quem desvaloriza, quem quer ignorar o relevante papel, a riqueza social e humana que a actividade do vidro, sobretudo até à década de sessenta,representou para a sociedade oliveirense não podia ter tomado seriamente o repto de lançar e mobilizar o que fosse necessário para que hoje já existisse uma evidência - chame-se Museu ou outra designação.
    Décadas a fio, directamente ou indirectamente, o sustento de muitas famílias advinha das fábricas do vidro.
    O Centro Vidreiro de Portugal, além do maior empregador da região, teve em paralelo uma actividade social de relevo e até mesmo pioneira para a época. Lembremo-nos da construção (inacabada) do Bairro do Centro Vidreiro. Lembremo-nos da Colónia Balnear, no Furadouro, para os filhos dos colaboradores(e alargada depois aos filhos dos Bombeiros). Lembremo-nos da cedência do Salão de Festas que permitiu a realização de casamentos e outros eventos a famílias que náo dispunham de meios físicos e financeiros.
    Mas também não poderia deixar de referir que, para além da actividade industrial em série, muitas e muitas obras feitas em vidro eram autênticas obras de arte, peças únicas que brotavam pelo sopro e destreza daqueles que à boca do forno, com insuportável calor, colhiam em sua canas a gota de incandescente que em peça haviam de transformar. E que dizer dos hábeis lapidadores, disputados a preço de ouro na bolsa de transferências na concorrência com as fábricas da Marinha Grande ? E que testemunhos temos hoje das excelsas decorações únicas saídas de pincéis conduzidos com fina sensibilidade por um lote de artistas-pintores ?
    A indústria do vidro em Oliveira de Azeméis é / foi um baú de histórias com alegrias e dramas, que talvez nunca se escrevam para conhecimento dos vindouros.
    Já me alonguei.Mas não queria terminar este comentário sem uma outra nota: sem a indústria do vidro não teríamos a importante indústria de moldes na nossa terra. O Centro Vulcano (integrado no Centro Vidreiro do Norte de Portugal) foi a incubadora e o ponto de partida para as então pequenas empresas que ousados operários fizeram nascer.
    Resta-me referir que sou filho de um homem que nunca foi menino proque na idade da escola primária já trabalhava numa fábrica de vidros (em Bustelo e na Marçonça)

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  6. os da lena onde estão?
    os zitos arrebentam com tudo e os da lena ficam passivos...

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  7. Caro Carlos Cunha, não tenho a mínima dúvida sobre a importância da indústria do vidro para Oliveira de Azeméis.
    Mas tenho consciência de tudo o que não foi feito para preservar essa memória e conhecimento e dúvido que, para além da informação, pouca, ainda disponível, muito mais exista. Mas vale a pena tentar saber.
    A indústria do vidro está terminada no concelho. E sou suficientemente realista para imaginar as dificuldades que existem em criar um museu sobre uma realidade orgânica morta. Volto a perguntar: há matéria suficiente para um museu sustentável?

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  8. Os contributos de Carlos Cunha e Rui Nelson deixaram-me a pensar se não será mais interessante pensar-se num museu da industria do molde (dentro da qual se incluiria uma secção da industria vidreira)...

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  9. Meus caros, para isso melhor seria desenvolver um projecto para um Museu da Indústria.
    Mas um Museu que não fosse apenas virado para o passado. Que lançasse também o futuro, as novas tecnologias, o ambiente e o desenvolvimento, as novas industrias e tecnologia, a inovação, etc.
    Esse sim, poderá ser um projecto útil, realizável e que permite incorporar o passado das nossas diversas indústrias.

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  10. Carlos Cunha ,

    Fábrica de vidro na Margonça?

    Ou será a do Cercal?

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  11. obrigado Adelaide.
    O correcto é no Cercal, no local onde agora está uma habitação recuperada.

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  12. Caros Amigos.

    Já tive a oportunida de, em outro espaço me pronunciar sobre o assunto. nessa altura, sugeria, e mantenho, que ainda se poderiam aproveitar as instalações da Fábrica (ex) da Fémina, para criar aí um Museu da Indústria, dado que, duvido que ainda se consiga reúnir um expólio considerável que justifique i epíteto de Museu exclusivo do Vidro.
    Mas nestas coisas, com soi dizer-se, cada cabeça sua sentença.

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  13. Até Santa Maria da Feira aproveitou o pionismo do vidro, abrindo o "Museu do Vidro de Terras de Santa Maria". Li no JN q se encontra em instalaçoes provisorias, mas estao umas definitivas em obras financiadas pelo Estado Portugues (POC _ Programa Operacional da Cultura.
    So OAZ é que deixa morrer as suas raizes e tradições

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  14. Ah! Ha dois senhores, pelo menos, a trabalhar lá eo vivo que sao es-funcionarios do Centro Vidreiro de OAZ. Li-os orgulhosos a falar nesta nova ocupaçao no Jornal de Noticias

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  15. Será que o aparente desinteresse da Câmara tem a vêr com a geminação (que ninguém ainda sabe para que serve) com a Marinha Grande? Ou se calhar serviu... para impedir a criação do Museu do Vidro no concelho.

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