Já não é de hoje que venho contestando a pertinência do Rendimento Mínimo Garantido, agora Rendimento Social de Inserção. Pondo de parte toda e qualquer teoria político-social não podemos deixar de constar com facilidade que os objectivos da lei foram completamente inatingidos, ou melhor infringidos.
Basta-nos deslocarmos aos grandes centros urbanos (e cada vez mais nos pequenos centros periféricos) para verificarmos a abundância de desocupados, de vagabundos e marginais, vagabundeando de um lado para o outro, fumando o seu cigarro enquanto protestam com a vida e aguardam os únicos momentos de regozijo preenchidos com a emoção da “bola”. Outros que se aplicam em actividades de “gestão de espaço”, mais conhecidos por “arrumadores”, e uns outros que preferem áreas mais lúdicas e aproveitam o tempo para vender a sua única propriedade – o próprio corpo.
Depois surgem notícias iluminadas como “em cada cinco crianças uma será pobre” ou outras como “a criminalidade organizada aumentou em Portugal nos últimos anos” ou ainda outras como cerca de 600 crianças abusadas sexualmente em 2007, etc., etc.
A pergunta é óbvia: estavam à espera de quê?! Um país sem bases educacionais, sem politicas sedimentadas na pessoa humana, na socialização das minorias, na captação de novas oportunidades, no apoio de segmentos modernizadores da economia levam inevitavelmente à anarquia, ao desleixo e ao subdesenvolvimento.
Num país de politicas de faz-de-conta, de políticos incompetentes e corruptíveis, que se protegem uns aos outros, em detrimento das reais necessidades da população, que preferem o caminho fácil do imposto ao esforço de encontrar alternativas, que possibilitem uma melhor e mais equitativa distribuição de riqueza, num país destes é fácil encontrar a miséria, a descrença, a desordem, a injustiça, as desigualdades.
Eu pergunto: Onde andam os Homens de Bem? Onde param aquelas nobres e singulares mentes humanas que deixam de lado os seus interesses e buscam incessantemente o progresso e a melhoria das condições de vida dos seus concidadãos? Será que os tempos que hoje vivemos corroeram definitivamente as almas altruístas e o seu elevado sentido cívico? Não quero pensar que sim. Mas que se apodera em mim uma certa descrença e desânimo, não posso deixar de admitir.
Então, e por isso ou também por causa disso, surge a crise, a tão falada crise, a financeira e as outras, a dos países ricos ou em vias de desenvolvimento (sim, porque a dos pobres será sempre crise). E o povo interroga-se: como é que isto é possível, que culpa tenho eu que os estados, os governos, as instituições administrem mal, governem mal, decidam mal. Em nada contribui para a falência do sistema, não posso ser eu pagar a factura, no supermercado, na bomba de gasolina, na água, na saúde, na educação, na justiça, para que outros brinquem aos bancos, brinquem aos governos, e desperdicem num dia o que a generalidade gostaria de ganhar em toda a vida.
Mas depois, depois vem os sábios académicos justificar que as tais politicas que “roubam” os pobres, os trabalhadores, não são culpa de um estado ou agente em concreto mas de um ciclo mundial de recessão. Pior, é que estes senhores, sábios académicos, se encontram entranhados até ao pescoço ao dito sistema falido, deixando quase transparecer que o melhor é nada fazer, porque alguém esta a estudar a milagrosa solução, que será definidamente encontrada com a sua altruísta colaboração.
Por último, lá surgirá o dia das eleições, e o povo é sacudido com uns números que ninguém entende tentando demonstrar uma realizada palaciana ou idílica. E esse mesmo povo, que foi traído, enganado, tornará a votar naqueles tais que faliram o sistema e que não sabem bem como a dita crise surgiu mas que são os únicos com argumentos para a eliminar.
Eles, aqueles ou outros, serão eleitos muito democraticamente pela vontade do povo, que foi traído e enganado e tudo continuará no mesmo, repetindo-se a anarquia, seguida da dita crise. Para aqueles que não sabem, em especial para os que pensam ser políticos, politico quer tão só dizer “aquele que cuida do local, do espaço que o rodeia”; vocação quer dizer “chamado”, “amor”; vocação politica será sem dúvida, então, PAIXÃO PELO ESPAÇO QUE O RODEIA”.
Basta-nos deslocarmos aos grandes centros urbanos (e cada vez mais nos pequenos centros periféricos) para verificarmos a abundância de desocupados, de vagabundos e marginais, vagabundeando de um lado para o outro, fumando o seu cigarro enquanto protestam com a vida e aguardam os únicos momentos de regozijo preenchidos com a emoção da “bola”. Outros que se aplicam em actividades de “gestão de espaço”, mais conhecidos por “arrumadores”, e uns outros que preferem áreas mais lúdicas e aproveitam o tempo para vender a sua única propriedade – o próprio corpo.
Depois surgem notícias iluminadas como “em cada cinco crianças uma será pobre” ou outras como “a criminalidade organizada aumentou em Portugal nos últimos anos” ou ainda outras como cerca de 600 crianças abusadas sexualmente em 2007, etc., etc.
A pergunta é óbvia: estavam à espera de quê?! Um país sem bases educacionais, sem politicas sedimentadas na pessoa humana, na socialização das minorias, na captação de novas oportunidades, no apoio de segmentos modernizadores da economia levam inevitavelmente à anarquia, ao desleixo e ao subdesenvolvimento.
Num país de politicas de faz-de-conta, de políticos incompetentes e corruptíveis, que se protegem uns aos outros, em detrimento das reais necessidades da população, que preferem o caminho fácil do imposto ao esforço de encontrar alternativas, que possibilitem uma melhor e mais equitativa distribuição de riqueza, num país destes é fácil encontrar a miséria, a descrença, a desordem, a injustiça, as desigualdades.
Eu pergunto: Onde andam os Homens de Bem? Onde param aquelas nobres e singulares mentes humanas que deixam de lado os seus interesses e buscam incessantemente o progresso e a melhoria das condições de vida dos seus concidadãos? Será que os tempos que hoje vivemos corroeram definitivamente as almas altruístas e o seu elevado sentido cívico? Não quero pensar que sim. Mas que se apodera em mim uma certa descrença e desânimo, não posso deixar de admitir.
Então, e por isso ou também por causa disso, surge a crise, a tão falada crise, a financeira e as outras, a dos países ricos ou em vias de desenvolvimento (sim, porque a dos pobres será sempre crise). E o povo interroga-se: como é que isto é possível, que culpa tenho eu que os estados, os governos, as instituições administrem mal, governem mal, decidam mal. Em nada contribui para a falência do sistema, não posso ser eu pagar a factura, no supermercado, na bomba de gasolina, na água, na saúde, na educação, na justiça, para que outros brinquem aos bancos, brinquem aos governos, e desperdicem num dia o que a generalidade gostaria de ganhar em toda a vida.
Mas depois, depois vem os sábios académicos justificar que as tais politicas que “roubam” os pobres, os trabalhadores, não são culpa de um estado ou agente em concreto mas de um ciclo mundial de recessão. Pior, é que estes senhores, sábios académicos, se encontram entranhados até ao pescoço ao dito sistema falido, deixando quase transparecer que o melhor é nada fazer, porque alguém esta a estudar a milagrosa solução, que será definidamente encontrada com a sua altruísta colaboração.
Por último, lá surgirá o dia das eleições, e o povo é sacudido com uns números que ninguém entende tentando demonstrar uma realizada palaciana ou idílica. E esse mesmo povo, que foi traído, enganado, tornará a votar naqueles tais que faliram o sistema e que não sabem bem como a dita crise surgiu mas que são os únicos com argumentos para a eliminar.
Eles, aqueles ou outros, serão eleitos muito democraticamente pela vontade do povo, que foi traído e enganado e tudo continuará no mesmo, repetindo-se a anarquia, seguida da dita crise. Para aqueles que não sabem, em especial para os que pensam ser políticos, politico quer tão só dizer “aquele que cuida do local, do espaço que o rodeia”; vocação quer dizer “chamado”, “amor”; vocação politica será sem dúvida, então, PAIXÃO PELO ESPAÇO QUE O RODEIA”.
Aos que não têm, por favor não disfarcem!