quarta-feira, janeiro 21, 2009

Mais Transparência

Um página na internet onde se podem consultar os ajustes directos, ou seja, sem concurso público, das obras e serviços prestadas a instituições públicas. Denomina-se Transparência na AP e numa breve pesquisa ficaremos a saber que o espectáculo musical da inauguração da Praça da Cidade custou 18.000,00 € e o respectivo fogo-de-artifício mais 7.500,00 €. É, como se vê, cada vez mais difícil, esconderem-se as boas ou más obras e compras ao cidadão. Boas consultas.

5 comentários:

  1. não me parece que os valores apresentados sejam motivo de discussão, pois os preços praticados estão abaixo do normal praticados quer pelo artista quer pela empresa minhota. poderá sim discutir-se o propósito e escolha desta programação, mas isso é outra conversa.

    ResponderEliminar
  2. A denominada Transparência na AP por si só não vai contribuir para que os autarcas deste País, os Administradores Públicos e os Governantes façam uma gestão mais cuidada e equilibrada dos dinheiros públicos. Sem me querer dirigir a alguém em concreto, apercebo-me que normalmente “e isto é crónico” não são acauteladas todas as providências no sentido de se efectuar uma consulta prévia e que muita das vezes não é entregue pela oferta mais baixa. Há sempre uma tendência que me parece quase natural de se adjudicar o que quer que seja ao conhecido, ao amigo, etc. Não quero dizer com isto que haja uma intenção de corrupção! Não! Acredito que muitas das vezes não é esta a intenção. Portanto, não me admira que algumas adjudicações ou compras, etc., não sejam tão transparentes como o deveriam de ser! Outra questão que me parece ser importante e que mais contribui para preços (inflacionados) fora dos valores ditos normais é, quem presta o serviço ou vende e sabe que vai receber quando calhar, não me admira que os preços sejam superiores ao seu custo real. Todos sabemos que aqueles que mais têm a receber dos Municípios são seguramente os empreiteiros, eles sabem que mais tarde ou mais cedo acabam por receber, pode demorar anos! Só por isto não me admira nada que os valores sejam inflacionados! São juros sobre juros! Relativamente a inventos, festejos, inaugurações, etc., compreendo “que remédio” que os seus promotores queiram evidenciar perante a opinião pública a obra “ a menina dos seus olhos” que porventura estejam a inaugurar, claro que não se olha a preço e muito menos em ano de eleições! Sempre foi assim e será! No fundo até acabo por tolerar estes procedimentos uma vez que eles (Autarcas) foram eleitos democraticamente! É obvio que eu, e certamente muitos outros achamos que seria de evitar gastos desnecessários. É o orgulho! É a vaidade! Certamente que haverá opiniões diferentes, mas que não deixam de ser tão legitimas com as minhas.

    ResponderEliminar
  3. Caro José Carlos da Silva,

    o facto de se adjudicar ao lado, ao amigo, etc, não quer dizer que não se tenha em conta o valor!!! Por ser meu amigo não lhe vou pagar o dobro!

    Quanto aos empreiteiros, essas obras que fala não podem ser adjudicadas directamente, terão na sua maioria de ir a concurso, certamente!

    Por isso, não tentemos disfarçar o que está à vista de todos... é um roubo!

    ResponderEliminar
  4. Ao comentador das 3:39
    Não estou bem certo a que se refere!? Deduzo que seja relativamente ao terreno em Macinhata da Seixa! Em momento algum quis referir-me àquele assunto. No entanto, nem pelo dobro eu comprava aquele terreno! Portanto, não confundamos as coisas. Peço-lhe que não se aproveite do meu comentário inicial, distorcendo-o, “julgo que involuntariamente”, daquilo a que me referi, e que se restringe unicamente a despesas com compras, prestação de serviços e empreitadas! Já agora também existem pequenas empreitadas que são adjudicadas directamente! Por exemplo: obras de conservações em estabelecimentos de ensino, aquisição e manutenção de equipamentos informáticos, entre outras coisas! Embora não nos apercebamos que são estes “ícones” que absorvem a maior parte dos orçamentos, e que são muitos milhares de euros…basta estarmos mais atentos aos orçamentos e constataremos que se gasta mais em pequenas empreitadas do que nas ditas grandes empreitadas. As grandes empreitadas normalmente são subsidiadas com Fundos Comunitários. Parece-me que aqui o espaço de manobra é muito reduzido. Mas… acho que o legislador deveria de ter mais atenção relativamente a este assunto! Por exemplo: se os terrenos para a construção de arruamentos nas URBES fossem expropriados, os custos das empreitadas “ custo total da obra” ficavam mais baratas não sei se na ordem dos 50%!

    ResponderEliminar
  5. Estou admirado com o que tenho lido?! Em relação aos amigos, conhecidos, isto já não chega! Agora são os tios, os primos e mais alguns caramelos que influenciam os nossos políticos a troco sabe-se lá do quê? Porque será que as grandes empreitadas quando terminadas ultrapassam o seu valor orçamentado inicialmente? Abram os olhos e não queiram confundir o zé-povinho. Se não sabem o que dizem, é melhor não comentar! Não queiram tapar o Sol com a peneira! Não se esqueçam do Metro do Porto, da Casa da Musica que ultrapassaram os valores inicialmente previstos! Isto é apenas alguns exemplos entre muitos milhares que vão sugando os cobres ao hierárquico público. Porque será que são quase sempre os mesmos a ganhar as empreitadas? Será por descrédito das instituições? Lá vem o fiado que nos fica bem caro! Porque será que não se consulta os outros fornecedores para eventual fornecimento de qualquer coisa nem que sejam pregos, computadores, lápis ou outra coisa qualquer? O que vale a esses senhores é que nós falamos, falamos, mas são eles que vão fazendo a merda! Já agora e para terminar, estamos carecas de saber que sem as expropriações os preços m2 são caríssimos tornando o custo final das obras perto do dobro! Temos alguns exemplos: basta fazerem um pequeno exercício de memória!

    ResponderEliminar

Comente o artigo. Logo que possível o mesmo será validado.