Estacionamento

Esta manhã demorei 1,20h para estacionar no centro da cidade de Oliveira de Azeméis. A situação vai de mal a pior: agora já se torna assim bem antes das 9h da manhã. Linda vida esta.

É o resultado acumulado de décadas de mau planeamento e organização do espaço, falta de cultura urbana, crises de crescimento, deficiente política de estacionamento, crescimento urbano fragmentário, ausência de rede de transportes colectivos, mas, sobretudo, má organização e programação de obras.

Não se podem fazer obras no centro da cidade, virá-la num enorme estaleiro, sem ter em conta que a cidade tem que continuar a viver durante todo esse período: são as lojas, o comércio, os que ali vivem e quem a visita. A vida não pode parar!

E quando se fazem obras em ruas abertas, como é o caso, fechadas agora ao trânsito ou às pessoas, devem ser antes preparadas alternativas, melhoradas as ruas envolventes e estudados os estacionamentos, por forma a serem capazes de suportar níveis de serviço e de utilização que excedem o seu uso normal ou para a qual não foram demensionadas.

A preparação de uma obra numa zona viva e em serviço, exige uma avaliação adequada dos impactos dessa execução. Quem tem de circular todos os dias na cidade, sente que tal não aconteceu. "Faz-se e o pessoal que aguente!".

Nada disto foi pensado, nada disto foi dimensionado, nada disto foi organizado nem planeado, pelo menos de forma convincente. Cantando e rindo, lá vai a cidade...