Chega a primavera e a terra ganha diferentes colorações. Não, não falarei do verde e das flores, dos ninhos e das andorinhas. Antes me refiro à animação que trazem para estas terras, as suas gentes de fora, que aqui regressam para férias, visitas, a casa dos sonhos, as famílias.
São os nossos emigrantes. Hoje menos, mas cruzam-se pelas nossas ruas, lugares e aldeias, com as roupas diferentes, estranhas mesmo, os carros com matrículas exóticas, os penteados. É vê-los pela La-Salette, a agradecerem o milagre, mais para Agosto, já em romaria...
Hoje são menos do que foram em décadas passadas. Mas voltam para recordarem e nos recordarmo-nos que continuamos a ser um povo da diáspora.
No presente, misturados com os outros: os novos imigrantes, dos países do leste da Europa. Voltarão estes também para os seus países e famílias, para as suas romarias, a santos igualmente desconhecidos, lá pelas ucrânias, moldávias, as rússias, enfim.
As diásporas de todos os povos, à procura de esperança e de futuro. Saibamos compreendê-los, como desejamos que compreendam os nossos, quando andam lá pelas franças, alemanhas e suiças...
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comente o artigo. Logo que possível o mesmo será validado.