quarta-feira, julho 20, 2005

O Estado das Assembleia Municipais

O Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa insurgiu-se ontem contra os deputados municipais afirmando que  «Há um ou outro deputado que chega aqui, assina e vai-se embora. É só para receber a senha (pagamento por cada presença nas reuniões da AML, no valor de 80 euros), não pode haver outra razão», sustentou, uma atitude que considera «lamentável».

Também aqui o país precisa de reformas. Acabem-se com as senhas de presença e dispenda-se essa verba na criação de condições de trabalho a todos quantos querem tratar da política a sério… Salas de reuniões para a oposição poder receber os munícipes, acesso a informação estatística e comparativa, visitas e trabalho de campo, convites a especialistas para sessões de esclarecimento, etc…

Dos mais de 50 membros da Assembleia Municipal de Oliveira de Azeméis, era interessante fazer um levantamento de quantos não usaram da palavra durante o mandato… Os eleitores merecem sabê-lo…

 

 

6 comentários:

  1. Este espaço pretende ser um blog de opinião e não de insulto gratuito sob a capa do anonimato.
    Mas como vozes de burro não chegam ao céu...

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  2. só não dissestes quais os membros da Assembleia Municipal que nunca nela intervieram porque não te apeteceu. - esta mensagem foi enviada por email de famoa@iol.pt

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  3. Em relação a mensagem recebida pelo endereço da FAMOA, a qual deduzo que tenha sido enviada pelo amigo secretário da Assembleia Municipal António Grifo, cumpre-me dizer que, sob pena de referir uns em deterimento de outros, optei por não nomear nenhum nome... mas fica o desafio... publiquem-se as actas das Assembleias Municipais e das Reuniões do Executivo no Site da Câmara Municipal... seria uma medida do interesse público!

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  4. Novamente da parte de António Grifo...

    Caro Helder:

    Lógicamente que o e-mail foi enviado por mim e só quero acrescentar que tens em teu poder as cópias das actas de todas as Assembleias Municipais realizadas.
    Por essa razão só não te apeteceu nomeares "os não falantes" . - Lançaste "a bola ao ar".
    Quando a uma futura publicação das actas, tenho a dizer-te e sei que tu sabes, que as actas após a sua elaboração, são afixadas num placard existente no hall de entrada das instalações da Câmara sitas no antigo liceu, para que todos os Municipes tenha acesso ao que se discute e decide nas Assembleias Municipais.
    Vá lá, não sejas tão precipitado.!
    Um abraço do amigo
    Grifo

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  5. Este último post merece dois comentários:

    - Achar que a publicação das actas da assembleia municipal no placard da Câmara Municipal é suficiente para que os munícipes as possam consultar é manifestamente pouco. Hoje em dia, com a massificação das novas tecnologias não custa nada disponibilizar tal informação na internet... ou o site da Câmara Municipal serve apenas para promoção das inaugurações!!!
    - Em relação aos que permaneceram calados durante todo o mandato irei fazer uma pesquisa nas centenas de páginas das actas deste mandato. Apenas mais uma nota, numa altura em que se ultimam as listas para os órgãos autárquicos, que os tais "mudos", seja qual for a sua cor partidária, não sejam reconduzidos no cargo!!!

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  6. A política deve ser assumida por quem tem algo a acrescentar à discussão política e nesse sentido é elementar dar voz e espaço a muitos outros cidadãos que o queiram fazer... estou certo que em todos os partidos devem existir outros protagonistas para substituir aqueles que entram "mudos e saem calados". Concordo consigo quando diz que há aqueles que não opinam mas pensam... mas será que me pode dar exemplos desses??? Não raras vezes entro na Assembleia e é ver os envelopes com a documentação ainda por abrir... não leram, não esturam e não prepararam a reunião. Se isto é cidadania e participação na vida da comunidade, então eu é que estou errado.
    No que diz respeito as senhas de presença para as assembleias de voto, também estou frontalmente contra essa medida adoptada pelo anterior governo PS... faz parte dos nossos deveres de cidadão e como tal não devem ser pagos por isso. A título de exemplo - nas últimas eleições um certo partido fez incluir numa mesa de voto uma cidadã, funcionária de um hipermercado e que iria trabalhar ao domingo. O referido hipermercado teve que lhe pagar o dia a triplicar, mas a funcionária não trabalhou... o Estado pagou-lhe perto de 70 € por ter estado numa mesa de voto e ainda lhe deu o direito de não trabalhar no dia seguinte, voltando o hipermercado a ter que lhe retribuir mais um dia de salário sem que a funcionária estivesse ao serviço... Será justo???

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