segunda-feira, julho 11, 2005

EURO 2004

Um ano depois, por muito que se critique a construção dos estádios, sobretudo por não estar assegurada a sua manutenção futura, o EURO 2004 realizado em Portugal no ano transacto, teve um sucesso enorme, desportivo mas não só.
Poucos dias depois do seu fim, atravessei o Atlântico e fui para os Estados Unidos para estudar numa Universidade. Na minha turma, com pessoas oriundas de 32 países diferentes, o EURO e Portugal eram comentados por todos. À custa disso, tornei-me, logo no primeiro dia, a pessoa mais popular do curso. Americanos incluídos. As jogadas da nossa selecção, os dramas dos jogos, a excelência dos golos, mas também o carinho das pessoas, a hospitalidade dos portugueses e, sobretudo, a credibilidade de um pequeno país do extremo da Europa em assegurar a realização de um evento tão grande com a qualidade e dimensão do EURO, foram repetidos e confirmados em inúmeras conversas. Por americanos, australianos, egipcios, suecos, coreanos, nigerianos, sul-africanos e por aí fora. Tirando aqui, os nossos "velhos do Restelo"...
No nosso país, tristemente, não há ideia do enorme impacto planetário que o EURO 2004 teve para Portugal e para a melhoria da nossa imagem colectiva. Com impactes muito difíceis de quantificar. Os jogos foram vistos e o país falado, por todo o lado, em todos os continentes e todas as raças.

3 comentários:

  1. Caro Zé das Iscas: à custa da Índia, do ouro do Brasil e dos fundos da CEE, Portugal viveu alguns dos momentos melhores da história colectiva. No que respeita a progresso, desenvolvimento e bem-estar social. O problema foram as indias que não descobrimos, os brasis que ignorámos e as europas que negligenciámos. Os países, como as pessoas, costumam perder mais com o que não fazem do que com aquilo que fazem. A manutenção dos estádios, concordo consigo, é um problema mais sério. Mas depende sobretudo da incapacidade e falta de arrojo das entidades que os gerem, mais do que dos estádios em si mesmos. É o nível dos dirigentes dos nossos clubes.

    ResponderEliminar
  2. Sejam bem-vindos, Fajoenses! Terra de gente que não se deixa vergar...

    ResponderEliminar
  3. Caro Zé das Iscas, infelizmente, tenho de concordar consigo. Referi-me de forma elogiosa ao povo de Fajões, cujo carácter aprendi a apreciar. Mas é igualmente verdade que há uma situação de conflito político, institucional, excessivamente personalizado, que ultrapassou largamente os limites do respeito e do bom senso no relacionamento entre as pessoas. Há uma situação patológica, de relacionamento doentio entre pessoas (não me interessa de quem é a culpa), que era bom terminasse definitivamente. Mas era completamente injusto querer atribuir tal situação e responsabilidade às gentes de Fajões.

    ResponderEliminar

Comente o artigo. Logo que possível o mesmo será validado.