Li a longa entrevista de Ricardo Tavares ao jornal "A Voz de Azeméis" (nº1264, de 21.Abril). Li, porque sou seu amigo e porque me interessou o título da entrevista (supra). A ortodoxia formal do PSD nunca faz as coisas por fazer. Há sempre uma razão.
Decidi então debruçar-me sobre a (extensa...) entrevista do líder do PSD na Assembleia Municipal. Os conteúdos são os mesmos. As cassetes do PSD e da Câmara Municipal, em versão oficial e autorizada. A abordagem da "obra feita", como vem sendo hábito, ilustrada por uma fotografia do que se supõe ser uma estrada. Intransitável.
Ricardo Tavares tem sido um caso único no PSD de Oliveira de Azeméis. Tem tanto de boa pessoa como tem de sentido de obediência e disciplina, embora muitas vezes acrítico, em relação às políticas do seu Partido. Já para não falar dos serviços e congratulações infindáveis com que tem pintado o pano, frequentemente crú e estéril, do trabalho dos executivos do seu Partido.
Faz com fé e convicção. Mesmo quando só ele próprio parece acreditar naquilo que diz. Mas, verdade se releve, o PSD não tem ninguém como ele, nem com a sua utilidade.
A entrevista, no entanto, vale pelo seu título, em primeira página: "SENTIDO DE OPORTUNIDADE". Neste caso, em dobro.
Primeiro, porque é uma entrevista de estabilidade e união, que sai a público no dia em que o PS tem eleições internas, com duas listas em oposição directa.
Segundo, pela oportunidade em dar rosto e voz a um (novo) itinerário na vida política de Ricardo Tavares dentro do PSD local.
Será assim, ou foi apenas um pequeno erro de "casting" e alinhamento, tolerado pela máquina política do PSD?
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