As eleições legislativas evidenciaram que o concelho votou como o país. O PS obteve uma vitória clara, tendo obtido 44,48% dos votos, contra os 34,68% do PSD.
O PS venceu em 12 freguesias, contra as 6 vitórias do PSD (1 empate em Ossela). O Bloco de Esquerda triplicou a votação, atingindo 4,72% dos votos. O CDS/PP perdeu quase 1/4 dos votos, baixando para os 8,82%. A CDU aumentou ligeiramente a sua votação, com 2,60%, bem abaixo, ainda assim, da média nacional. O PND ganhou, por sua vez, o campeonato dos partidos com micro-votações, com os seus 424 votos, roubados por certo ao CDS/PP. O concelho votou também à esquerda, como o país.
O discurso da gratidão e do reconhecimento feito pelo PSD e Hermínio Loureiro, falhou. Não foi por causa de Hermínio Loureiro, mas apesar dele e da sua campanha recheada de meios, que não evitariam a derrota.
O discurso da obra feita, diga-se, em abono da verdade, muita dela da responsabilidade de outros e parte dela ainda em protocolos e papel, deram em nada.
A campanha com jornais, fotos institucionais, propaganda de toda a forma e feitio, jogadores da bola, o Pelé e o Eusébio, até a imagem e o logotipo do EURO 2004, tudo serviu para dourar a pílula da candidautra de Hermínio Loureiro e do PSD. Nada resultou. Mas lá que se empenharam, empenharam.
Por último, os oliveirenses ajudaram a eleger Helena Terra, directamente para a Assembleia da República, facto que pela primeira vez acontece na história eleitoral do concelho. Ainda por cima, será ela a representar a maioria e Hermínio a oposição. Quem diria?
Acabará agora o mito concelhio de que só o PSD dá vitórias e ganha eleições?
Esperemos que sim, que sirva de uma vez para acabar com o estigma dos coitadinhos e ajudar, em definitivo, a mudar os rostos e a face política do concelho.
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