O plano e as obras do largo no Gemini, no coração da cidade de Oliveira de Azeméis, ameaçam converter-se num "case study" de como (não) deve(m) ser geridos processos de decisão pública.
Para lá de décadas de não decisão sobre a utilização daquele espaço (estratégico) na cidade, foi o estranho relacionamento com o Museu Regional (detentor dos terrenos), foi a ausência de um estudo económico e financeiro credível que sustentasse a viabilidade da exploração da obra, foi a falta de uma análise rigorosa em termos de comparadores que sustentassem uma (boa) decisão pública e, sobretudo, foram os enganos e atrasos patéticos no lançamento do projecto para a execução e exploração do espaço e seus equipamentos.
Concursos lançados, concursos desertos, indecisões e atrasos. A título de exemplo, um dos frustrados programas de concurso, previa a hipótese de variantes às propostas, que pudessem antecipar em dois meses (!) a conclusão da obra. Só que se esqueceram de fazer o resto das contas e não apareceram propostas. Lá se foram os dois meses e tudo recomeçou de novo.
Como isto não chegava, veja-se agora a pressa em mostrar obra, que levou à sobre-utilização das ruas adjacentes, provocando permanentes constrangimentos à boa circulação de tráfego, estacionamento indevido e o caos subsequente.
Para quê? Mostrar obra para as eleições de 20 de Fevereiro?
O filme terá uma saga, em regime de Parte II, lá para mais perto das eleições autárquicas, com a inauguração do espaço. Aguardemos pela sua exibição, num cinema perto de si!
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