Ricardo Tavares, vereador com os pelouros do planeamento e urbanismo, responsável pelo departamento de obras particulares da CM de Oliveira de Azeméis, em entrevista ao jornal "A Voz de Azeméis", de 2005.10.20, sob o título "Acabou a Era do Vale Tudo", assegura vida nova para todas aquelas áreas da gestão municipal.
Da leitura da longa entrevista bem como do seu título, emerge alguma perplexidade. Por um lado, porque manifesta uma nova vontade de pôr ordem na selvejaria reinante nos processos de ordenamento e ocupação do espaço. Por outro lado, porque assume-se aquilo que a oposição e muita gente andou a afirmar, durante muitos anos, sobre a forma como aquelas questões (não) eram geridas no município. Pode ser que agora se acredite que é preciso "arrepiar caminho". Vamos aguardar, com optimismo.
Caro Rui,
ResponderEliminartambém subscrevo o seu comentário, após ter lido a 'politicamente incorrecta' entrevista. No entanto ficamos sem saber o que e como 'tudo valia'...
Eu não sou engenheiro nem arquitecto..se fosse, teria as orelhas a arder e muito. Afinal, segundo o entrevistado, serão 'culpados' de muita coisa...Assim mesmo, tudo no mesmo saco.
Gostei particularmente deste trecho, que não posso deixar de transcrever aqui, pois também já foi alvo destas tentativas de ganhar dinheiro por parte dos técnicos da Câmara...
ResponderEliminar"Muitas vezes, o técnico até sabe que o processo não poderá ser licenciado, mas aceitam o caso para ganharem dinheiro e acabam por dizer ao cliente: "Você conhece alguém na Câmara? Arranje lá uma cunha"... Temos centenas de casos cuja resolução se apresenta como extremamente difícil, mas também não queremos indeferir de imediato, pois o munícipe também assume compromissos, por exemplo, para fazer a sua casa, os seus anexos ... porque o técnico lhe tinha dito que seria possível, se ele ‘conhecesse alguém na Câmara’, lhe tinha dito que ‘é problema da Câmara’ ...
Não se chama a isto, dar um tiro nos pés? :)
Saúdo o interesse que o meu post evidenciou. Não pelo post, mas por terem lido a entrevista. Essa sim, é importante. Os técnicos que o ilustre vereador refere, não são os da CM, mas sim os promotores privados. Parece-me que é a esses que o entrevistado se refere. Aliás, seria gravissimo que ele se estivesse a referir a técnicos da Câmara. O que pode levantar confusão, e essa não é uma questão ali analisada, é se há técnicos da CM que, em actividade privada, acumulam funções de promoção técnica de projectos privados! Mas a entrevista não esclarece esse aspecto essencial. De resto, saúdo a coragem política do vereador, independentemente da experiência. Desde que ele saiba o que está dizer. E espero, para bem de todos, que não perca essa coragem!
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