Este ano a campanha autárquica do concelho, no que respeita às opções gráficas e de exposição da mensagem política, apresentam o mesmo traço comum: cartazes, pendões, panfletos, programas e autocolantes são servidos e forrados com muitas caras, muitos rostos.
Essa é a opção de todas as candidaturas e de todos os Partidos. As caras dos candidatos estão penduradas e coladas por todo o lado. Opção comum a quase todos (PSD, PS, CDS/PP,PND,...).
Os Partidos preferiram os rostos às palavras; as caras às ideias. Esta é uma mensagem muito mais directa, sem dúvida. Não digo o que sou, mas digo quem sou; Não digo o que penso mas assumo que não penso nisso; Se querem pedir contas, não me escrevam: peçam ao tipo das "fuças" penduradas no cartaz.
Confesso que me atrai este tipo de campanha, personalizado. Fulanizado. É preciso que quem se candidata, se assuma. Plenamente. Mas também é preciso saber o que assume, afinal! Não basta dar a cara. É preciso saber pensar e saber dizer o que se pensa. E isso parece esquecido. Tenho lido os programas e propostas eleitorais dos candidatos e, devo confessar, vivem todas no mesmo paradigma. Com diferenças, é certo, mas no mesmo hemisfério. Daí que seja importante mostrar as pessoas. A política é feita de pessoas e para pessoas.
É claro que "palavras, leva-as o vento". Mas será que "quem vê caras, ... vê corações?"
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