quinta-feira, abril 14, 2005

Assimetrias Regionais dão que pensar?

Excerto de um Estudo sobre Assimetrias Regionais...

De acordo com o INE, entre 1995 e 2002, agravaram-se significativamente as assimetrias regionais em Portugal. Neste período, a riqueza criada no nosso País (PIB) aumentou em 47.507 milhões de euros. Deste acréscimo de riqueza, à região Norte, com 35,3% da população, coube apenas 25,6%; à região Centro, com 17,3% da população, coube somente 14,3%; à região de Lisboa e Vale do Tejo, com 33,5% da população do País, que já era a região mais desenvolvida, ficou com 46% do acréscimo da riqueza; ao Alentejo, com 5,1% da população, coube apenas 3,8% do acréscimo de riqueza; ao Algarve, com 3,8% da população, ficou com 4,9% do acréscimo de riqueza; ao Açores, com 2,6% da população coube somente 2,1% do acréscimo de riqueza e, finalmente, à região da Madeira, com 2,4% da população, ficou com 3,3% do acréscimo da riqueza verificado no período 1995-2002.

Como consequência desta repartição desigual do aumento do PIB entre 1995 e 2002, a parte da riqueza criada no País (PIB) que cabia à região Norte diminuiu de 30,1% para 28,4%; à região Centro manteve-se praticamente a mesma pois passou de 14,1% para 14,2%; à região de Lisboa e Vale do Tejo aumentou ainda mais de 43,7% para 44,5%; à região do Alentejo desceu de 4,4% para 4,2%; à região do Algarve aumentou de 3,5% para 4%; `a região dos Açores praticamente estagnou pois passou de 1,8 para 1,9% e à região da Madeira aumentou de 2,4% para 2,7% do PIB do País.

Vale a pena discutir???

1 comentário:

  1. Vale sempre a pena discutir. Ciclicamente, vamos constatando os efeitos do modelo de desenvolvimento que temos em Portugal. Desperdiçámos uma excelente oportunidade para começar a dar a volta a isto. Foi a regionalização. Agora queixamo-nos. Mas há quem queira este modelo. Aqueles que dele beneficiam, que dele se alimentam. E que vivem bem com ele: à direita e à esquerda, públicos e privados, a norte e a sul. Cada um tem o que merece?

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