quinta-feira, agosto 30, 2007

Negócio do shopping (parte II)

Depois de uns dias de descanso, eis que o regresso fica marcado por novos desenvolvimentos no que concerne à alienação dos terrenos para instalação de um shopping.
Ao lermos o comunicado constante no site da CMOA, ficamos com a ideia de que a receita para os cofres do Município se situarão acima dos 2,5 milhões de euros, algo que não será bem assim pois:
1 - Indemnização à empresa CostaParques, Lda
A empresa já assumiu perante a CMOA que não vê inconvenientes em deixar de explorar o parque Abílio Campos, propondo que em compensação venha a ser alargado o prazo de concessão. Digamos que é uma solução razoável e que não terá grandes custos desde que o prolongamento seja equilibrado. No entanto, exige uma indemnização de 64.130€ pelas infra-estruturas criadas no mesmo e que deixarão de ter utilidade (pavimentações, pinturas, cabine, etc..)
2 - Aquisição da parcela, propriedade da empresa Prediaz, Lda, pelo valor de 470.445€, referente a 1800 m2, o que equivale a pouco mais de 260€ m2. Acresce ainda a obrigação do Município autorizar e isentar de todas as taxas, a construção de 10600 m2 a poente da Avenida Abilio Campos (terreno entre o futuro shopping e a fábrica Lactogal).
3 - Aquando da abertura da Av. Abilio Campos e da Rua António Marques, em Setembro de 2001, as mesmas ocuparam uma área de 848 m2 que eram pertença da Prediaz, Lda. Até à data, nunca se procedeu a qualquer aquisição ou doação do terreno. Para viabilizar o negócio do shopping, é exigência da Prediaz, Lda, uma indemnização pela ocupação dos referidos terrenos, no valor de 230.000 €. O curioso é que a avaliação dos terrenos é efectuada no mês de Agosto de 2007, considerando todas as infra-estruturas existentes no local. No entanto, na data da ocupação dos terrenos, os mesmos valeriam bastante menos pois o local não tinha as infra-estruturas que hoje possuiu.
Ou seja, aos 2,5 milhões de euros que o Município pretende receber pela venda dos terrenos, teremos que deduzir, directamente, os 64.130€ à empresa Soares da Costa e 700.445€ à empresa Prediaz, Lda e indirectamente, os custos pelas duas Assembleias Municipais Extraordinárias (dia 8/8/2007 e a do próximo dia 6/9/2007), a não arrecadação da receita das taxas e licenças referentes à construção indicada no ponto 2 e os custos com a prorrogação do prazo de concessão do estacionamento.
Em suma, de 2.500.000 €, temos já, bastante menos de 1.735.425€
Será um bom negócio?

terça-feira, agosto 21, 2007

Hospital - Contentores já estão no local

Os contentores que, provisoriamente, irão albergar o serviço de urgências do Hospital S. Miguel, já se encontram instalados, mas ainda não se encontram ao serviço.
Só espero que os dois meses anunciados para obras de requalificação do espaço não se tornem numa eternidade, para bem de todos aqueles que necessitam de recorrer aos serviços de urgência.

segunda-feira, agosto 20, 2007

Presidente da Galp em entrevista

O Diário Económico de hoje, traz um entrevista com o Presidente da Comissão Executiva da Galp, Eng. Ferreira de Oliveira. Nada de anormal, até ao momento que em o mesmo, a uma questão sobre literatura, responde:
Sou de Oliveira de Azeméis e não há ninguém que seja de lá que seja insensível ao Ferreira de Castro. Os meus pais foram emigrantes e eu também fui emigrante. Li toda a sua obra.
Confesso que desconhecia as origens deste gestor de topo e fiquei agradavelmente surpreendido com a resposta.

Colisão de três carros provoca oito feridos

Oito feridos, quatro dos quais em estado grave, é o resultado de um acidente de viação ocorrido, na tarde de ontem, no Itinerário Complementar (IC) 2, ao quilómetro 262, na freguesia de Macinhata da Seixa, Oliveira de Azeméis. Entre os feridos graves encontram-se duas crianças.
O acidente terá sido provocado por uma ultrapassagem de um condutor que se colocou em fuga . Os acidentes no IC2 sucedem-se a grande ritmo, mas os responsáveis pela Estradas de Portugal (EP) não se mostram convencidos da perigosidade daquele percurso. Segundo testemunhas do acidente, registado pelas 15.30 horas, terá ocorrido depois de um condutor, que seguia no sentido norte/sul, ter efectuado uma ultrapassagem que o obrigou a deslocar-se para a faixa contrária. Ao ser confrontado com o veículo em contramão, um outro condutor, que seguia no sentido sul/norte, acabou por se despistar e embater em duas viaturas.
Do choque resultaram oito feridos, entre os quais as duas crianças naturais de Loureiro, que seguiam na mesma viatura.Um helicóptero do INEM foi destacado para o local, mas quando este lá chegou já os feridos tinham sido conduzidos em ambulância para o Hospital S. Sebastião, em Santa Maria da Feira. O carro do condutor que se colocou em fuga foi identificada pelas autoridades.
O troço do IC2 entre S. João da Madeira e Oliveira de Azeméis tem registado, desde o início do ano, um número recorde de acidentes. Nos primeiros meses de 2007, morreram três pessoas, tantas as que morrerem em todo o ano passado e várias dezenas ficaram feridas. Estes factos levaram vários autarcas a pedir intervenção da EP. A vice-presidente do grupo parlamentar do PS, Helena Terra, chegou mesmo a solicitar ao responsável pela EP do Centro, Joaquim Rosa, que considerasse a possibilidade de se colocar um separador central na via, como uma das medidas para diminuir a sinistralidade. Mas, na resposta, Joaquim Rosa não se mostrou receptivo a esta intervenção, considerando que os acidentes têm a ver com actuação dos condutores e não com a estrada.
In Jornal de Notícias, 20 de Agosto de 2007

Bombeiros em prontidão


O verão tem sido bastante tranquilo para os Bombeiros.
As temperaturas este ano não atingiram os valores anormalmente elevados registados em anos anteriores e os níveis de humidade continuam favoráveis para os soldados da paz. No entanto, o nível de prontidão continua no auge, como prova a foto retirada ontem, na Helipista de Vale de Cambra.
Só se espera que continuem apenas de prontidão e que não tenham que actuar.

domingo, agosto 19, 2007

A cultura local ficou mais pobre...

Infelizmente, o acidente ocorrido na semana passada, que envolveu uma viatura municipal, e que trazia de regresso a Cucujães a artesã que representava o concelho na FARAV, teve uma consequência trágica.
A artesã, que foi transportada para o Hospital, veio a falecer dias mais tarde. À família, as mais sinceras condolências.
O concelho ficou mais pobre pois perdeu a única pessoa que se dedicava às sacas de tiras, uma referência do artesanato de Cucujães e do Concelho.

sábado, agosto 18, 2007

Amor não correspondido

Fotos tiradas em Julho de 2007



Há um ano foram inaugurados, com toda a pompa e circunstância, os arranjos do Largo do Faial mas não sei sinceramente o que terá levado a tamanha encenação. Não vejo que a colocação de lancil a contornar os vários recantos e a inauguração de um parque infantil com piso de areia seja realmente um evento para trazer o Sr. Ápio e o Sr. Hermínio a Loureiro. Ainda para mais, para inaugurar uma obra que está longe de estar acabada. Talvez antes das autárquicas de 2009 sejam ajardinados os canteiros onde agora crescem ervas daninhas. Se tivessem vindo dar inicio às obras de arranque do saneamento ou da segunda fase da distribuição de água. Se tivessem vindo trazer uma solução para a casa onde viveu D. Frei Caetano Brandão. Se tivessem vindo informar que estão concluídos os planos de pormenor das zonas industriais. Eu aplaudia. Mas não, pois obras de referência em Loureiro, nem vê-las. Tudo se tem resumido maioritariamente a uns alargamentos e a uns alcatroamentos pontuais. Cada vez me convenço mais que para a nossa câmara, Loureiro é “filho” ilegítimo. Tudo nesta terra se espera há décadas e quem considerar que isto é exagero da minha parte me enumere os grandes investimentos que têm sido feitos em Loureiro além do edifício da Junta de Freguesia e dos 50% da rede de água já existente. E se não existissem eleições de quatro em quatro anos, então era bem pior a situação. Os loureirenses mais cedo ou mais tarde vão punir este comportamento. Para bem de Loureiro, para bem dos loureirenses. Ou será que os autarcas PSD responsáveis por este abandono pensam que o partido ganhará aqui eternamente? É também caso para afirmar que o que se passa entre a maioria dos loureirenses e os autarcas camarários que nos têm governado é mesmo um caso de amor não correspondido. É que os votos que tão afincadamente são dados ao PSD não têm tido o retorno merecido.

sexta-feira, agosto 17, 2007

Sem título!

Quebrei uns minutos das minhas férias para Vos falar.
O Ano 2007 marcará irremediavelmente a história das festas da cidade de Oliveira de Azeméis.
Foi com enorme tristeza que recebi a notícia de vitimou fatalmente a pequena Micaela, na “Festa de La Salette”. Considero que não é o momento de procurar culpados, mas de chorar a perda e rezar pelos seus familiares, que sofrem uma dor inigualável.
Oliveira de Azeméis está de luto.
Contudo, não posso deixar de manifestar a minha indignação por alguns factos. Acautelem-se aqueles que pensam que não digo o que penso por razões partidárias ou afins (não sou desses):
O QUE VI NO PARQUE É MONSTRUOSAMENTE VERGONHOSO!
Falta de organização, falta de rigor na atribuição de espaços e pior ainda, muita falta de qualidade.
Os divertimentos ai existentes mais pareciam saídos de um acampamento de ciganos (não desprezando), patenteando muita falta de zelo, equipamentos obsoletos e em péssimo estado de conservação.
Nem uma, repito nem uma daquelas “barracas” deveria estar nas ruas que circundam o parque, e muitas delas, nunca deveriam ter autorização para serem instaladas num raio de 1000 Km de Oliveira de Azeméis.
As Festas de La Salette não são uma qualquer festa de freguesia, nos confins de Arrechousa, mas mais parecia. Independentemente de se tratar de uma festa popular, mundana, pode-se fazer muito melhor, mesmo muito melhor.
O programa de festas é fraco, desequilibrado e antiquado, originando a curto prazo o recesso da juventude às festas.
Pôr no mesmo programa “Roberto Leal” e outro cantor “pimba” é muita falta de visão.
Para não falar nas restantes escolhas.
Com um orçamento daqueles, podia-se e devia-se fazer muito melhor!
Vai-nos valendo a vertente religiosa para manter a tradição e a Beleza das festividades.
Mas até a capela se encontrava fechada cedo demais, quando abria! A capela deveria estar aberta até ao último instante: não esqueçamos que se trata de uma festa religiosa.
Não conheço nenhum membro da Comissão de Festas, e certamente fizeram o seu melhor para que tudo corresse bem, mas às vezes não basta estar presente, estar disponível para ajudar, dando o litro por uma causa. E muitas vezes, não basta ter dinheiro, é preciso saber geri-lo convenientemente.
As fatalidades evitam-se, previnem-se… porque elas acontecem onde menos se espera e deseja. Mesmo sem haver culpados!!
Continuação das férias... possíveis!

quarta-feira, agosto 15, 2007

Astúrias: notas de viagem

Vista do Pico Urrielu (Picos da Europa)


'Elogio do Horizonte', escultura de Eduardo Cillida, Gijón

Passei alguns dias de (merecidas) férias a (re)visitar as Astúrias.
Em e a partir de Gijón (cidade quase três vezes maior que Braga) procurei conjugar a vertente do lazer, do ‘dolce far niente’, com o dilatar da minha bagagem de conhecimentos.
Entre outros, gostaria de partilhar convosco alguns aspectos, como:
O Principados das Astúrias situa-se, em termos económicos, na média da União Europeia (com uma taxa de desemprego na ordem dos 4,5 %
A economia asturiana assenta sobretudo na vertente da indústria pesada (fundição, cimenteira, aciaria) e do sector primário com preponderância para a produção de leite
O turismo é, sobretudo, de origem interna
Na sua envolvente, as Astúrias têm, em parte do seu território, o Parque Nacional ( e Reserva da Biosfera) dos Picos da Europa (que se estendem pela Cantábria e Castela-Leão) e diversos Parques Naturais e Reservas
Gijón é uma das cidades europeias cujos habitantes consideram desfrutar de elevada qualidade de vida
As Astúrias foram a única parcela da Ibéria onde os mouros nunca conseguiram assentar arraiais. Atribui-se a Pelayo, rei das Astúrias no princípio do séc. VIII d.c., a condução da acção guerreira que levou à expulsão dos maometanos, tendo o seu expoente na Batalha de Covadonga (na orla dos Picos da Europa), local onde é venerado e expoente da identidade asturiana.
As Astúrias foram o destino de muitos milhares de portugueses (sobretudo de Trás-os-Montes) a partir do séc. XIX para trabalharem nas minas asturianas (com o gradual fecho das minas portuguesas, no séc. XX, foi de novo o destino emigrante de transmontanos) pelo que ainda subsistem muitas famílias de 2 ª e 3ª geração com raízes na nossa lusa pátria
O extraordinário empenho e cuidado com que os centros antigos (cascos históricos ou viejos) são mantidos e recuperados, com evidente sinais de orgulho do seu passado e do seu património histórico.

Enfim, naturalmente haveriam mais notas (e impressões) de viagem para aqui deixar. Mas não quero ser (mais) maçador.


apelo a comprar em concelhos vizinhos

Apelos publicitários para comprar em concelho vizinho estão implementados em diversos pontos de freguesias mais a norte do município oliveirense.
Mais concretamente: em Cesar e em Nogueira do Cravo, p.exº., existem painéis - bem visíveis - do grupo Intermarché a publicitar as suas lojas em...Arrifana (concelho de Santa Maria da Feira).
Obviamente que, desde que licenciados, não se pode colocar em causa a existência de tais apelos a compras em concelho vizinho e tratar-se-á de uma decisão de gestão daquele grupo empresarial.
Mas, interrogo-me:
existindo no nosso concelho (ou município, segundo os mais puritanos) unidades comerciais daquele Grupo não seria de sensibilizar a alteração do apelo publicitário de 'Arrifana' para ' Oliveira de Azeméis' ?
Para além de outros (fortes) factores, este tipo de publicidade também poderá contar para a decisão de oliveirenses em comprarem noutras terras, digo eu.

Na TV pelos piores motivos

terça-feira, agosto 14, 2007

Uma vergonha que perdura

A imagem ilustra a situação que perdura - há anos, seguramente - no interior do fontenário, classificado, existente defronte da Igreja Matriz, bem no centro da cidade.
Não dá para entender tamanha falta de sensibilidade, a falta de responsabilidade.
Faz lembrar quem ostenta uma grande fachada e esconde o lixo debaixo do tapete.Só que neste caso, o desleixo está bem à mostra.

Marco Miliário: uma sugestão

O marco miliário romano colocado na Praça S.Miguel, no centro da cidade, justifica, na minha opinião, duas acções:
a) uma protecção em acrílico que o proteja das inclemências do tempo
b) uma placa/legenda que identifique e informe acerca do testemunho histórico

Serviço Público

Para os muitos oliveirenses que arriscaram a sua sorte nas tômbolas das Festas de La Salette, aqui ficam os números sorteados:

Tômbola da Comissão de Festas
1 - 989
2 - 618
3 - 033
Tômbola da União Desportiva Oliveirense
1 - 41331
2 - 19430
3 - 35545
4 - 19336
5 - 43402
6 - 36397
7 - 80944
8 - 41150
9 - 73961
10 - 93988

segunda-feira, agosto 13, 2007

A Volta passou por aqui

A Avenida estava prenhe de gente. Para ver de muito perto os cavaleiros dos seguidores de José Maria Nicolau e Alfredo Trindade. (Já não há duelos como entre os dois! dizia-me o meu pai).
Mas foi na rampa do Mercado (lado nascente) onde mais povo se apinhou. Sobretudo bem no cimo onde as quedas eram uma quase certeza. Por causa do azeite, sim, do azeite que impregna os paralelos (daí o nome da rampa do azeiteiro).
A folha do “O Comércio do Porto” na mão com a lista dos corredores mai-los respectivos números.
Soaram as sirenes dos batedores da PVT. Os corredores vinham já ali, bem ao fundo. Uma enorme mancha colorida. Um autêntico arco-íris. As camisolas do Benfica, Sporting, Porto e, claro, da Ovarense. Os incentivos não foram poupados.
A curiosidade era saber se o João Gomes, o ‘Tarrinca’ (do Couto de Cucujães) e o Orlando Silva (de Travanca) ainda se aguentavam entre os heróis das duas rodas. Houve quem jurasse que visse o João com os lábios mordiscados ou o Orlando a suar as estopinhas.
Passou, por fim, o carro-vassoura (com a dita bem empoleirada no tejadilho).
O povo debandou.
Restaram uns quantos, em grupos, discutindo as peripécias daqueles breves, muito breves, instantes. Para o ano há mais Volta.
Lá estaremos, de novo, na ‘rampa do azeiteiro’

(Obviamente, não há coincidência dos anos sessenta com a actualidade)

Luto

Um acidente ocorrido na noite de ontem, nos carrinhos de choque das Festas de La Salette, provocou a morte a uma criança de 6 anos, residente em Lações.
Uma descarga eléctrica, ao que parece, terá estado na origem do lamentável incidente.
Sentidos pêsames à família.

Férias

Caros bolguistas, contrariando os rumores dos mais optimistas, em breve estarei de volta à escrita.
Boas férias.

domingo, agosto 12, 2007

A noite das Festas








Só não posso colar os sons, os odores....nem a música dessas excelentes escolas de cultura que são as Bandas (no caso, as de Loureiro e a de Cucujães)


Procissão do Triunfo - La Salette 07






Imagens da Procissão de Triunfo que, no momento da inserção deste post, ainda está a caminho da Capela de Nª Sª de La Salette

A nova função dos caixotes do lixo


Em tempos foi noticiado num jornal local que a edilidade não dispunha de nenhum contentor para acorrer aos inúmeros locais onde são necessários. Tal facto deve-se à falta de crédito junto dos fornecedores e a questão agravou-se uma vez que, a partir do momento em que todos os munícipes são chamados a pagar a referida taxa do lixo, começam também a exigir um serviço com outra qualidade.
No entanto, enquanto não se resolve o problema dos caixotes do lixo novos, eis que surge uma nova utilidade para aqueles que deixam de poder cumprir com a sua função.
A imagem é da rotunda situada à entrada da Zona Industrial, nas Cavadas - Cucujães.

sábado, agosto 11, 2007

A culpa não é do mensageiro

Não critico por puro prazer nem tenho outras intenções além do sincero desejo de que as coisas sigam o rumo correcto e os autarcas vejam o seu esforço e dedicação reconhecidos. Gostaria de poder equilibrar elogios e críticas mas, infelizmente, o que vejo e sinto na rua não o permite.

A maior parte das minhas críticas reproduz conversas com gente banal, alheia a interesses partidários. Outras resultam das minhas próprias observações. A muitos desgosta ver o território de (...) com evidentes sinais de laxismo e abandono, mas nem todos podem dizê-lo alto e sem receio. Porque da câmara dependem, directa ou indirectamente, mais de 500 famílias (representando mais de 1/5 do eleitorado que por isso nunca se abstém). Sempre procurei que os meus textos sejam fundamentados e, na medida do possível, ilustro-os com exemplos.

Qualquer autarca que pretenda atribuir carácter ofensivo à crítica construtiva e não difamatória está na função errada. Porque vive perto dos eleitores, pode escutá-los e recolher importantes pistas que o ajudam a formar opinião sobre a justeza das críticas. Ao invés de se armar em vítima, devia encarar uma apreciação desfavorável como aviso ou sinal de que o ambiente tende a ser-lhe adverso e a reeleição pode estar em risco.Suponho que qualquer autarca presume fazer, diariamente, o melhor pela comunidade. Mas, por vezes, há boas razões para duvidar. Se desconhece ou se recusa esclarecer legítimas dúvidas, sobretudo quando nada de palpável para a comunidade resulta desse labor, não só o esforço é inútil e inglório como depressa as dúvidas viram certezas para a maioria.Um autarca incapaz de compreender essa realidade, vivendo isolado numa torre de marfim e tomando como sinceros quatro elogios de cinco colaboradores ou correligionários, tardiamente descobrirá ter sido iludido. Sei de casos concretos em que as "vítimas" só se aperceberam do erro quando os resultados nas urnas lhes foram desfavoráveis.A crítica é o que há de mais banal em política e cabe ao(s) visado(s) persuadir, convencer e obter a aprovação de quem pensa ou observa as coisas de forma diferente.A crítica só incomoda quem dorme de consciência pouco tranquila. [...]

Obs: Este texto é da autoria de um blogger, de um concelho bem distante do nosso, mas que em grande parte se poderia aplicar ao nosso concelho e por esse facto resolvi publicá-lo aqui.

sexta-feira, agosto 10, 2007

Regulamentos

Finalmente a Câmara Municipal decidiu publicar no seu sítio na internet, as actas das reuniões do órgão executivo e deliberativo, cumprindo dessa forma as regras estabelecidas no início do mandato.

Outra medida positiva foi a inclusão dos Regulamentos em vigor no Município, que podem ser consultados aqui.

Uma só nota: creio que ainda faltam alguns, a começar pelo Regulamento do Plano Director Municipal

Menos um Yaris

Esta noite, a frota de Yaris ao serviço do Município ficou com menos uma viatura, em virtude de um violento acidente ocorrido entre as 00:30 e a 01:00, em Cucujães.
O estado da viatura municipal e da Wolkswagen Passat, também envolvida no mesmo, é sinal de que o choque frontal foi bastante violento e do qual resultaram feridos que foram transportados para o Hospital, entre os quais uma funcionária da autarquia.
Desejo que os prejuízos sejam apenas materiais e que os acidentados recuperem rapidamente.
No entanto, seria interessante perceber o que fazia uma viatura municipal, naquele local e aquela hora. Certamente terá uma explicação!

O concelho precisa de um shopping?

Do inquérito que durou uma semana e no qual participaram 92 pessoas, os resultados foram:
Sim - 27
Não - 61
Tenho dúvidas - 3
Sem opinião - 1

quinta-feira, agosto 09, 2007

Assembleia Municipal incorre em ilegalidade

Não sou jurista mas estou certo que, ontem, a maioria PSD com o apoio do CDS aprovou uma tremenda ilegalidade. Não está em causa a edificação ou não de um Centro Comercial, o que estava em causa era a autorização para a Câmara Municipal poder alienar 3 terrenos que totalizam quase 7000 metros por um valor base de 2,5 milhões de euros.
Ora, na proposta apresentada, apenas dois são propriedade do município e um terceiro pertença de um particular, pelo que o dia de ontem ficará para a história como o dia em que o Munícipio é autorizado a vender terrenos particulares.
A Assembleia Municipal, apesar de convocada apenas para deliberar sobre este assunto, demorou mais de duas horas e contou com intervenções da Dr. Ana Jesus, Dr. Fernando Pais, Eng. Joaquim Jorge, Dr. Helena Terra (pelo PS), Sr. Óscar Oliveira (CDU), Dr. Vieira Dias (CDS) e Sr. Ramiro Rosa, Sr. Nuno Pires e Sr. Francisco Oliveira - Zito (PSD).
É cada vez mais notória a ausência de liderança e de argumentação da bancada da maioria, mas no final, a força dos números é que impera.

quarta-feira, agosto 08, 2007

Mais um ranking desfavorável

As câmaras continuam a ser más pagadoras, naturalmente por dificuldades de tesouraria, umas naturais, outras nem tanto, neste caso motivadas por más ou ruinosas práticas de gestão onde entra o grande papão do escandaloso despesismo, com pessoal desnecessário e outros, com a tentação de segurar a clientela.
Os concelhos, na sua maioria, são crónicos maus pagadores. O tempo médio de pagamento para a grande maioria, segundo a FEPICOP (Federação Portuguesa da Indústria de Construção de Obras Públicas), relativamente ao último inquérito semestral quanto aos recebimentos das Obras Públicas, é 7,6 meses.
Na lista negra de Aveiro surgem as câmaras de Aveiro, Ílhavo, Castelo de Paiva, Santa Maria da Feira e Oliveira de Azeméis, que pagam as obras públicas em prazos superiores a um ano.
Depois do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, agora é a vez dos construtores civis se queixarem e, pior que isso, todos se queixam de Oliveira de Azeméis!!!

domingo, agosto 05, 2007

Em Agosto, não...

Num passado recente, demonstrei a minha indignação sobre a ampliação da Unidade Industrial da Lactogal no centro da cidade. Algo que reafirmo, ainda hoje, apesar de reconhecer o papel determinante que o tecido industrial tem para um qualquer município. Mas o factor “capital” não é tudo. Pelo menos comigo, essa ampliação não se concretizaria nesse local. E tudo faria para encontrar uma solução satisfatória.
A questão da instalação de um centro comercial no centro da cidade tem a mesma génese e a análise da questão segue o mesmo prisma.
Em primeiro lugar, coloca-se a questão se o concelho, se a cidade precisa de um centro comercial, fechado, congregando novas e modernas sinergias? Um espaço comercial que possa agregar melhores condições de lazer e de comércio, como os novos Shopping’s que conhecemos, como por exemplo restaurantes de fast food, cinemas, “brincolands”, lojas de marca, lojas de conveniência, etc. etc. O mesmo é perguntar se os Oliveirenses reclamam e anseiam esse tipo de infra-estrutura. E se com isso, o comércio e a “dinâmica urbana” de Oliveira de Azeméis saiem beneficiados.
À priori, pode parecer difícil responder a essa questão, mas se analisarmos com atenção, chegaremos facilmente à conclusão que não. Não, Oliveira de Azeméis não precisa de um espaço comercial destes. Não precisa, não quer, nem deve querer.
Critico, desde logo, a mentalidade daqueles que defendem que S. João da Madeira tem, ou vai ter, e nós não. Porque esses, por um lado, são os primeiros a frequentar S. João da Madeira, ao contrário de mim, que não ponho lá os pés, e por outro, porque sou daqueles que defendo que Oliveira de Azeméis se deve (e pode) impor pela diferença. Porque só pela diferença, pela excelência da diferença podemos granjear evoluir.
Em segundo lugar, as questões financeiras. Bom, surge evidente que esta pode ser uma oportunidade para a Autárquica encaixar algum capital extra, que tanto faz falta aos cofres municipais. E surge evidente que o negócio apenas pode ser efectivamente rentável se, em conjunto com o terreno contíguo ao Largo Luis de Camões, se alienar o terreno do parque de estacionamento. Como surge evidente que o terreno do parque dificilmente será (excepcionalmente) rentável, se for alienado isoladamente.
A questão está em saber, se este é o momento. E se a solução preconizada para o local é a que melhor se adequa às necessidades da população.
À segunda, não respondo porque não conheço nenhum projecto aprovado, porque ainda não há. Mas quase que adivinho. Quanto à primeira parte da questão, considero que, independentemente de ser o momento ou não, algo que já refutei, supra, como impensável, penso que não devemos vender património ao desbarato, muito menos para pagar dividas, e se não for ao desbarato, devemos vender apenas o estritamente necessário ao desenvolvimento urbano e social da nossa cidade. A base de licitação é manifestamente baixa, considerando, principalmente, estes terrenos serem o pouco que resta pertença do Município, nem me parece que o “lucro” da venda reverta para obras de cariz urgente!
Sou da opinião que Oliveira de Azeméis tem as melhores infra-estruturas para um centro comercial da Região Entre Douro e Vouga, como seja, todo o seu centro urbano, cujas características naturais são de qualidade superior, propícias ao comércio de rua (apreciem por ex. as fachadas da rua pedonal), bem como considero que os Shopping’s situados em edifícios fechados começam a cair em desuso, mormente em concelhos longe dos grandes aglomerados populacionais.
Realço o exemplo da cidade de Braga, cuja autárquica resistiu sempre à abertura de Shopping’s no centro urbano e tem um dos mais fortes comércios de Portugal ou de quase todas as cidades da Espanha e da Europa Ocidental e Mediterrânea em que a vida é cada vez mais feita na rua e menos em recintos fechados.
Por último, não se pode deixar de considerar que o “futuro” Shopping se situará paredes-meias com o “Rainha”, exemplo vivo do que aqui acabo de afirmar.
Sou da opinião que a Autarquia deverá continuar a lutar por um comércio tradicional forte e moderno, procurando encontrar formas eficazes de cativar as grandes marcas a se instalarem no centro urbano de Oliveira de Azeméis, recuperando o prestigio e a dinâmica doutros tempos, que para muitos se encontram imemoriais nas suas boas recordações.
É nos momentos de crise que se descobrem os valentes e os audazes, em não ceder à decisão fácil e imediata, onerando o futuro irremediavelmente.
Quanto ao resto, Meus Amigos, o resto é politiquice barata.
Um abraço e boas férias!

quinta-feira, agosto 02, 2007

Negócio do shopping

Dia 27 de Julho - Gabinetes da CMOA preparam as plantas que suportam o relatório de avaliação dos terrenos.

Dia 30 de Julho - O Assistente Administrativo Especialista, Humberto Graça, assina o relatório de avaliação dos terrenos, aos quais atribui um valor de 2,5 milhões de euros, pelos 6915 m2, tendo por base o índice de construção permitido para os locais, que permitem a edificação de 12072 m2 destinados a habitação, 3985 m2 para comércio e serviços e 7590 m2 para aparcamentos.
No mesmo dia, é convocada uma reunião do executivo com carácter de urgência para dia 1 de Agosto (a reunião de dia 31 de Julho tinha sido cancelada pelo presidente invocando inexistência de assuntos para tratar e por estarmos num período de férias).

Dia 1 de Agosto - O executivo, através do voto de qualidade do Presidente, autorizou a alienação dos terrenos em causa sem que tenha respondido a diversos assuntos que abordarei mais à frente. No mesmo dia foi entregue pessoalmente, aos 46 membros da Assembleia Municipal, a convocatória para a reunião extraordinária do próximo dia 8 de Agosto pelas 17h 30m, que apenas se destina a aprovar a venda dos terrenos.


Rotunda do Rainha no canto superior direito da imagem


Depois de relatados alguns factos, eis que questiono algumas matérias sobre os contornos do negócio que se está a estabelecer:

1 - A nítida pressa que o executivo tem em que o assunto decorra na primeira quinzena de Agosto sem que exista um amplo debate sobre a matéria;
2 - O facto de se pretender alienar uma parcela que não é propriedade do domínio privado municipal (parcela C na foto), propriedade da Predial Azeméis, Lda;
3 - A existência de um contrato de concessão do espaço - parcela B - à empresa Costaparques, SA para a exploração do parque de estacionamento ali implantado, cujo prazo termina apenas em Dezembro de 2013. Quem paga a indemnização?
4 - A avaliação dos terrenos ser feita na base dos índices de construção actualmente previstos e a edificação de um shopping não ser possível com o actual Plano Director Municipal. Será suspenso o PDM para o efeito?
5 - No passado, o executivo aprovou por unanimidade a criação de uma Comissão de Avaliação do Património Municipal, sendo que neste caso a Comissão foi composta por apenas um elemento - o técnico Humberto Graça.
6 - O facto do vereador Ricardo Tavares ter assumido que tinha mantido contactos com o promotor para o estabelecimento das normas do negócio (mas supostamente a venda irá a concurso) e que na referida reunião do executivo se negou a prestar informações sobre qual o promotor.
7 - A edificação de um edifício de habitação em altura - na parcela A - com 10 pisos, rés do chão e nove andares, aumentando em mais quatro pisos a cércea dos edifícios adjacentes.
8 - A cláusula que permite ao comprador pagar apenas 20% na altura da celebração do negócio e os restantes 80% quando possuir a respectiva licença para instalação do espaço comercial, podendo dessa forma condicionar os serviços municipais a acelerar o processo com vista à arrecadação da receita.
9 - Com o Plano de Urbanização em curso e com o Plano Director Municipal em revisão, qual a opinião dos técnicos sobre as construções pretendidas para o local? Uma das responsáveis pela comissão do procedimento público de alienação - Arqtª Filomena Farinhas, é simultâneamente responsável pela elaboração do Plano de Urbanização.
10 - "Há a necessidade de dotar o concelho e, particularmente, a cidade, de um espaço comercial de referência". É esta a argumentação da maioria PSD. Ao lado do local onde se pretende agora edificar o espaço comercial de referência, está outro espaço, que em tempos também já foi de referência e que se encontra praticamente ao abandono. Não será motivo para pensar?

Em suma, com terrenos que não são municipais e que teremos que comprar para depois poder vender, com indemnizações para pagar pela saída do parque de estacionamento, com reuniões do executivo e assembleias municipais extraordinárias para aprovação do referido negócio, com o dinheiro que será necessário dispender para construir um novo parque de estacionamento de longa duração que possibilite uma alternativa viável aos oliveirenses, estou certo que a autarquia arrecadará bastante menos que os anunciados 2,5 milhões de euros de receita extraordinária.

Valerá a pena o negócio nestes termos?
Será necessário esconder dos oliveirenses este assunto, tratando de todo o expediente em Agosto?

Qual o destino a dar à receita arrecadada? Será, pelo menos, para pagar aos comerciantes locais, às juntas de freguesia e as colectividades que tanto têm sofrido com esta gestão municipal? Será para terminar, pelo menos, as obras da Biblioteca Municipal, do Largo do Gemini, do Arquivo Municipal e das Vias Estruturantes? Obras estas que se arrastam há anos...

Oliveira de Azeméis até pode precisar de um Centro Comercial para, contrariamente a algumas teses, dinamizar a malha urbana, mas tenho dúvidas que seja desta forma atabalhoada que os oliveirenses se unam em torno desta questão.

quarta-feira, agosto 01, 2007

centro no centro !

Aqui vai um tema para a opinião pública (ou publicada...) comentar:
Um centro comercial no centro da cidade ...(com 'encaixe' de 2,5 M€ para, digo eu, abater ao passivo do município). Notícia da Lusa, hoje.http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/TY5r1zYmVLtBMuLF070gOQ.html