quarta-feira, fevereiro 23, 2005

Eleições/2005 (III)

As eleições legislativas evidenciaram que o concelho votou como o país. O PS obteve uma vitória clara, tendo obtido 44,48% dos votos, contra os 34,68% do PSD.
O PS venceu em 12 freguesias, contra as 6 vitórias do PSD (1 empate em Ossela). O Bloco de Esquerda triplicou a votação, atingindo 4,72% dos votos. O CDS/PP perdeu quase 1/4 dos votos, baixando para os 8,82%. A CDU aumentou ligeiramente a sua votação, com 2,60%, bem abaixo, ainda assim, da média nacional. O PND ganhou, por sua vez, o campeonato dos partidos com micro-votações, com os seus 424 votos, roubados por certo ao CDS/PP. O concelho votou também à esquerda, como o país.
O discurso da gratidão e do reconhecimento feito pelo PSD e Hermínio Loureiro, falhou. Não foi por causa de Hermínio Loureiro, mas apesar dele e da sua campanha recheada de meios, que não evitariam a derrota.
O discurso da obra feita, diga-se, em abono da verdade, muita dela da responsabilidade de outros e parte dela ainda em protocolos e papel, deram em nada.
A campanha com jornais, fotos institucionais, propaganda de toda a forma e feitio, jogadores da bola, o Pelé e o Eusébio, até a imagem e o logotipo do EURO 2004, tudo serviu para dourar a pílula da candidautra de Hermínio Loureiro e do PSD. Nada resultou. Mas lá que se empenharam, empenharam.
Por último, os oliveirenses ajudaram a eleger Helena Terra, directamente para a Assembleia da República, facto que pela primeira vez acontece na história eleitoral do concelho. Ainda por cima, será ela a representar a maioria e Hermínio a oposição. Quem diria?
Acabará agora o mito concelhio de que só o PSD dá vitórias e ganha eleições?
Esperemos que sim, que sirva de uma vez para acabar com o estigma dos coitadinhos e ajudar, em definitivo, a mudar os rostos e a face política do concelho.

Eleições/2005 (II)

As eleições legislativas no concelho de Oliveira de Azeméis ditaram a eleição como deputados de Hermínio Loureiro (PSD) e Helena Terra (PS), para a Assembleia da República. Pode ainda vir a ocorrer a eleição de Aníbal Araújo (PS), como candidato pelo Círculo eleitoral fora da Europa.
Parabéns a todos eles e que saibam representar e servir bem a República, sem esquecer a origem de quem os viu nascer, crescer e viver. Se nós não somos a terra que nascemos, somos certamente a terra e o povo que amamos. Bem haja!

Os derrotados (Parte I)


Apostou forte nestas eleições, depois de se ter empenhado bastante como Secretário de Estado do Desporto e de ter visto a sua popularidade aumentar em flecha (em parte devido a aparecer frequentemente nos jornais mais lidos neste país - os desportivos).
Mais do que fazer campanha apregoando o candidato a Primeiro Ministro, Hermínio Loureiro jogou o seu nome, fazendo uma campanha própria e centrada na sua pessoa, apelando a gratidão dos oliveirenses para com os cheques que enquanto governante da nação trouxe para o nosso concelho!

O eleitorado não foi na cantiga e Hermínio Loureiro ficou a saber que não vale mais que o PSD, algo que, porventura, esperaria!

Neste contexto, é o grande derrotado da noite eleitoral...

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Eleições/2005 (I)

As eleições legislativas de 20 de Fevereiro resultaram numa vitória por maioria absoluta do Partido Socialista no país e em Oliveira de Azeméis. O PS ganhou com 45% no total nacional e teve uma votação próxima disso no concelho.
Os resultados não foram uma grande surpresa. Mas ficam algumas conclusões importantes deste acto eleitoral:
1. O Presidente da República tinha razão quando dissolveu a Assembleia da República e convocou eleições. Ouvida a voz do povo, a vontade de mudança foi clara: não apenas pela elevada participação na ida às urnas (a abstenção desceu), mas também pela maioria clara dada ao PS. Se dúvidas houvesse, o povo respondeu. Alto e bom som!
2. O Dr. Santana Lopes ameaçou processar as empresas de sondagens. Porque insistiam em prever a vitória do PS e mesmo a maioria absoluta. As sondagens, afinal, estavam certas. Os tribunais agradecem, aliviados. Sempre são menos uns processos.
3. A actual derrota do PSD em 2005 (28,5%) é estrondosa. Se comparamos com a votação do PS nas legislativas de 2002 (obteve 38%), e que o PS ganhou agora com 45% enquanto em 2002 o PSD apenas venceu com 40% dos votos, fica claro que, por um lado, a governação de Guterres não foi tão má quanto se disse, mas a governação de Durão Barroso e Santana Lopes foi inequivocamente má e censurada pelos eleitores.
4. Os partidos de esquerda tiveram uma votação expressiva, tendo o Bloco de Esquerda e a CDU aumentado as suas votações. O parlamento tem hoje quase 60% de deputados em representação da esquerda.
5. De pouco valeu o gigantismo dos meios utilizados nas campanhas do PSD e do CDS/PP. A campanha do PS, em termos de marketing, não foi tão vistosa e foi muito clara a supremacia dos recursos (leia-se, dinheiro) usados pelo PSD na presente campanha. Para nada ou muito pouco. A merecer reflexão.
6. O povo não gostou dos ataques sujos e das insinuações maldosas feitas nesta campanha e que tiveram como principal vítima, José Socrates. O resultado está à vista. As pessoas não gostaram da maldicência.
7.A estratégia usada pelo PSD em 2002 para vencer as eleições, baseada no discurso da miséria orçamental e da penúria financeira do país, produziram a maior crise política, económica e social da história da democracia portuguesa. Fica claro que a existência de CONFIANÇA é um valor essencial para todas as organizações, sejam estas empresas, associações, cooperativas, relações de produção, de consumo, investimento, etc. Mas fica também provado, a partir de agora, que a falta dela é sobretudo um factor de crise para um país. É curioso que, por tradição, foi a direita quem mais valorizou a CONFIANÇA, enquanto valor em si mesmo. A história é também madrasta.
8. Por fim, será que estas eleições foram as "primárias" do PSD? A ver vamos. Venha de lá o próximo Congresso do PSD.

Legislativas 2005

Depois de uma intensa campanha eleitoral, marcada, uma vez mais pela diferença de meios entre os principais partidos concorrentes a estas eleições, PSD e PS, o concelho assistiu a uma vitória histórica do PS... Conseguindo eleger directamente para o Parlamento a Dr. Helena Terra, que figurava em 8º lugar na lista de candidatos...
O PSD, apesar do esforço, de uma intensa campanha, em que não se percebia muito bem se quem andava em campanha era o candidato Herminio Loureiro ou o Sec. Estado do Desporto, Apio Assunção ou o Presidente da Câmara Municipal e com inúmeras inverdades pelo caminho (veja-se a afirmação do líder da JSD que afirmou que foi nos tempos PS que as propinas aumentaram) elegeu uma vez mais Hermínio Loureiro, sendo que este, estava eleito quase a partida! De qualquer das formas foi um resultado péssimo para as hostes sociais democratas que perderam em 13 das 19 freguesias...
Resalvar ainda o excelente resultado do Bloco de Esquerda e o acelarado desapareimento do PP.

Esperemos ainda que, deste acto eleitoral resulte a eleição de Aníbal Araújo como deputado pelo círculo Fora da Europa o que pode fazer com que o concelho passe a contar, com 3 deputados à Assembleia da República, algo de que poucos concelhos se podem orgulhar!!!

quinta-feira, fevereiro 10, 2005

Carnaval

A cidade animou-se com o desfile de Carnaval, na passada terça-feira , o qual foi visto por uma assistência muito boa, apesar de longe dos 50.000(!), que já se disse.
Num país em que as tradições de Carnaval vieram a perder algum fulgor (diria que o país, sem graça, está a perder o Carnaval), ameaçando tornar-se numa celebração quase inútil, é de saudar o esforço das colectividades do Concelho, que criaram e desenvolveram um Carnaval à medida, sem o brilho de estrelas de novela nem outros truques que enchem outros carnavais por esse país fora.
Por cá, o Carnaval é ainda vivido, com intensidade, em diversas colectividades, de que destaco o "meu" Carnaval, no Grupo Musical Macinhatense, que se celebra em renovada tradição e forte entusiasmo todos os anos.
É curioso referir que o actual desfile, organizado pelas colectividades e freguesias do Concelho através da FAMOA, começou pela teimosia de alguns lugares da cidade e lugares e freguesias próximas, como Vilar, Lações, Escravilheira, Bustelo e Macinhata. Recordo os primeiros carros, muito bizarros, mas plenos de animação, que insistiam todos os anos em percorrer a cidade pela tarde, ainda vazia e desolada, há anos atrás.
A persistência deu os seus frutos e hoje são dezenas de carros alegóricos e quase dois milhares os participantes no desfile. Sem estrelas, nem vedetismos, um Carnaval do povo para o povo. Espero que ninguém leve a mal.
Bem haja, que para o ano há mais!

quarta-feira, fevereiro 02, 2005

O Incrível Super-Herói

Acabei de ler sobre a visita do Dr. Paulo Portas ao nosso concelho, em visita à freguesia de Fajões.
Não posso deixar de imaginar, com alguma graça, um super-herói, de licra vermelha e botins pretos, cinturão e mascarinha escuros, o Ministro da Defesa Nacional (e do Mar), a inaugurar, passo a citar, um "espaço internet", os "correios", um "arranjo urbanístico da sede da Junta" e a "ampliação e requalificação do arraial do morro de S.Marcos". Fim de citação.
É fácil de entrever a importância de qualquer delas para a concretização do conceito estratégico de defesa nacional. Ou o evidente interesse marítimo, pois sempre seremos um povo de marinheiros.
Sem desmerecer a importância das obras, não deixa de ser lascivamente surpreendente, nesta altura do campeonato, andarmos a brincar aos super-heróis da governação.
Viva a campanha eleitoral! Viva as eleições e a Democracia!

Estalagem S. Miguel

Volvidos mais de quatro anos desde o encerramento da Estalagem S. Miguel, constatamos a inoperância camarária neste, como em muitos outros, capítulos...

É degradante olhar em redor do parque e aquilatar do estao de degradação a que o edifício está votado. A ausência de estratégia da CM é gritante... ora vai a concurso para exploração, ou vai para Escola de Hotelaria, ou então, logo se verá... enquanto isto, os oliveirense ficam privados do usufruto de um espaço que se quer digno e um cartaz da nossa cidade...

A questão agora, pelos vistos, até já nem é da responsabilidade do executivo camarário... que boa maneira de aliviar as costas do problema... a recém criada Fundação La-Salette que resolva o problema...

Em tempos sugeri, como membro da Assembleia Municipal, que fosse criada uma parceria publico-privada, que poderia passar por uma empresa municipal de gestão de espaços verdes, com o intuito de dinamizar este espaço.

Tal ideia não foi acolhida, mas espera-se que a Fundação La Salette, no mais curto espaço de tempo, resolva esta quesão, para bem de todos os oliveirenses!!!